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Mulheres vencedoras de Nobel protestam contra exploração mineira na Guatemala

Mulheres vencedoras de Nobel protestam contra exploração mineira na Guatemala
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Na Guatemala, a população indígena xinca está contra a exploração mineira por razões ambientais. Quatro mulheres vencedoras do prémio Nobel juntaram-se à luta.

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Quatro mulheres suficientemente notáveis para terem ganho um prémio Nobel da Paz cada uma juntaram voz e presença ao protesto dos indígenas xincas da Guatemala contra o projeto mineiro San Rafael, da empresa canadiana Tahoe Resources.

A norte-americana Jody Williams, a iraniana Shirin Ebadi, a iemenita Tawakkol Karman e a guatemalteca Rigoberta Menchú Tum juntaram-se à resistência à exploração mineira, suspensa desde junho pelo Tribunal Constitucional, o de mais alta instância na Guatemala.

Rigoberta Menchú Tum, Nobel da Paz em 1992, pediu em Santa Rosa, distrito de Casillas: “Ajudem-nos a exigir ao Tribunal de Justiça guatemalteco que acabe em definitivo, não apenas com a mina de San Rafael, mas também com as licenças ilegais que têm sido distribuidas para destruir a mãe-natureza da Guatemala.”

Rigoberta Menchú denució a #MineraSanRafael por mentir sobre la visita de las Nóbel a Casillas, ellas ratificaron lucha legitima de la gente pic.twitter.com/pnCAIBspZv

— PrensaComunitaria (@PrensaComunitar) October 26, 2017

A extração mineira começou em 2010 no sudoeste da Guatemala e é contestada por 7 municípios da região.

A juíza iraniana Shirin Ebadi declarou que se os governos “fossem democráticos” não fariam contratos com indústrias de extração.

Jody Williams nomeou os “governos corruptos daqui da Guatemala, Estados Unidos, Canadá ou China”, que, disse, “geram milhões enquanto o povo perde a mãe terra, ou seja, tudo.”

A jornalista iemenita Karman disse estar em Casillas para “defender todas as pessoas a nível local que lutam contra a situação e também contra as companhias e governos corruptos” e “qualquer forma de destruição da nossa terra”.
Karman declarou que os Estados Unidos “não podem abandonar” as iniciativas de combate às alterações climáticas uma vez que este não é um “interesse americano, mas sim mundial”.

Today 11 am press conference, Hilton Garden Guatemala City #WomenLandPeacepic.twitter.com/i9lefYde7c

— Nobel Women (@NobelWomen) 27 de outubro de 2017

A Nobel iemenita propôs ainda a criação de “um novo Tribunal Internacional do meio ambiente”, onde estas divergências poderiam ser conciliadas.

Na altura em que as premiadas com o Nobel partilhavam experiências com a comunidade xinca resistente à intervenção da companhia canadiana em solo guatemalteco, uma representação da Polícia Nacional Civil chegou a “oferecer segurança”, oferta rejeitada por um representante da Unidade de Defensores de Direitos Humanos da Guatemala, alegando que o povo xinca se sentia “vulnerável” ante a presença das forças de segurança, uma vez que estas haviam participado com equipamento antimotim em oiperações que permitiram a agem de maquinaria e mão-de-obra da empresa, que se encontrava bloqueada pelos elementos da comunidade xinca.

As quatro mulheres integram a Iniciativa Mulheres Nobel, criada em 2006 e que agrega seis mulheres laureadas com o Nobel e que usam o prestígio do prémio para ampliar o poder e a visibilidade das mulheres que trabalham em países de todo o mundo pela paz, justiça e equidade.

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