{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2017/07/05/presidente-da-estonia-diz-que-politica-de-trump-e-solida" }, "headline": "Presidente da Est\u00f3nia diz que pol\u00edtica de Trump \u00e9 s\u00f3lida", "description": "A euronews falou com a presidente da Est\u00f3nia, que assumiu a presid\u00eancia rotativa da UE, sobre mat\u00e9rias como a crise migrat\u00f3ria, Donald Trump e a R\u00fassia.", "articleBody": "A euronews foi a Tallinn, capital da Est\u00f3nia. O pa\u00eds do B\u00e1ltico ar\u00e1 os pr\u00f3ximos seis meses no comando da Uni\u00e3o Europeia. A agem de poder acontece quando o grupo dos ainda 28 enfrenta uma s\u00e9rie de grandes desafios: uma crise migrat\u00f3ria cont\u00ednua, o Brexit e uma R\u00fassia que ressurge. A nossa convidada \u00e9 a presidente do pa\u00eds, Kersti Kaljulaid, que assumiu o cargo de chefe de Estado em outubro do ano ado. Euronews: Quero come\u00e7ar por abordar a quest\u00e3o da migra\u00e7\u00e3o. O governo italiano amea\u00e7ou fechar os portos aos barcos humanit\u00e1rios, que n\u00e3o s\u00e3o italianos. Como reage a isto? Esta quest\u00e3o est\u00e1 no topo da agenda no momento em que assume a presid\u00eancia da UE. Kaljulaid: Precisamos de resolver esta situa\u00e7\u00e3o, principalmente quando h\u00e1 alguns pa\u00edses que querem descarta-se. Que dizem que n\u00e3o assumir\u00e3o nenhuma responsabilidade. E existem outros Estados que t\u00eam carregado sozinhos, esse fardo. Precisamos resolver essa situa\u00e7\u00e3o. Precisamos unir os dois lados, que pensam de maneira diferente. E existem diversos mecanismos para isso. Afinal, \u00e9 esta a natureza da Uni\u00e3o Europeia, ela tem uma capacidade bastante forte de redistribui\u00e7\u00e3o. Ela redistribui recursos, entre os pa\u00edses, para que eles possam gerir melhor as situa\u00e7\u00f5es dif\u00edceis em que est\u00e3o. Penso que precisamos examinar todas as op\u00e7\u00f5es poss\u00edveis. Tamb\u00e9m precisamos entender que as pessoas que v\u00eam para a Europa, que t\u00eam o direito de procurar asilo, t\u00eam prefer\u00eancia em rela\u00e7\u00e3o ao lugar para onde querem ir. Tamb\u00e9m temos que discutir isso porque eles podem circular livremente, \u00e9 claro, na Europa. Eles tendem a ir para onde o seu n\u00edvel de vida, no futuro, possa ser melhor. E \u00e9 humano. \u00c9 uma situa\u00e7\u00e3o muito compreens\u00edvel. Porque se se perdeu tudo, se se perdeu a casa, tenta-se conseguir as melhores condi\u00e7\u00f5es para si e para a sua fam\u00edlia. Os pa\u00edses com um n\u00edvel de vida mediano enfrentam dificuldades nesta mat\u00e9ria. Precisamos, tamb\u00e9m, discutir essas quest\u00f5es. Euronews: Falou de \u201oss\u00edveis op\u00e7\u00f5es\u201d para fazer os pa\u00edses que n\u00e3o est\u00e3o a cumprir os seus compromissos chegaram-se para a frente. De que tipo de op\u00e7\u00f5es est\u00e1 a falar? Kaljulaid: Estou a pensar na possibilidade de apoiar mais, a n\u00edvel financeiro, os Estados que est\u00e3o prontos para aceitar pessoas provenientes de outros pa\u00edses. Por outro lado, n\u00e3o se podem criar dificuldades, em termos morais, a esses governos, obrigados a enfrentar desafios. Eles recebem requerentes de asilo. Que se est\u00e3o a instalar no seu pa\u00eds. A apoi\u00e1-los mais do que \u00e0s pessoas pobres do seu pr\u00f3prio pa\u00eds. Precisamos de debater todos esses pontos. Esta n\u00e3o \u00e9 uma situa\u00e7\u00e3o que se resolve por si s\u00f3. \u00c9 necess\u00e1ria boa-f\u00e9. Euronews: O presidente Trump foi, digamos, pouco claro no que diz respeito aos seus compromissos com a NATO. Acredita que ele continua a apoiar a alian\u00e7a? Kaljulaid: Ele exprime-se atrav\u00e9s do Twitter e as suas palavras podem n\u00e3o ser precisas, concretas, como esperamos que elas sejam. Mas se olharmos para fora do mundo do Twitter, para toda a pol\u00edtica da sua istra\u00e7\u00e3o, ela \u00e9 s\u00f3lida. N\u00e3o tenho d\u00favidas de que o foi durante estes seis meses. As mensagens que eu e os parceiros da regi\u00e3o recebemos s\u00e3o exatamente as mesmas. N\u00e3o h\u00e1 nenhum vacilo. E \u00e9 claro que nos sentimos seguros, preparados. Ter um vizinho imprevis\u00edvel n\u00e3o significa ter medo dele. N\u00e3o amos o dia a pensar: \u201cE se?\u201d. Confiamos na NATO. Confiamos nos nossos aliados. E temos uma alian\u00e7a baseada nos nossos valores democr\u00e1ticos. Baseada na arquitetura da seguran\u00e7a internacional. Respeitamos todas as s que fizemos nos contratos e acordos internacionais. Ainda que, exista um pa\u00eds, nosso vizinho, que, infelizmente, neste momento, n\u00e3o respeita os acordos internacionais que ele pr\u00f3prio assinou. Euronews: A R\u00fassia tem cerca de 300 mil soldados estacionados no seu flanco ocidental. Na sua opini\u00e3o, quais s\u00e3o as inten\u00e7\u00f5es de Putin? Kaljulaid: Aquilo que Putin queria, j\u00e1 antes da guerra na Ge\u00f3rgia, era renegociar, reorganizar aquilo de que estivemos a falar: a arquitetura da seguran\u00e7a internacional constru\u00edda na Ata Final de Hels\u00ednquia, que diz que cada pa\u00eds tem o direito de decidir com quem quer fazer neg\u00f3cios, com quem se quer associar. E isso n\u00e3o lhe conv\u00e9m. Ele quer alterar isso. Acredito que o mundo ocidental cometeu um erro na Ge\u00f3rgia porque n\u00e3o viu que eles est\u00e3o a ensinar a li\u00e7\u00e3o errada. Houve uma tentativa de renegocia\u00e7\u00e3o, antes disso, quando Medvedev foi presidente. Na altura, na Ge\u00f3rgia, a R\u00fassia aprendeu que as rea\u00e7\u00f5es \u00e0s suas a\u00e7\u00f5es seriam pouco expressivas. E ent\u00e3o chegou a avalancha na Crimeia. Penso que, n\u00e3o, tenho a certeza de que todos entenderam o que est\u00e1 por detr\u00e1s disto. \u00c9 uma amea\u00e7a \u00e0 nossa arquitetura de seguran\u00e7a internacional. O direito que cada pa\u00eds tem de decidir se precisa ser defendido. Euronews: Sobre a quest\u00e3o da unidade, a base da Uni\u00e3o Europeia \u00e9 estarmos todos unidos. Vimos a extens\u00e3o das san\u00e7\u00f5es contra a R\u00fassia, por causa da Ucr\u00e2nia. Mas h\u00e1 muitas outras divis\u00f5es. Por exemplo o gasoduto Nord Stream 2, tivemos 13 pa\u00edses que se manifestaram contra, em Bruxelas, h\u00e1 alguns dias. Mas a Alemanha e Fran\u00e7a parecem manter as suas convic\u00e7\u00f5es. O que pensa sobre isso? Kaljulaid: O g\u00e1s est\u00e1 a perder import\u00e2ncia. Ningu\u00e9m pode ser ref\u00e9m de outro por causa de um gasoduto. Isso significa que tamb\u00e9m n\u00e3o se pode garantir grandes receitas usando os gasodutos dos outros. E isso agora leva-nos \u00e0 quest\u00e3o ucraniana. Podemos ter o NordStream 2, ou talvez n\u00e3o tenhamos o NordStream 2, mas \u00e9 preciso entender que o fornecimento de g\u00e1s tem de ser diversificado, tem de haver outras op\u00e7\u00f5es, em toda a Europa. A tecnologia muda muito rapidamente. Euronews: Pensa que Putin usa o g\u00e1s e a energia como forma de dividir a UE? Kaljulaid: Ele tenta de tudo para mostrar que a Europa n\u00e3o est\u00e1 unida. Euronews: A primeira-ministra brit\u00e2nica, Theresa May, fez uma oferta em rela\u00e7\u00e3o aos direitos dos cidad\u00e3os. Acredito que existem, aproximadamente, 10.000 cidad\u00e3o da Est\u00f3nia a viver no Reino Unido. Pensa que a oferta que ela fez \u00e9 suficiente? Kaljulaid: Esperamos, e estamos certos, de que podemos confiar no Reino Unido na prote\u00e7\u00e3o dos direitos dos cidad\u00e3os. Euronews: Como? Kaljulaid: O Reino Unido \u00e9 um pa\u00eds democr\u00e1tico, um pa\u00eds livre, que partilha os nossos valores, que permanecer\u00e1 na Europa, que continuar\u00e1 a ser nosso parceiro e aliado, mesmo depois do Brexit. N\u00e3o permitiremos que nenhuma dessas discuss\u00f5es quebre essas liga\u00e7\u00f5es e esse n\u00e3o \u00e9 o objetivo de ningu\u00e9m na Europa, posso garantir-lhe. Euronews: Diz \u201cdepois do Brexit\u201d. Isso apesar de em Bruxelas ainda haver pessoas que acreditam que ele \u00e9 revers\u00edvel, que o Brexit pode n\u00e3o acontecer\u2026 Kaljulaid: Gostava que fosse esse o caso. Mas n\u00e3o vejo como. Claro que n\u00e3o estou feliz em ver o Reino Unido sair da Uni\u00e3o Europeia. 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Presidente da Estónia diz que política de Trump é sólida

Presidente da Estónia diz que política de Trump é sólida
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A euronews falou com a presidente da Estónia, que assumiu a presidência rotativa da UE, sobre matérias como a crise migratória, Donald Trump e a Rússia.

A euronews foi a Tallinn, capital da Estónia. O país do Báltico ará os próximos seis meses no comando da União Europeia. A agem de poder acontece quando o grupo dos ainda 28 enfrenta uma série de grandes desafios: uma crise migratória contínua, o Brexit e uma Rússia que ressurge. A nossa convidada é a presidente do país, Kersti Kaljulaid, que assumiu o cargo de chefe de Estado em outubro do ano ado.

Euronews:

Quero começar por abordar a questão da migração. O governo italiano ameaçou fechar os portos aos barcos humanitários, que não são italianos. Como reage a isto? Esta questão está no topo da agenda no momento em que assume a presidência da UE.

Kaljulaid:

Precisamos de resolver esta situação, principalmente quando há alguns países que querem descarta-se. Que dizem que não assumirão nenhuma responsabilidade. E existem outros Estados que têm carregado sozinhos, esse fardo. Precisamos resolver essa situação. Precisamos unir os dois lados, que pensam de maneira diferente. E existem diversos mecanismos para isso. Afinal, é esta a natureza da União Europeia, ela tem uma capacidade bastante forte de redistribuição. Ela redistribui recursos, entre os países, para que eles possam gerir melhor as situações difíceis em que estão. Penso que precisamos examinar todas as opções possíveis. Também precisamos entender que as pessoas que vêm para a Europa, que têm o direito de procurar asilo, têm preferência em relação ao lugar para onde querem ir. Também temos que discutir isso porque eles podem circular livremente, é claro, na Europa. Eles tendem a ir para onde o seu nível de vida, no futuro, possa ser melhor. E é humano. É uma situação muito compreensível. Porque se se perdeu tudo, se se perdeu a casa, tenta-se conseguir as melhores condições para si e para a sua família. Os países com um nível de vida mediano enfrentam dificuldades nesta matéria. Precisamos, também, discutir essas questões.

Euronews:

Falou de “possíveis opções” para fazer os países que não estão a cumprir os seus compromissos chegaram-se para a frente. De que tipo de opções está a falar?

Kaljulaid:

Estou a pensar na possibilidade de apoiar mais, a nível financeiro, os Estados que estão prontos para aceitar pessoas provenientes de outros países. Por outro lado, não se podem criar dificuldades, em termos morais, a esses governos, obrigados a enfrentar desafios. Eles recebem requerentes de asilo. Que se estão a instalar no seu país. A apoiá-los mais do que às pessoas pobres do seu próprio país.

Precisamos de debater todos esses pontos. Esta não é uma situação que se resolve por si só. É necessária boa-fé.

Euronews:

O presidente Trump foi, digamos, pouco claro no que diz respeito aos seus compromissos com a NATO. Acredita que ele continua a apoiar a aliança?

Kaljulaid:

Ele exprime-se através do Twitter e as suas palavras podem não ser precisas, concretas, como esperamos que elas sejam. Mas se olharmos para fora do mundo do Twitter, para toda a política da sua istração, ela é sólida. Não tenho dúvidas de que o foi durante estes seis meses. As mensagens que eu e os parceiros da região recebemos são exatamente as mesmas. Não há nenhum vacilo. E é claro que nos sentimos seguros, preparados. Ter um vizinho imprevisível não significa ter medo dele. Não amos o dia a pensar: “E se"> Notícias relacionadas

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