{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2017/04/05/russia-e-eua-trocam-acusaces-sobre-a-siria-no-conselho-de-seguranca-da-onu" }, "headline": "R\u00fassia e EUA trocam acusa\u00e7\u00f5es sobre a S\u00edria no Conselho de Seguran\u00e7a da ONU", "description": "Reuni\u00e3o de emerg\u00eancia em Nova Iorque tinha por base proposta de condena\u00e7\u00e3o e obriga\u00e7\u00e3o do governo s\u00edrio em expor registos militares, mas Moscovo op\u00f4s-se.", "articleBody": "Estados Unidos e R\u00fassia trocaram acusa\u00e7\u00f5es, esta quarta-feira, numa reuni\u00e3o extraordin\u00e1ria do Conselho de seguran\u00e7a das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU) sobre o conflito na S\u00edria. Em cima da mesa estava uma proposta de resolu\u00e7\u00e3o pedida por Estados Unidos, Reino Unido e Fran\u00e7a a condenar o ataque de ter\u00e7a-feira com alegadas armas qu\u00edmicas em Idlib e a obrigar o governo s\u00edrio a revelar os registos dos ataques efetuados neste mesmo dia contra posi\u00e7\u00f5es dos rebeldes da oposi\u00e7\u00e3o. O ataque ter\u00e1 ocorrido por volta das 06:30 (hora local) da manh\u00e3 de ter\u00e7a-feira, na prov\u00edncia de Idlib, na S\u00edria, tendo morrido mais de 70 pessoas, incluindo 20 crian\u00e7as. \u201cSe confirmado, este ser\u00e1 o pior ataque com armas qu\u00edmicas na S\u00edria desde o ataque no leste de Ghouta, em agosto de 2013\u201d, afirmou Kim Won-so, o alto representante da ONU para o Desarmamento. Chemical attack, if confirmed, would be single largest in #Syria, UN_Disarmament head tells UN #SecurityCouncil https://t.co/FD7JzSdsOR\u2014 UN News Centre (@UN_News_Centre) 5 de abril de 2017 \u201cAssad tem de ser responsabilizado por estes ataques b\u00e1rbaros contra o pr\u00f3prio povo\u201d, escreveu ter\u00e7a-feira \u00e0 noite, j\u00e1 madrugada de quarta-feira em Lisboa, a embaixadora dos Estados Unidos nas redes sociais da Internet. pic.twitter.com/7bGium7g3s\u2014 Nikki Haley (@nikkihaley) 4 de abril de 2017 Testemunhas referem ter visto aparelhos de avia\u00e7\u00e3o de guerra a atacar a zona, equipamento que apenas \u00e9 conhecido ser recurso do ex\u00e9rcito s\u00edrio ou dos seus aliados, como a R\u00fassia. Diversas organiza\u00e7\u00f5es humanit\u00e1rias a operar na regi\u00e3o, como os M\u00e9dicos Sem Fronteiras, confirmaram ter assistido v\u00edtimas do ataque revelando sintomas relacionados com o contato a gases t\u00f3xicos. O governo s\u00edrio nega qualquer ataque com recurso a armas qu\u00edmicas. A R\u00fassia, por seu turno, acusou as for\u00e7as militares afetas ao Presidente Bashar al-Assad de terem conduzido um ataque na zona, mas iliba o ex\u00e9rcito s\u00edrio do uso de armas qu\u00edmicas. Fonte de Moscovo alega que o alvo atingido pelas for\u00e7as militares s\u00edrias foi um armaz\u00e9m de armamento dos rebeldes da oposi\u00e7\u00e3o ao regime, onde estariam escondidos os qu\u00edmicos que ter\u00e3o afetado as v\u00edtimas. J\u00e1 esta quarta-feira, em Bruxelas, na B\u00e9lgica, o secret\u00e1rio-geral da ONU declarou que \u201ccrimes de guerra est\u00e3o a acontecer na S\u00edria\u201d e garantiu que \u201cningu\u00e9m est\u00e1 a ganhar a guerra\u201d. \u201cTodos est\u00e3o a perder. \u00c9 tempo de acabar com o horror e aliviar o sofrimento\u201d, escreveu o portugu\u00eas Antonio Guterres na rede social Twitter. Nobody is winning the war in Syria; everyone is losing. Time to end the horror and ease the suffering. #syriaconf2017 pic.twitter.com/rK1ghPxU9f\u2014 Ant\u00f3nio Guterres (@antonioguterres) 5 de abril de 2017 A R\u00fassia, reconhecido aliado do Presidente Bashar al-Assad e um dos cinco membros permamentes do Conselho de Seguran\u00e7a, por isso, com diretiro de veto, considerou tal resolu\u00e7\u00e3o como \u201cinaceit\u00e1vel\u201d e o confronto diplom\u00e1tico revelou-se intenso na sede da ONU. O embaixador adjunto permanente da R\u00fassia na ONU, Vladimir\u00a0Safronkov, foi porta-voz de uma acusa\u00e7\u00e3o de Moscovo a Barack Obama. Obama\u2019s policy triggers chemical attacks in #Syria, Russia\u2019s #UN deputy envoy sayshttps://t.co/ptCkOGMBIj\u2014 TASS (@tassagency_en) 5 de abril de 2017 \u201cA amea\u00e7a pelo antigo Presidente dos Estados Unidos de recorrer a uma a\u00e7\u00e3o militar se uma \u2018linha vermelha\u2019 fosse cruzada e armas qu\u00edmicas fossem usadas na S\u00edria ter\u00e1 provocado este tipo de ataques. Essa decis\u00e3o serviu de ponto de partida para futuras provoca\u00e7\u00f5es de terroristas e estruturas extremistas com o uso de armas qu\u00edmicas\u201d, acusou o representante russo. A embaixadora norte-americana na ONU, Nikki Haley, respondeu com a necessidade de uma a\u00e7\u00e3o individual se o dever coletivo da ONU falhar ou se Moscovo n\u00e3o intervir como alega ser capaz. \u201cSe a R\u00fassia tem a influ\u00eancia na S\u00edria que diz ter, temos de a ver a usa-la. Precisamos de ver a R\u00fassia colocar um ponto final nestes atos horr\u00edveis. Quantas mais crian\u00e7as t\u00eam de morrer antes de a R\u00fassia se preocupar?\u201d, atirou Nikki Halley depois de ter mostrado \u00e0 assembleia fotos de alegadas v\u00edtimas do ataque de ter\u00e7a-feira, incluindo de crian\u00e7as. \u201cQuando as Na\u00e7\u00f5es Unidas falham de forma consistente no dever de agir coletivamente, h\u00e1 momentos na vida dos pa\u00edses em que somos compelidos a agir por conta pr\u00f3pria\u201d, avisou a representante dos Estados Unidos.", "dateCreated": "2017-04-05T19:48:59+02:00", "dateModified": "2017-04-05T19:48:59+02:00", "datePublished": "2017-04-05T19:48:59+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F362468%2F1440x810_362468.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "Reuni\u00e3o de emerg\u00eancia em Nova Iorque tinha por base proposta de condena\u00e7\u00e3o e obriga\u00e7\u00e3o do governo s\u00edrio em expor registos militares, mas Moscovo op\u00f4s-se.", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F362468%2F432x243_362468.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": [ { "@type": "Person", "familyName": "Marques", "givenName": "Francisco", "name": "Francisco Marques", "url": "/perfis/562", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "sameAs": "https://www.x.com/@frmarques4655", "jobTitle": "Journaliste", "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Equipe de langue portugaise" } } ], "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Rússia e EUA trocam acusações sobre a Síria no Conselho de Segurança da ONU

Rússia e EUA trocam acusações sobre a Síria no Conselho de Segurança da ONU
Direitos de autor 
De Francisco Marques
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Reunião de emergência em Nova Iorque tinha por base proposta de condenação e obrigação do governo sírio em expor registos militares, mas Moscovo opôs-se.

PUBLICIDADE

Estados Unidos e Rússia trocaram acusações, esta quarta-feira, numa reunião extraordinária do Conselho de segurança das Nações Unidas (ONU) sobre o conflito na Síria.

Em cima da mesa estava uma proposta de resolução pedida por Estados Unidos, Reino Unido e França a condenar o ataque de terça-feira com alegadas armas químicas em Idlib e a obrigar o governo sírio a revelar os registos dos ataques efetuados neste mesmo dia contra posições dos rebeldes da oposição.

O ataque terá ocorrido por volta das 06:30 (hora local) da manhã de terça-feira, na província de Idlib, na Síria, tendo morrido mais de 70 pessoas, incluindo 20 crianças.

“Se confirmado, este será o pior ataque com armas químicas na Síria desde o ataque no leste de Ghouta, em agosto de 2013”, afirmou Kim Won-so, o alto representante da ONU para o Desarmamento.

Chemical attack, if confirmed, would be single largest in #Syria, UN_Disarmament</a> head tells <a href="https://twitter.com/UN">UN#SecurityCouncilhttps://t.co/FD7JzSdsOR

— UN News Centre (@UN_News_Centre) 5 de abril de 2017

“Assad tem de ser responsabilizado por estes ataques bárbaros contra o próprio povo”, escreveu terça-feira à noite, já madrugada de quarta-feira em Lisboa, a embaixadora dos Estados Unidos nas redes sociais da Internet.

pic.twitter.com/7bGium7g3s

— Nikki Haley (@nikkihaley) 4 de abril de 2017

Testemunhas referem ter visto aparelhos de aviação de guerra a atacar a zona, equipamento que apenas é conhecido ser recurso do exército sírio ou dos seus aliados, como a Rússia.

Diversas organizações humanitárias a operar na região, como os Médicos Sem Fronteiras, confirmaram ter assistido vítimas do ataque revelando sintomas relacionados com o contato a gases tóxicos.

O governo sírio nega qualquer ataque com recurso a armas químicas.

A Rússia, por seu turno, acusou as forças militares afetas ao Presidente Bashar al-Assad de terem conduzido um ataque na zona, mas iliba o exército sírio do uso de armas químicas.

Fonte de Moscovo alega que o alvo atingido pelas forças militares sírias foi um armazém de armamento dos rebeldes da oposição ao regime, onde estariam escondidos os químicos que terão afetado as vítimas.

Já esta quarta-feira, em Bruxelas, na Bélgica, o secretário-geral da ONU declarou que “crimes de guerra estão a acontecer na Síria” e garantiu que “ninguém está a ganhar a guerra”. “Todos estão a perder. É tempo de acabar com o horror e aliviar o sofrimento”, escreveu o português Antonio Guterres na rede social Twitter.

Nobody is winning the war in Syria; everyone is losing. Time to end the horror and ease the suffering. #syriaconf2017pic.twitter.com/rK1ghPxU9f

— António Guterres (@antonioguterres) 5 de abril de 2017

A Rússia, reconhecido aliado do Presidente Bashar al-Assad e um dos cinco membros permamentes do Conselho de Segurança, por isso, com diretiro de veto, considerou tal resolução como “inaceitável” e o confronto diplomático revelou-se intenso na sede da ONU.

O embaixador adjunto permanente da Rússia na ONU, Vladimir Safronkov, foi porta-voz de uma acusação de Moscovo a Barack Obama.

Obama’s policy triggers chemical attacks in #Syria, Russia’s #UN deputy envoy sayshttps://t.co/ptCkOGMBIj

— TASS (@tassagency_en) 5 de abril de 2017

“A ameaça pelo antigo Presidente dos Estados Unidos de recorrer a uma ação militar se uma ‘linha vermelha’ fosse cruzada e armas químicas fossem usadas na Síria terá provocado este tipo de ataques. Essa decisão serviu de ponto de partida para futuras provocações de terroristas e estruturas extremistas com o uso de armas químicas”, acusou o representante russo.

A embaixadora norte-americana na ONU, Nikki Haley, respondeu com a necessidade de uma ação individual se o dever coletivo da ONU falhar ou se Moscovo não intervir como alega ser capaz.

“Se a Rússia tem a influência na Síria que diz ter, temos de a ver a usa-la. Precisamos de ver a Rússia colocar um ponto final nestes atos horríveis. Quantas mais crianças têm de morrer antes de a Rússia se preocupar?”, atirou Nikki Halley depois de ter mostrado à assembleia fotos de alegadas vítimas do ataque de terça-feira, incluindo de crianças.

“Quando as Nações Unidas falham de forma consistente no dever de agir coletivamente, há momentos na vida dos países em que somos compelidos a agir por conta própria”, avisou a representante dos Estados Unidos.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

ONU: Quatro anos de impunidade para os ataques químicos na Síria

Síria: União Europeia condena ataque químico e promete ajuda financeira

Rússia nega envolvimento no ataque químico em Idlib e acusa sírios