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It's time for us to get in the way https://t.co/BtypIf4r3D pic.twitter.com/VSvOwLFn7X\u2014 Salil Shetty (@SalilShetty) February 22, 2017 S\u00e3o estas as principais conclus\u00f5es retiradas do relat\u00f3rio anual da Amnistia Internacional. Para o secret\u00e1rio-geral da organiza\u00e7\u00e3o, Salil Shetty, o retrocesso no campo dos Direitos Humanos n\u00e3o se restringe a apenas uma regi\u00e3o do globo. \u201cFoi um ano em que uma ret\u00f3rica venenosa de \u2018n\u00f3s contra eles\u2019 surgiu, em todo o mundo. Desde a ret\u00f3rica xen\u00f3foba e sexista da campanha eleitoral do presidente Trump, o ataque dos l\u00edderes europeus aos direitos dos refugiados, a repress\u00e3o do presidente Erdogan, Turquia, ap\u00f3s a tentativa de golpe de Estado ou a chamada guerra \u00e0s drogas nas Filipinas\u201d, exemplifica. State of the World: politics of demonization and lack of global human rights leadership. https://t.co/375ut9xsYg pic.twitter.com/fPe1UEalUl\u2014 AmnestyInternational (@amnesty) February 22, 2017 O ativista evidenciou, ainda, que um dos mais preocupantes desenvolvimentos de 2016, foi o resultado \u201cde um novo acordo oferecido pelos governos ao povo \u2013 que promete seguran\u00e7a e desenvolvimento econ\u00f3mico em troca de ceder os direitos de participa\u00e7\u00e3o e liberdades c\u00edvicas\u201d. Os pa\u00edses de L\u00edngua Portuguesa O documento aponta ainda o dedo aos pa\u00edses de L\u00edngua Portuguesa. Quanto a Portugal, a Amnistia critica a restri\u00e7\u00e3o de direitos das pessoas com defici\u00eancia decorrente da crise e relatos de maus tratos nas pris\u00f5es, onde continuam inadequadas as condi\u00e7\u00f5es prisionais Em rela\u00e7\u00e3o ao Brasil, a organiza\u00e7\u00e3o teme que a emenda constitucional, que limitou as despesas governamentais nos pr\u00f3ximos 20 anos, pode afetar negativamente os investimentos em educa\u00e7\u00e3o e sa\u00fade, potenciando o aumento das desigualdades no pa\u00eds. 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Para a Amnistia Internacional, a pol\u00edcia brasileira continuou, em 2016, a usar for\u00e7a desnecess\u00e1ria contra jovens pobres, presidi\u00e1rios e tamb\u00e9m agiu de maneira excessivamente violenta contra comunidades pobres do Rio de Janeiro durante os Jogos Ol\u00edmpicos. Quanto a Angola, o do relat\u00f3rio evidencia que a crise econ\u00f3mica, decorrente da desvaloriza\u00e7\u00e3o do pre\u00e7o do petr\u00f3leo, tem provocado descontentamento social e protestos. Pode ler-se: \u201cisto levou a manifesta\u00e7\u00f5es cont\u00ednuas de descontentamento e restri\u00e7\u00f5es aos direitos \u00e0 liberdade de express\u00e3o, associa\u00e7\u00e3o e reuni\u00e3o pac\u00edfica. O Governo usou o sistema de Justi\u00e7a e outras institui\u00e7\u00f5es do Estado para silenciar a dissid\u00eancia\u201d Para 2017, a Amnistia Internacional prev\u00ea que a situa\u00e7\u00e3o, no mundo, venha a ser ainda pior. 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Amnistia Internacional: Mundo tornou-se "num local mais sombrio e mais instável"

Amnistia Internacional: Mundo tornou-se "num local mais sombrio e mais instável"
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De Miguel Roque Dias com Reuters; Lusa; Amnistia Internacional
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Em 2016, o mundo tornou-se “num local mais sombrio e mais instável”, devido à retórica populista, à demonização do outro e ao agravamento de conflitos como a Síria ou o…

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Em 2016, o mundo tornou-se “num local mais sombrio e mais instável”, devido à retórica populista, à demonização do outro e ao agravamento de conflitos como a Síria ou o Iraque.

Leaders across the world are putting the politics of demonization into action. It's time for us to get in the way https://t.co/BtypIf4r3Dpic.twitter.com/VSvOwLFn7X

— Salil Shetty (@SalilShetty) February 22, 2017

São estas as principais conclusões retiradas do relatório anual da Amnistia Internacional.

Para o secretário-geral da organização, Salil Shetty, o retrocesso no campo dos Direitos Humanos não se restringe a apenas uma região do globo.

“Foi um ano em que uma retórica venenosa de ‘nós contra eles’ surgiu, em todo o mundo. Desde a retórica xenófoba e sexista da campanha eleitoral do presidente Trump, o ataque dos líderes europeus aos direitos dos refugiados, a repressão do presidente Erdogan, Turquia, após a tentativa de golpe de Estado ou a chamada guerra às drogas nas Filipinas”, exemplifica.

State of the World: politics of demonization and lack of global human rights leadership. https://t.co/375ut9xsYgpic.twitter.com/fPe1UEalUl

— AmnestyInternational (@amnesty) February 22, 2017

O ativista evidenciou, ainda, que um dos mais preocupantes desenvolvimentos de 2016, foi o resultado “de um novo acordo oferecido pelos governos ao povo – que promete segurança e desenvolvimento económico em troca de ceder os direitos de participação e liberdades cívicas”.

Os países de Língua Portuguesa

O documento aponta ainda o dedo aos países de Língua Portuguesa. Quanto a Portugal, a Amnistia critica a restrição de direitos das pessoas com deficiência decorrente da crise e relatos de maus tratos nas prisões, onde continuam inadequadas as condições prisionais

Em relação ao Brasil, a organização teme que a emenda constitucional, que limitou as despesas governamentais nos próximos 20 anos, pode afetar negativamente os investimentos em educação e saúde, potenciando o aumento das desigualdades no país.

No relatório, a AI considerou que, além de não ter registado avanços para melhorar o cumprimento dos Direitos Humanos, o Congresso brasileiro mantém, na agenda, projetos que podem ter impacto negativo no cumprimento dos Direitos Humanos.

“No Congresso, várias propostas que devem interferir nos direitos das mulheres, povos indígenas, crianças e lésbicas, gays, bissexuais, transgéneros e intersexuais (LGBT) estavam pendentes de discussão. Em setembro, uma comissão especial na Câmara dos Deputados aprovou mudanças no direito da família para definir a família como a união entre um homem e uma mulher”, destaca o documento.

Para a Amnistia Internacional, a polícia brasileira continuou, em 2016, a usar força desnecessária contra jovens pobres, presidiários e também agiu de maneira excessivamente violenta contra comunidades pobres do Rio de Janeiro durante os Jogos Olímpicos.

Quanto a Angola, o do relatório evidencia que a crise económica, decorrente da desvalorização do preço do petróleo, tem provocado descontentamento social e protestos. Pode ler-se: “isto levou a manifestações contínuas de descontentamento e restrições aos direitos à liberdade de expressão, associação e reunião pacífica. O Governo usou o sistema de Justiça e outras instituições do Estado para silenciar a dissidência”

Para 2017, a Amnistia Internacional prevê que a situação, no mundo, venha a ser ainda pior.

Com: Reuters; Lusa; Amnistia Internacional

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