{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2017/02/16/echo-flight-a-ajuda-aerea-que-chega-as-zonas-mais-remotas-da-rdc" }, "headline": "Echo Flight, a ajuda a\u00e9rea que chega \u00e0s zonas mais remotas da RDC", "description": "Quase 2 milh\u00f5es de habitantes abandonaram as suas casas na Rep\u00fablica Democr\u00e1tica do Congo. Para os ajudar, as ONG recorrem aos voos humanit\u00e1rios da UE.", "articleBody": "Quase dois milh\u00f5es de habitantes tiveram de abandonar as suas casas num pa\u00eds que \u00e9 dilacerado pela guerra h\u00e1 mais de 20 anos. Para levar ajuda aos territ\u00f3rios mais in\u00edveis da Rep\u00fablica Democr\u00e1tica do Congo (RDC), as ONG recorrem aos voos humanit\u00e1rios da Uni\u00e3o Europeia. Estima-se que os conflitos na Rep\u00fablica Democr\u00e1tica do Congo tenham feito cerca de 6 milh\u00f5es de mortos. Um em cada dez habitantes precisa de ajuda humanit\u00e1ria urgente. A luta pelo controlo dos recursos naturais e os conflitos \u00e9tnicos tornam a crise humanit\u00e1ria neste pa\u00eds ainda mais complexa. O o aos territ\u00f3rios \u00e9 um desafio constante. As infraestruturas s\u00e3o limitadas e, muitas vezes, controladas pelas mil\u00edcias. As ONG recorrem ao Echo Flight, o servi\u00e7o a\u00e9reo do Gabinete de Ajuda Humanit\u00e1ria da Comiss\u00e3o Europeia. 360 report euronews #Echo Flight takes aid to the displaced in the war-torn #DRC https://t.co/QanozNB2ew eu_echo pic.twitter.com/TBdxCEqOjV\u2014 Monica Pinna (@_MonicaPinna) 30 dicembre 2016 Fizemos uma viagem para Nyunzu, na prov\u00edncia de Tanganyika. Marianne Theis, da ONG Premi\u00e8re Urgence Internationale, diz-nos que \u201ch\u00e1 realmente grandes problemas de ibilidade. E o Echo Flight permite-nos transportar rapidamente bens, pessoas, material, sobretudo medicamentos, que s\u00e3o essenciais para realizar os nossos projetos\u201d. \u201cA frota tem crescido de acordo com as necessidades\u201d As miss\u00f5es do Echo Flight iniciaram-se h\u00e1 duas d\u00e9cadas. Hoje em dia, o servi\u00e7o integra seis avi\u00f5es e divide-se entre tr\u00eas pa\u00edses africanos: Rep\u00fablica Democr\u00e1tica do Congo, Qu\u00e9nia e Mali. Segundo Sandrine Ducroix, do Gabinete de Ajuda Humanit\u00e1ria da UE, \u201ca frota tem crescido de acordo com as necessidades. Neste pa\u00eds, h\u00e1 tr\u00eas avi\u00f5es a funcionar. O Echo Flight apoia os organismos no terreno com voos regulares, voos pontuais \u2013 se a situa\u00e7\u00e3o o exigir -, e voos de evacua\u00e7\u00e3o em casos de emerg\u00eancia m\u00e9dica ou securit\u00e1ria\u201d. De Nyunzu partimos em dire\u00e7\u00e3o \u00e0 selva para chegar \u00e0 localidade de Luizi, onde se encontram cerca de 20 mil pessoas que fugiram dos conflitos tribais que op\u00f5em os Bantu aos Pigmeus. A Premi\u00e8re Urgence Internationale instalou aqui uma unidade m\u00f3vel de sa\u00fade. \u201cAbrimos a cl\u00ednica neste local porque vimos que muitos dos deslocados se concentravam aqui. Fornecemos cuidados de sa\u00fade gratuitos, sobretudo aos mais vulner\u00e1veis, \u00e0s crian\u00e7as com menos de 5 anos. Damos alimenta\u00e7\u00e3o \u00e0s crian\u00e7as malnutridas. Todas as semanas recebemos cerca de 200 pessoas\u201d, explica-nos Marianne. Mamba Bi Mloko, uma das mulheres que encontr\u00e1mos aqui, conta-nos o seguinte: \u201cFugi porque os Pigmeus mataram muita gente na minha aldeia, incluindo o meu irm\u00e3o. As condi\u00e7\u00f5es aqui s\u00e3o miser\u00e1veis, mas n\u00e3o temos escolha\u201d. \u201c\u00c9 um ciclo perp\u00e9tuo\u201d Segunda etapa: fomos at\u00e9 \u00e0 prov\u00edncia do Kivu Sul ver como uma feira alimentar d\u00e1 apoio aos deslocados e dinamiza mesmo a economia local. O voo dura cerca de duas horas. Fomos ao encontro de uma outra ONG, a Acted, que trabalha em Kolula. A equipa chegou ao local para organizar uma feira alimentar que decorre ao longo de 5 dias. \u201cNesta regi\u00e3o, as pessoas fogem do conflito armado entre as for\u00e7as governamentais e um grupo de combatentes. \u00c9 um ciclo perp\u00e9tuo\u201d, afirma Souleymane Cissoko, da Acted. Esta ONG come\u00e7ou por identificar as fam\u00edlias mais necessitadas. No final, foram quase 15 mil pessoas a beneficiar dos cup\u00f5es de alimenta\u00e7\u00e3o distribu\u00eddos para comprar alimentos na feira. Os comerciantes s\u00e3o produtores locais que tiveram de apresentar uma proposta de venda. \u201cNo in\u00edcio, \u00e9ramos mais de 50. Depois foram escolhidos 19\u201d, diz-nos um deles. Ap\u00f3s a nossa visita, as localidades de Nyunzu e Kolula foram alvo de ataques. 3 unforgettable days on #echo #flights in #DRC w/ eu_echo ACTED bringing humanitarian aid to remote displacement areas pic.twitter.com/TnWyvvyGl1\u2014 Monica Pinna (@_MonicaPinna) 13 de novembro de 2016", "dateCreated": "2017-02-16T12:19:51+01:00", "dateModified": "2017-02-16T12:19:51+01:00", "datePublished": "2017-02-16T12:19:51+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F355304%2F1440x810_355304.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "Quase 2 milh\u00f5es de habitantes abandonaram as suas casas na Rep\u00fablica Democr\u00e1tica do Congo. Para os ajudar, as ONG recorrem aos voos humanit\u00e1rios da UE.", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F355304%2F432x243_355304.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Echo Flight, a ajuda aérea que chega às zonas mais remotas da RDC

Echo Flight, a ajuda aérea que chega às zonas mais remotas da RDC
Direitos de autor 
De Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Quase 2 milhões de habitantes abandonaram as suas casas na República Democrática do Congo. Para os ajudar, as ONG recorrem aos voos humanitários da UE.

PUBLICIDADE

Quase dois milhões de habitantes tiveram de abandonar as suas casas num país que é dilacerado pela guerra há mais de 20 anos. Para levar ajuda aos territórios mais iníveis da República Democrática do Congo (RDC), as ONG recorrem aos voos humanitários da União Europeia.

Estima-se que os conflitos na República Democrática do Congo tenham feito cerca de 6 milhões de mortos. Um em cada dez habitantes precisa de ajuda humanitária urgente. A luta pelo controlo dos recursos naturais e os conflitos étnicos tornam a crise humanitária neste país ainda mais complexa. O o aos territórios é um desafio constante. As infraestruturas são limitadas e, muitas vezes, controladas pelas milícias. As ONG recorrem ao Echo Flight, o serviço aéreo do Gabinete de Ajuda Humanitária da Comissão Europeia.

360 report euronews</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/Echo?src=hash">#Echo</a> Flight takes aid to the displaced in the war-torn <a href="https://twitter.com/hashtag/DRC?src=hash">#DRC</a> <a href="https://t.co/QanozNB2ew">https://t.co/QanozNB2ew</a> <a href="https://twitter.com/eu_echo">eu_echopic.twitter.com/TBdxCEqOjV

— Monica Pinna (@_MonicaPinna) 30 dicembre 2016

Fizemos uma viagem para Nyunzu, na província de Tanganyika. Marianne Theis, da ONG Première Urgence Internationale, diz-nos que “há realmente grandes problemas de ibilidade. E o Echo Flight permite-nos transportar rapidamente bens, pessoas, material, sobretudo medicamentos, que são essenciais para realizar os nossos projetos”.

“A frota tem crescido de acordo com as necessidades”

As missões do Echo Flight iniciaram-se há duas décadas. Hoje em dia, o serviço integra seis aviões e divide-se entre três países africanos: República Democrática do Congo, Quénia e Mali. Segundo Sandrine Ducroix, do Gabinete de Ajuda Humanitária da UE, “a frota tem crescido de acordo com as necessidades. Neste país, há três aviões a funcionar. O Echo Flight apoia os organismos no terreno com voos regulares, voos pontuais – se a situação o exigir -, e voos de evacuação em casos de emergência médica ou securitária”.

De Nyunzu partimos em direção à selva para chegar à localidade de Luizi, onde se encontram cerca de 20 mil pessoas que fugiram dos conflitos tribais que opõem os Bantu aos Pigmeus. A Première Urgence Internationale instalou aqui uma unidade móvel de saúde. “Abrimos a clínica neste local porque vimos que muitos dos deslocados se concentravam aqui. Fornecemos cuidados de saúde gratuitos, sobretudo aos mais vulneráveis, às crianças com menos de 5 anos. Damos alimentação às crianças malnutridas. Todas as semanas recebemos cerca de 200 pessoas”, explica-nos Marianne.

Mamba Bi Mloko, uma das mulheres que encontrámos aqui, conta-nos o seguinte: “Fugi porque os Pigmeus mataram muita gente na minha aldeia, incluindo o meu irmão. As condições aqui são miseráveis, mas não temos escolha”.

“É um ciclo perpétuo”

Segunda etapa: fomos até à província do Kivu Sul ver como uma feira alimentar dá apoio aos deslocados e dinamiza mesmo a economia local. O voo dura cerca de duas horas. Fomos ao encontro de uma outra ONG, a Acted, que trabalha em Kolula. A equipa chegou ao local para organizar uma feira alimentar que decorre ao longo de 5 dias.

Aid Zone - DR Congo“Nesta região, as pessoas fogem do conflito armado entre as forças governamentais e um grupo de combatentes. É um ciclo perpétuo”, afirma Souleymane Cissoko, da Acted.

Esta ONG começou por identificar as famílias mais necessitadas. No final, foram quase 15 mil pessoas a beneficiar dos cupões de alimentação distribuídos para comprar alimentos na feira. Os comerciantes são produtores locais que tiveram de apresentar uma proposta de venda. “No início, éramos mais de 50. Depois foram escolhidos 19”, diz-nos um deles.

Após a nossa visita, as localidades de Nyunzu e Kolula foram alvo de ataques.

3 unforgettable days on #echo#flights in #DRC w/ eu_echo</a> <a href="https://twitter.com/ACTED">ACTED bringing humanitarian aid to remote displacement areas pic.twitter.com/TnWyvvyGl1

— Monica Pinna (@_MonicaPinna) 13 de novembro de 2016

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Os voos de ajuda humanitária em África

Pelo menos 50 mortos depois de um barco se ter incendiado no noroeste da RDC

Rebeldes do M23 raptam mais de 130 pacientes de hospitais no leste da República Democrática do Congo, segundo a ONU