{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2016/12/27/obituario-das-artes-em-2016-de-david-bowie-e-nicolau-breyner-a-george-michael" }, "headline": "Obitu\u00e1rio das artes em 2016: De David Bowie e Nicolau Breyner a George Michael", "description": "O mundo das artes sofreu este ano algumas perdas de renome mundial, da m\u00fasica ao cinema.", "articleBody": "Atores, cineastas, argumentistas, escritores e m\u00fasicos \u2013 no fim do ano \u00e9 altura de relembrar os artistas que nos inspiraram ao longo dos tempos e que nos deixaram. Este 2016 revelou-se tr\u00e1gico, em especial, para a m\u00fasica mais comercial anglosax\u00f3nica. Em Portugal, morreu com semanas de intervalo a dupla que criou \u201cVila Faia\u201d, a primeira telenovela portuguesa: Nicolau Breyner e Francisco Nicholson. Fernanda Peres (1931-2016), 84 anos, PORTUGAL, m\u00fasica O ano abriu com a morte da lisboeta conhecida desde os 10 anos como \u201ca mi\u00fada do Bairro Alto\u201d. Come\u00e7ou por se dedicar \u00e0 costura, mas, aos 17 anos, a autora do \u201cFado das L\u00e1grimas\u201d venceu o concurso portugu\u00eas de Jovens Fadistas da antiga Emissora Nacional e entrou para os quadros da empresa. Tinha o sonho do teatro, concretizou-o e contracenou com Vasco Santana no filme \u201cEram 200 Irm\u00e3os\u201d, de Armando Vieira Pinto. Tornou-se popular desde as emiss\u00f5es experimentais da RTP, em meados dos anos 50 e representou Portugal, em 1954, no Festival da Can\u00e7\u00e3o Latina. A 27 de novembro de 2012, no primeiro anivers\u00e1rio da consagra\u00e7\u00e3o do Fado como Patrim\u00f3nio Imaterial da Humanidade pela UNESCO, recebeu o Medalha de M\u00e9rito, Grau Ouro, da Cidade de Lisboa. Fernanda Peres morreu a sete de janeiro, em Lisboa. Tinha 84 anos. David Bowie (1947-2016), 69 anos, Reino Unido, m\u00fasica O ano abriu com a morte, v\u00edtima de cancro, do \u201ccamale\u00e3o\u201d da Pop. Respons\u00e1vel por temas eternos como \u201cSpace Oddity\u201d, \u201cHeroes\u201d ou \u201cLet\u2019s dance\u201d, o m\u00fasico brit\u00e2nico foi um dos mais inovadores artistas da hist\u00f3ria. Considerado pelos cr\u00edticos e m\u00fasicos de todas as idades como influencia e inspira\u00e7\u00e3o, Bowie ficou marcado pela constante reinven\u00e7\u00e3o e pela irrever\u00eancia est\u00e9tica. .embed-container { position: relative; padding-bottom: 56.25%; height: 0; overflow: hidden; max-width: 100%; } .embed-container iframe, .embed-container object, .embed-container embed { position: absolute; top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; } Liderou tops, atuou duas vezes em Portugal e bateu recordes com vendas de discos estimadas em cerca 140 milh\u00f5es de exemplares por todo o mundo. David Bowie morreu a 10 de janeiro. Tinha 69 anos. 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Nicolau Breyner (1940-2016), 75 anos, PORTUGAL, teatro/cinema/televis\u00e3o Nasceu e cresceu em Serpa, no Alentejo, mudou-se para Lisboa e estudou canto, \u00e1rea em que se diplomou, tal como em teatro, no Conservat\u00f3rio Nacional. Come\u00e7ou no teatro e ap\u00f3s a Revolu\u00e7\u00e3o de 25 de abril de 1974 lan\u00e7ou-se na televis\u00e3o. Foi o \u201adrinho\u201d da estreia de Herman Jos\u00e9 no pequeno ecr\u00e3 e coautor, no in\u00edcio dos anos 80, da \u201cVila Faia\u201d, a primeira telenovela portuguesa. Somou mais de meia centena de participa\u00e7\u00f5es no cinema, incluindo em \u201cComboio Noturno para Lisboa\u201d (2013), em que contracenou com Jeremy Irons e Christopher Lee. Em 2005, foi distinguido com o grau honor\u00edfico de Grande-Oficial da Ordem do M\u00e9rito e, j\u00e1 este ano, a t\u00edtulo p\u00f3stumo, com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique. Nicolau Breyner morreu a 14 de mar\u00e7o, em casa, v\u00edtima de ataque card\u00edaco. Tinha 75 anos. Francisco Nicholson (1938-2016), 77 anos, PORTUGAL, teatro/cinema/televis\u00e3o Nasceu no seio de uma fam\u00edlia ligada \u00e0s artes, com origens aristocratas do lado do pai, filho de um ingl\u00eas. Come\u00e7ou a fazer teatro com 14 anos e integrou o Grupo da Mocidade, onde partilhou o palco, por exemplo, com Rui Mendes. Estudou em Paris e inaugurou o Teatro Villaret a convite de Raul Solnado. Estreou-se na televis\u00e3o em 1964, com o programa Riso e Ritmo. Foi um dos autores de \u201cOra\u00e7\u00e3o\u201d, a can\u00e7\u00e3o com que Ant\u00f3nio Calv\u00e1rio venceu o primeiro Festival RTP da Can\u00e7\u00e3o. Com Nicolau Breyner, foi coautor de \u201cVila Faia\u201d (1982) e continuiu a trabalhar para o pequeno ecr\u00e3 e para o teatro tanto como argumentista como ator. \u00c9 um dos grandes nomes da chamada Revista \u00e0 Portuguesa. Francisco Nicholson morreu a 12 de abril, v\u00edtima de complica\u00e7\u00f5es decorrentes de um transplante hep\u00e1tico realizado em 2011. Prince (1958-2016), 57 anos, Estados Unidos, m\u00fasica Em abril, o mundo da m\u00fasica perdia outro dos grandes: Prince Rogers Nelson. O artista conhecido na maior parte das vezes apenas como Prince atuou por quatro vezes em Portugal. A \u00faltima, em 2013, quando anunciou de surpresa um concerto e tocou durante tr\u00eas horas para um lotado Coliseu dos Recreios, em Lisboa. .embed-container { position: relative; padding-bottom: 56.25%; height: 0; overflow: hidden; max-width: 100%; } .embed-container iframe, .embed-container object, .embed-container embed { position: absolute; top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; } Deixa um legado de 39 \u00e1lbuns de est\u00fadio, cinco bandas sonoras para filmes, quatro discos ao vivo e cinco compila\u00e7\u00f5es. Escreveu mais de mil m\u00fasicas e os singles editados chegam \u00e0s 97 rodelas de vinil de sete polegadas ou de 45 rpm. Revolucion\u00e1rio, influente, rebelde e um amigo pessoal da fadista portuguesa Ana Moura, Prince ter\u00e1 sido v\u00edtima de uma overdose acidental com um analg\u00e9sico derivado do \u00f3pio. Morreu a 21 de abril na casa onde vivia, em Minneapolis, nos Estados Unidos. Tinha 57 anos. Vicente da C\u00e2mara (1928-2016), 88 anos, PORTUGAL, m\u00fasica Nasceu em ber\u00e7o aristocrata, com ascend\u00eancia ligada ao descobridor da ilha da Madeira, Jo\u00e3o Gon\u00e7alves Zarco. Aos 15 anos, j\u00e1 cantava como amador nos caf\u00e9s tradicionais do Bairro Alto, em Lisboa. Celebrizou-se pelo fado \u201cA Moda das Tran\u00e7as Pretas\u201d e seguiu os os, por exemplo, de Am\u00e1lia Rodrigues, realizando digress\u00f5es tamb\u00e9m pelo M\u00e9dio Oriente. Vicente da C\u00e2mara morreu a 28 de maio, em Lisboa, v\u00edtima de paragem cardiorrespirat\u00f3ria. Anton Yelchin (1989-2016), 27 anos, R\u00fassia, cinema Era um ator em ascen\u00e7\u00e3o. Filho de judeus russos, nasceu em S\u00e3o Petersburgo, no fim da antiga Uni\u00e3o Sovi\u00e9tica, mas viria a naturalizar-se norte-americano. Ficou famoso como \u201cChekov\u201d, nos novos filmes da epopeia \u201cStar Trek\u201d ou \u201cCaminho das Estrelas\u201d. O mais recente epis\u00f3dio da saga, \u201cStar Trek: Al\u00e9m do Universo\u201d (2016), foi-lhe dedicado. Anton Yelchin morreu a 19 de junho, num acidente de autom\u00f3vel. Tinha 27 anos. Gene Wilder (1933-2016), 83 anos, Estados Unidos, cinema Brilhou em cl\u00e1ssicos da s\u00e9tima arte como \u201cA Maravilhosa Hist\u00f3ria de Charlie\u201d (1971) (tamb\u00e9m conhecido como \u201cWilly Wonka e a F\u00e1brica de Chocolate\u201d), \u201cFrankenstein J\u00fanior\u201d (1974) ou \u201cA Mulher de Vermelho\u201d (1984). Foi nomeado para dois \u00d3scares: um como argumentista de \u201cFrankenstein J\u00fanior\u201d; outro como melhor ator secund\u00e1rio em \u201cO Falhado Amoroso\u201d (1967) Gene Wilder morreu a 29 de agosto, de complica\u00e7\u00f5es relacionadas com a doen\u00e7a de Alzheimer. Tinha 83 anos. Andrej Wajda (1926-2016), 90 anos, Pol\u00f3nia, cinema Aclamado realizador de cinema, ficou famoso pelos filmes que refletiam a hist\u00f3ria turbulenta da Pol\u00f3nia, nomeadamente atrav\u00e9s do filme \u201cO Homem de Ferro\u201d (1981), uma provoca\u00e7\u00e3o ao regime comunista polaco da altura, que lhe valeu a Palma de Ouro, em Cannes. Realizou mais de 40 filmes, numa carreira com 60 anos. Entre dezenas de outras distin\u00e7\u00f5es, recebeu h\u00e1 16 anos o \u00d3scar honor\u00e1rio. Manteve-se no activo at\u00e9 ao final da vida e o seu mais recente filme, \u201owidoki\u201d (\u201cAfterimage\u201d, t\u00edtulo em ingl\u00eas) \u00e9 o candidato polaco ao \u00d3scar deste ano para melhor filme em l\u00edngua n\u00e3o inglesa. Andrej Wajda morreu a 9 de outubro, em Vars\u00f3via, v\u00edtima de falha pulmonar ap\u00f3s v\u00e1rios dias internado em coma induzido. Tinha 90 anos. Dario Fo (1926-2016), 90 anos, It\u00e1lia, literatura Ator, comediante, cantor, diretor de teatro, encenador, compositor, pintor e ativista pol\u00edtico, o italiano, tal como Andrej Wajda, tamb\u00e9m morreu em outubro e aos 90 anos. Esteve 12 dias internado num hospital de Mil\u00e3o devido a problemas respirat\u00f3rios. Dizia ter \u201ca perspetiva dos homens do Renascimento, capazes de olhar o todo\u201d. Nobel de Literatura em 1997, morreu, curiosamente, no mesmo dia do an\u00fancio de Bob Dylan como novo Nobel da Literatura: 13 de outubro. Leonard Cohen (1934-2016), 82 anos, Canad\u00e1, m\u00fasica O bar\u00edtono da Pop morreu a sete de novembro. Tinha lan\u00e7ado o \u00faltimo \u00e1lbum, \u201cYou Want it Darker\u201d, apenas tr\u00eas semanas antes. O autor de \u201cDance Me To The End Of Love\u201d e \u201cHallelluja\u201d deixou um legado de 14 \u00e1lbuns de est\u00fadio, oito discos ao vivo, diversos livros de poesia e pelo menos dois romances escritos. Atuou por seis vezes em Portugal \u2014 a \u00faltima, em Lisboa, em 2012. .embed-container { position: relative; padding-bottom: 56.25%; height: 0; overflow: hidden; max-width: 100%; } .embed-container iframe, .embed-container object, .embed-container embed { position: absolute; top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; } Leonard Cohen estava a lutar contra um cancro, mas ter\u00e1 sido v\u00edtima de uma queda em casa, referiu o agente. Tinha 82 anos. George Michael (1963-2016), 53 anos, Reino Unido, m\u00fasica Foi o \u00faltimo grande nome da m\u00fasica internacional a deixar-nos este ano. Brit\u00e2nico, de ascend\u00eancia cipriota (o nome de baptismo \u00e9 Georgios Kyriacos Panayiotou), coautor, curiosamente, de um dos grandes sucessos de Natal da Pop mundial, \u201cLast Christmas\u201d, morreu no dia 25 de dezembro. De acordo com o agente, George Michael morreu em casa, em Inglaterra, v\u00edtimas de falha card\u00edaca durante o sono. O m\u00fasico saltou para a fama no in\u00edcio dos anos 80, atrav\u00e9s do duo Wham!, com o qual lan\u00e7ou por exemplo o \u00eaxito \u201cWake Me Up Before you Go Go\u201d e o tal \u00eaxito natal\u00edcio. No final dessa d\u00e9cada lan\u00e7ou-se a solo. .embed-container { position: relative; padding-bottom: 56.25%; height: 0; overflow: hidden; max-width: 100%; } .embed-container iframe, .embed-container object, .embed-container embed { position: absolute; top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; } Em nome pr\u00f3prio, lan\u00e7ou cinco \u00e1lbuns de est\u00fadio, duas compila\u00e7\u00f5es e cerca de 40 singles. Vendeu mais de 100 milh\u00f5es de discos em todo o mundo e atuou uma \u00fanica vez em Portugal, em 2007, em Coimbra. George Michael tinha 53 anos. Carrie Fisher (1956-2016), 60 anos, Estados Unidos,cinema Foi tamb\u00e9m escritora e argumentista \u2013 como atriz desempenhou muitos pap\u00e9is, mas ficou, para sempre, colada a uma personagem: a princesa Leia da saga Guerra das Estrelas. Carrie Fisher morreu aos 60 anos, no dia 27 de dezembro, quatro dias depois de ter sofrido um ataque card\u00edaco a bordo de um avi\u00e3o. A \u00faltima apari\u00e7\u00e3o no grande ecr\u00e3 tinha sido, justamente, no regresso da saga e das personagens da primeira trilogia, mais de trinta anos depois, com o \u201cEpis\u00f3dio VII \u2013 O Despertar da For\u00e7a\u201d, estreado no Natal de 2015. no words #Devastated pic.twitter.com/R9Xo7IBKmh\u2014 Mark Hamill (@HamillHimself) December 27, 2016 Debbie Reynolds (1932 \u2013 2016, 84 anos, Estados Unidos) Somente algumas horas ap\u00f3s a morte da filha, a m\u00e3e de Carrie Fisher, a atriz Debbie Reynolds, morreu tamb\u00e9m de ataque card\u00edaco. Tinha 84 anos. 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Obituário das artes em 2016: De David Bowie e Nicolau Breyner a George Michael

Obituário das artes em 2016: De David Bowie e Nicolau Breyner a George Michael
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De Francisco Marques
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O mundo das artes sofreu este ano algumas perdas de renome mundial, da música ao cinema.

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Atores, cineastas, argumentistas, escritores e músicos – no fim do ano é altura de relembrar os artistas que nos inspiraram ao longo dos tempos e que nos deixaram.

Este 2016 revelou-se trágico, em especial, para a música mais comercial anglosaxónica. Em Portugal, morreu com semanas de intervalo a dupla que criou “Vila Faia”, a primeira telenovela portuguesa: Nicolau Breyner e Francisco Nicholson.


Fernanda Peres (1931-2016), 84 anos, PORTUGAL, música

O ano abriu com a morte da lisboeta conhecida desde os 10 anos como “a miúda do Bairro Alto”. Começou por se dedicar à costura, mas, aos 17 anos, a autora do “Fado das Lágrimas” venceu o concurso português de Jovens Fadistas da antiga Emissora Nacional e entrou para os quadros da empresa.

Tinha o sonho do teatro, concretizou-o e contracenou com Vasco Santana no filme “Eram 200 Irmãos”, de Armando Vieira Pinto. Tornou-se popular desde as emissões experimentais da RTP, em meados dos anos 50 e representou Portugal, em 1954, no Festival da Canção Latina.

A 27 de novembro de 2012, no primeiro aniversário da consagração do Fado como Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO, recebeu o Medalha de Mérito, Grau Ouro, da Cidade de Lisboa.

Fernanda Peres morreu a sete de janeiro, em Lisboa. Tinha 84 anos.


David Bowie (1947-2016), 69 anos, Reino Unido, música

O ano abriu com a morte, vítima de cancro, do “camaleão” da Pop. Responsável por temas eternos como “Space Oddity”, “Heroes” ou “Let’s dance”, o músico britânico foi um dos mais inovadores artistas da história.

Considerado pelos críticos e músicos de todas as idades como influencia e inspiração, Bowie ficou marcado pela constante reinvenção e pela irreverência estética.

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Liderou tops, atuou duas vezes em Portugal e bateu recordes com vendas de discos estimadas em cerca 140 milhões de exemplares por todo o mundo.

David Bowie morreu a 10 de janeiro. Tinha 69 anos.


Alan Rickman (1946-2016), 69 anos, Reino Unido, cinema

Saltou para a fama como “professor Snape” na saga “Harry Potter”. Antes, já tinha consolidado a carreira como vilão em filmes como “Robin dos Bosques: Príncipe dos Ladrões” ou “Assalto ao Arranha-céus”. Partilhou o cartaz de “O Amor Acontece” com a portuguesa Lucia Moniz.

Alan Rickman morreu a 14 de janeiro, vítima de cancro. Tinha 69 anos.

Umberto Eco (1932-2016), 84 anos, Itália, literatura

Romancista, crítico literário, filósofo e professor universitário, o italiano ficou conhecido mundialmente pelo romance de 1980 “O nome da Rosa”, um mistério histórico transposto para o cinema, com interpretações de Sean Connery e Christian Slater, combinando ficção com análise bíblica e estudos medievais.

Umberto Eco morreu a 19 de fevereiro. Tinha 84 anos.


Nicolau Breyner (1940-2016), 75 anos, PORTUGAL, teatro/cinema/televisão

Nasceu e cresceu em Serpa, no Alentejo, mudou-se para Lisboa e estudou canto, área em que se diplomou, tal como em teatro, no Conservatório Nacional.

Começou no teatro e após a Revolução de 25 de abril de 1974 lançou-se na televisão. Foi o “padrinho” da estreia de Herman José no pequeno ecrã e coautor, no início dos anos 80, da “Vila Faia”, a primeira telenovela portuguesa.

Somou mais de meia centena de participações no cinema, incluindo em “Comboio Noturno para Lisboa” (2013), em que contracenou com Jeremy Irons e Christopher Lee.

Em 2005, foi distinguido com o grau honorífico de Grande-Oficial da Ordem do Mérito e, já este ano, a título póstumo, com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.

Nicolau Breyner morreu a 14 de março, em casa, vítima de ataque cardíaco. Tinha 75 anos.


Francisco Nicholson (1938-2016), 77 anos, PORTUGAL, teatro/cinema/televisão

Nasceu no seio de uma família ligada às artes, com origens aristocratas do lado do pai, filho de um inglês.

Começou a fazer teatro com 14 anos e integrou o Grupo da Mocidade, onde partilhou o palco, por exemplo, com Rui Mendes.

Estudou em Paris e inaugurou o Teatro Villaret a convite de Raul Solnado. Estreou-se na televisão em 1964, com o programa Riso e Ritmo. Foi um dos autores de “Oração”, a canção com que António Calvário venceu o primeiro Festival RTP da Canção.

Com Nicolau Breyner, foi coautor de “Vila Faia” (1982) e continuiu a trabalhar para o pequeno ecrã e para o teatro tanto como argumentista como ator. É um dos grandes nomes da chamada Revista à Portuguesa.

Francisco Nicholson morreu a 12 de abril, vítima de complicações decorrentes de um transplante hepático realizado em 2011.


Prince (1958-2016), 57 anos, Estados Unidos, música

Em abril, o mundo da música perdia outro dos grandes: Prince Rogers Nelson.

O artista conhecido na maior parte das vezes apenas como Prince atuou por quatro vezes em Portugal. A última, em 2013, quando anunciou de surpresa um concerto e tocou durante três horas para um lotado Coliseu dos Recreios, em Lisboa.

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Deixa um legado de 39 álbuns de estúdio, cinco bandas sonoras para filmes, quatro discos ao vivo e cinco compilações. Escreveu mais de mil músicas e os singles editados chegam às 97 rodelas de vinil de sete polegadas ou de 45 rpm.

Revolucionário, influente, rebelde e um amigo pessoal da fadista portuguesa Ana Moura, Prince terá sido vítima de uma overdose acidental com um analgésico derivado do ópio. Morreu a 21 de abril na casa onde vivia, em Minneapolis, nos Estados Unidos. Tinha 57 anos.


Vicente da Câmara (1928-2016), 88 anos, PORTUGAL, música

Nasceu em berço aristocrata, com ascendência ligada ao descobridor da ilha da Madeira, João Gonçalves Zarco.

Aos 15 anos, já cantava como amador nos cafés tradicionais do Bairro Alto, em Lisboa. Celebrizou-se pelo fado “A Moda das Tranças Pretas” e seguiu os os, por exemplo, de Amália Rodrigues, realizando digressões também pelo Médio Oriente.

Vicente da Câmara morreu a 28 de maio, em Lisboa, vítima de paragem cardiorrespiratória.


Anton Yelchin (1989-2016), 27 anos, Rússia, cinema

Era um ator em ascenção. Filho de judeus russos, nasceu em São Petersburgo, no fim da antiga União Soviética, mas viria a naturalizar-se norte-americano.

Ficou famoso como “Chekov”, nos novos filmes da epopeia “Star Trek” ou “Caminho das Estrelas”. O mais recente episódio da saga, “Star Trek: Além do Universo” (2016), foi-lhe dedicado.

Anton Yelchin morreu a 19 de junho, num acidente de automóvel. Tinha 27 anos.


Gene Wilder (1933-2016), 83 anos, Estados Unidos, cinema

Brilhou em clássicos da sétima arte como “A Maravilhosa História de Charlie” (1971) (também conhecido como “Willy Wonka e a Fábrica de Chocolate”), “Frankenstein Júnior” (1974) ou “A Mulher de Vermelho” (1984).

Foi nomeado para dois Óscares: um como argumentista de “Frankenstein Júnior”; outro como melhor ator secundário em “O Falhado Amoroso” (1967)

Gene Wilder morreu a 29 de agosto, de complicações relacionadas com a doença de Alzheimer. Tinha 83 anos.


Andrej Wajda (1926-2016), 90 anos, Polónia, cinema

Aclamado realizador de cinema, ficou famoso pelos filmes que refletiam a história turbulenta da Polónia, nomeadamente através do filme “O Homem de Ferro” (1981), uma provocação ao regime comunista polaco da altura, que lhe valeu a Palma de Ouro, em Cannes.

Realizou mais de 40 filmes, numa carreira com 60 anos. Entre dezenas de outras distinções, recebeu há 16 anos o Óscar honorário. Manteve-se no activo até ao final da vida e o seu mais recente filme, “Powidoki” (“Afterimage”, título em inglês) é o candidato polaco ao Óscar deste ano para melhor filme em língua não inglesa.

Andrej Wajda morreu a 9 de outubro, em Varsóvia, vítima de falha pulmonar após vários dias internado em coma induzido. Tinha 90 anos.


Dario Fo (1926-2016), 90 anos, Itália, literatura

Ator, comediante, cantor, diretor de teatro, encenador, compositor, pintor e ativista político, o italiano, tal como Andrej Wajda, também morreu em outubro e aos 90 anos. Esteve 12 dias internado num hospital de Milão devido a problemas respiratórios.

Dizia ter “a perspetiva dos homens do Renascimento, capazes de olhar o todo”. Nobel de Literatura em 1997, morreu, curiosamente, no mesmo dia do anúncio de Bob Dylan como novo Nobel da Literatura: 13 de outubro.


Leonard Cohen (1934-2016), 82 anos, Canadá, música

O barítono da Pop morreu a sete de novembro. Tinha lançado o último álbum, “You Want it Darker”, apenas três semanas antes.

O autor de “Dance Me To The End Of Love” e “Hallelluja” deixou um legado de 14 álbuns de estúdio, oito discos ao vivo, diversos livros de poesia e pelo menos dois romances escritos. Atuou por seis vezes em Portugal — a última, em Lisboa, em 2012.

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Leonard Cohen estava a lutar contra um cancro, mas terá sido vítima de uma queda em casa, referiu o agente. Tinha 82 anos.


George Michael (1963-2016), 53 anos, Reino Unido, música

Foi o último grande nome da música internacional a deixar-nos este ano. Britânico, de ascendência cipriota (o nome de baptismo é Georgios Kyriacos Panayiotou), coautor, curiosamente, de um dos grandes sucessos de Natal da Pop mundial, “Last Christmas”, morreu no dia 25 de dezembro.

De acordo com o agente, George Michael morreu em casa, em Inglaterra, vítimas de falha cardíaca durante o sono.

O músico saltou para a fama no início dos anos 80, através do duo Wham!, com o qual lançou por exemplo o êxito “Wake Me Up Before you Go Go” e o tal êxito natalício. No final dessa década lançou-se a solo.

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Em nome próprio, lançou cinco álbuns de estúdio, duas compilações e cerca de 40 singles. Vendeu mais de 100 milhões de discos em todo o mundo e atuou uma única vez em Portugal, em 2007, em Coimbra. George Michael tinha 53 anos.


Carrie Fisher (1956-2016), 60 anos, Estados Unidos,cinema

Foi também escritora e argumentista – como atriz desempenhou muitos papéis, mas ficou, para sempre, colada a uma personagem: a princesa Leia da saga Guerra das Estrelas.

Carrie Fisher morreu aos 60 anos, no dia 27 de dezembro, quatro dias depois de ter sofrido um ataque cardíaco a bordo de um avião.

A última aparição no grande ecrã tinha sido, justamente, no regresso da saga e das personagens da primeira trilogia, mais de trinta anos depois, com o “Episódio VII – O Despertar da Força”, estreado no Natal de 2015.

no words #Devastatedpic.twitter.com/R9Xo7IBKmh

— Mark Hamill (@HamillHimself) December 27, 2016

Debbie Reynolds (1932 – 2016, 84 anos, Estados Unidos)

Somente algumas horas após a morte da filha, a mãe de Carrie Fisher, a atriz Debbie Reynolds, morreu também de ataque cardíaco. Tinha 84 anos.

Se Carrie representou uma das personagens de referência do cinema moderno, a mãe, Debbie Reynolds, era uma últimas grandes estrelas da época dourada de Hollywood.

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