{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2016/10/04/siria-paz-e-miragem-longinqua" }, "headline": "S\u00edria: Paz \u00e9 miragem long\u00ednqua", "description": "H\u00e1 menos de um m\u00eas, parecia que as grandes pot\u00eancias tinham finalmente encontrado um rumo em dire\u00e7\u00e3o \u00e0 paz na S\u00edria.", "articleBody": "H\u00e1 menos de um m\u00eas, parecia que as grandes pot\u00eancias tinham finalmente encontrado um rumo em dire\u00e7\u00e3o \u00e0 paz na S\u00edria. A poucos meses do fim do mandato de Barack Obama e ap\u00f3s dif\u00edceis negocia\u00e7\u00f5es, Estados Unidos e R\u00fassia anunciam uma tr\u00e9gua nos combates, que n\u00e3o abrange o \u2018daesh\u2019 e a Frente Al-Nusra. \u201cEstados Unidos e R\u00fassia est\u00e3o a apresentar um plano que (...) se for implementado e respeitado, tem a capacidade de proporcionar um momento de viragem\u201d, afirmou na altura o secret\u00e1rio de Estado norte-americano, John Kerry. A esperan\u00e7a renascia. A tr\u00e9gua entra em vigor no dia 12 de setembro e come\u00e7a-se a preparar a entrega de ajuda humanit\u00e1ria nas \u00e1reas sitiadas, nomeadamente em Alepo. Mas, cinco dias ap\u00f3s o in\u00edcio do cessar-fogo, a \u201ccoliga\u00e7\u00e3o internacional liderada pelos Estados Unidos bombardeia \u201or engano\u201d o ex\u00e9rcito s\u00edrio, perto de Deir Ezzor\u201d:http://www.lemonde.fr/syrie/article/2016/09/17/la-coalition-internationale-reconnait-avoir-frappe-par-erreur-une-position-de-l-armee-syrienne_4999461_1618247.html, matando v\u00e1rias dezenas de soldados. Dois dias depois, Damasco anuncia o fim da tr\u00e9gua e poucas horas a seguir um comboio humanit\u00e1rio da ONU e do Crescente Vermelho \u00e9 bombardeado perto de Alepo. O cessar-fogo durou uma semana e com o seu fim goram-se as esperan\u00e7as de levar ajuda a quem mais necessita. As Na\u00e7\u00f5es Unidas suspendem o envio de comboios humanit\u00e1rios quando o processo mal tinha come\u00e7ado. Desde ent\u00e3o, as bombas n\u00e3o pararam de cair sobre Alepo. Na ONU, tenta-se relan\u00e7ar os esfor\u00e7os diplom\u00e1ticos, para j\u00e1, sem sucesso. Moscovo e Washington dedicam-se a um di\u00e1logo de surdos. Segundo Serguei Lavrov, ministros dos Neg\u00f3cios Estrangeiros da R\u00fassia, \u201cinfelizmente, desde o in\u00edcio, houve muitos que quiseram destruir os acordos, incluindo no seio da istra\u00e7\u00e3o norte-americana (...) Para nossa tristeza, esses, que est\u00e3o contra uma resolu\u00e7\u00e3o pol\u00edtica para a crise na S\u00edria, que est\u00e3o contra o cumprimento das resolu\u00e7\u00f5es da ONU e que t\u00eam planos claros para resolver a situa\u00e7\u00e3o pela for\u00e7a, foram bem-sucedidos\u201d. Para John Kerry, \u201co regime s\u00edrio e a R\u00fassia parecem ter rejeitado a diplomacia em prol da tentativa de alcan\u00e7ar uma vit\u00f3ria militar em cima de cad\u00e1veres, hospitais bombardeados e crian\u00e7as traumatizadas numa terra que h\u00e1 muito sofre. Quem, de uma forma s\u00e9ria, quer a paz, comporta-se de uma forma diferente daquela que a R\u00fassia escolheu\u201d. Em cinco anos, a guerra na S\u00edria j\u00e1 fez mais de 300.000 mortos e a paz continua a n\u00e3o ar de uma miragem long\u00ednqua.", "dateCreated": "2016-10-04T16:51:48+02:00", "dateModified": "2016-10-04T16:51:48+02:00", "datePublished": "2016-10-04T16:51:48+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F345716%2F1440x810_345716.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "H\u00e1 menos de um m\u00eas, parecia que as grandes pot\u00eancias tinham finalmente encontrado um rumo em dire\u00e7\u00e3o \u00e0 paz na S\u00edria.", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F345716%2F432x243_345716.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": [ { "@type": "Person", "familyName": "Lemos", "givenName": "Marco", "name": "Marco Lemos", "url": "/perfis/117", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Equipe de langue portugaise" } } ], "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Síria: Paz é miragem longínqua

Síria: Paz é miragem longínqua
Direitos de autor 
De Marco Lemos com reuters, afp, le monde
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Há menos de um mês, parecia que as grandes potências tinham finalmente encontrado um rumo em direção à paz na Síria.

PUBLICIDADE

Há menos de um mês, parecia que as grandes potências tinham finalmente encontrado um rumo em direção à paz na Síria. A poucos meses do fim do mandato de Barack Obama e após difíceis negociações, Estados Unidos e Rússia anunciam uma trégua nos combates, que não abrange o ‘daesh’ e a Frente Al-Nusra.

“Estados Unidos e Rússia estão a apresentar um plano que (…) se for implementado e respeitado, tem a capacidade de proporcionar um momento de viragem”, afirmou na altura o secretário de Estado norte-americano, John Kerry.

A esperança renascia. A trégua entra em vigor no dia 12 de setembro e começa-se a preparar a entrega de ajuda humanitária nas áreas sitiadas, nomeadamente em Alepo.

Mas, cinco dias após o início do cessar-fogo, a “coligação internacional liderada pelos Estados Unidos bombardeia “por engano” o exército sírio, perto de Deir Ezzor”:http://www.lemonde.fr/syrie/article/2016/09/17/la-coalition-internationale-reconnait-avoir-frappe-par-erreur-une-position-de-l-armee-syrienne_4999461_1618247.html, matando várias dezenas de soldados. Dois dias depois, Damasco anuncia o fim da trégua e poucas horas a seguir um comboio humanitário da ONU e do Crescente Vermelho é bombardeado perto de Alepo.

O cessar-fogo durou uma semana e com o seu fim goram-se as esperanças de levar ajuda a quem mais necessita. As Nações Unidas suspendem o envio de comboios humanitários quando o processo mal tinha começado.

Desde então, as bombas não pararam de cair sobre Alepo. Na ONU, tenta-se relançar os esforços diplomáticos, para já, sem sucesso. Moscovo e Washington dedicam-se a um diálogo de surdos.

Segundo Serguei Lavrov, ministros dos Negócios Estrangeiros da Rússia, “infelizmente, desde o início, houve muitos que quiseram destruir os acordos, incluindo no seio da istração norte-americana (…) Para nossa tristeza, esses, que estão contra uma resolução política para a crise na Síria, que estão contra o cumprimento das resoluções da ONU e que têm planos claros para resolver a situação pela força, foram bem-sucedidos”.

Para John Kerry, “o regime sírio e a Rússia parecem ter rejeitado a diplomacia em prol da tentativa de alcançar uma vitória militar em cima de cadáveres, hospitais bombardeados e crianças traumatizadas numa terra que há muito sofre. Quem, de uma forma séria, quer a paz, comporta-se de uma forma diferente daquela que a Rússia escolheu”.

Em cinco anos, a guerra na Síria já fez mais de 300.000 mortos e a paz continua a não ar de uma miragem longínqua.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Bolsa de valores da Síria reabre seis meses após a destituição de al-Assad

Residência do embaixador dos EUA na Síria reabre num sinal de aproximação com Damasco

Governo sírio e curdos chegam a acordo para retirar famílias do campo de al-Hol