{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2016/10/04/ha-venezuelanos-a-morrer-por-falta-de-medicamentos" }, "headline": "H\u00e1 venezuelanos a morrer por falta de medicamentos", "description": "Segundo os dados do governo, no ano ado, um em cada tr\u00eas pacientes itidos nos hospitais p\u00fablicos acabou por morrer.", "articleBody": "Com a grave crise que a Venezuela atravessa at\u00e9 um arranh\u00e3o na pele pode custar a vida. A falta de antibi\u00f3ticos deixou Ashley, uma menina de tr\u00eas anos, \u00e0s portas da morte e em risco de ter de amputar uma perna. A m\u00e3e refere que tudo come\u00e7ou com uma pequena ferida: \u201cEla caiu e arranhou-se. Nunca esper\u00e1mos que a ferida causasse tantos problemas. Duas semanas depois estava com artrite, uma artrite s\u00e9ptica (uma infe\u00e7\u00e3o numa articula\u00e7\u00e3o)\u201d, relata Oriana Pacheco. O pediatra de Ashley explica como ocorreram as complica\u00e7\u00f5es de sa\u00fade da menina: \u201cMaykelis (Ashley) Pacheco \u00e9 uma menina de tr\u00eas anos que foi itida no hospital com uma infe\u00e7\u00e3o na pele provocada por um germe resistente. O germe chegou \u00e0 corrente sangu\u00ednea e da\u00ed atingiu os pulm\u00f5es, provocando uma pneumonia, que subsequentemente resultou numa infe\u00e7\u00e3o card\u00edaca \u2013 uma endocardite, que afeta a membrana interna do cora\u00e7\u00e3o. Para eliminar ou controlar a infe\u00e7\u00e3o, a menina devia ter tomado imediatamente um antibi\u00f3tico, o Vancomycin. Mas, a crian\u00e7a n\u00e3o recebeu o medicamento porque n\u00e3o o temos aqui\u201d, esclarece o Dr. Richard Rangel. S\u00f3 no espa\u00e7o de uma semana, na primavera ada, o pediatra viu cinco crian\u00e7as morrerem por falta de antibi\u00f3ticos. Mas, nos hospitais p\u00fablicos, falta um pouco de tudo, at\u00e9 \u00e1lcool: desde 2014, o n\u00famero de camas operacionais foi reduzido em 40%. A associa\u00e7\u00e3o de farm\u00e1cias afirma que faltam 85% dos medicamentos. Segundo os dados do governo, no ano ado, um em cada tr\u00eas pacientes itidos nos hospitais p\u00fablicos acabou por morrer. Gra\u00e7as aos esfor\u00e7os dos pais, a pequena Ashley acabou por salvar-se. Os progenitores aram horas nas filas para conseguirem consulta nas cl\u00ednicas privadas e para comprarem medicamentos. Para tratar da filha, venderam o frigor\u00edfico, a televis\u00e3o ou ainda o telem\u00f3vel. Ap\u00f3s dois meses de internamento, Ashley teve alta e regressou a casa, no final de setembro. A dram\u00e1tica odisseia acabou por terminar bem tendo em conta a gravidade das complica\u00e7\u00f5es de sa\u00fade que a crian\u00e7a sofreu. Mas, apesar do estado catastr\u00f3fico da economia venezuelana, o governo continua a n\u00e3o aceitar ajuda humanit\u00e1ria internacional para mitigar o problema da falta de medicamentos.", "dateCreated": "2016-10-04T14:46:36+02:00", "dateModified": "2016-10-04T14:46:36+02:00", "datePublished": "2016-10-04T14:46:36+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F345702%2F1440x810_345702.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "Segundo os dados do governo, no ano ado, um em cada tr\u00eas pacientes itidos nos hospitais p\u00fablicos acabou por morrer.", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F345702%2F432x243_345702.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Há venezuelanos a morrer por falta de medicamentos

Há venezuelanos a morrer por falta de medicamentos
Direitos de autor 
De APTN
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Segundo os dados do governo, no ano ado, um em cada três pacientes itidos nos hospitais públicos acabou por morrer.

PUBLICIDADE

Com a grave crise que a Venezuela atravessa até um arranhão na pele pode custar a vida. A falta de antibióticos deixou Ashley, uma menina de três anos, às portas da morte e em risco de ter de amputar uma perna. A mãe refere que tudo começou com uma pequena ferida:

“Ela caiu e arranhou-se. Nunca esperámos que a ferida causasse tantos problemas. Duas semanas depois estava com artrite, uma artrite séptica (uma infeção numa articulação)”, relata Oriana Pacheco.

O pediatra de Ashley explica como ocorreram as complicações de saúde da menina: “Maykelis (Ashley) Pacheco é uma menina de três anos que foi itida no hospital com uma infeção na pele provocada por um germe resistente. O germe chegou à corrente sanguínea e daí atingiu os pulmões, provocando uma pneumonia, que subsequentemente resultou numa infeção cardíaca – uma endocardite, que afeta a membrana interna do coração. Para eliminar ou controlar a infeção, a menina devia ter tomado imediatamente um antibiótico, o Vancomycin. Mas, a criança não recebeu o medicamento porque não o temos aqui”, esclarece o Dr. Richard Rangel.

Só no espaço de uma semana, na primavera ada, o pediatra viu cinco crianças morrerem por falta de antibióticos. Mas, nos hospitais públicos, falta um pouco de tudo, até álcool: desde 2014, o número de camas operacionais foi reduzido em 40%. A associação de farmácias afirma que faltam 85% dos medicamentos. Segundo os dados do governo, no ano ado, um em cada três pacientes itidos nos hospitais públicos acabou por morrer.

Graças aos esforços dos pais, a pequena Ashley acabou por salvar-se. Os progenitores aram horas nas filas para conseguirem consulta nas clínicas privadas e para comprarem medicamentos. Para tratar da filha, venderam o frigorífico, a televisão ou ainda o telemóvel. Após dois meses de internamento, Ashley teve alta e regressou a casa, no final de setembro.

A dramática odisseia acabou por terminar bem tendo em conta a gravidade das complicações de saúde que a criança sofreu. Mas, apesar do estado catastrófico da economia venezuelana, o governo continua a não aceitar ajuda humanitária internacional para mitigar o problema da falta de medicamentos.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Venezuela emite aviso aos seus cidadãos para que abandonem os EUA

Veneza exige libertação de trabalhador humanitário detido na Venezuela

Vitória esmagadora do partido no poder na Venezuela em eleições boicotadas pela oposição