{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2016/09/19/sirios-sobrevivem-em-campos-de-refugiados-sem-verem-a-luz-ao-fundo-do-tunel" }, "headline": "S\u00edrios sobrevivem em campos de refugiados sem verem a luz ao fundo do t\u00fanel", "description": "Mais de cinco milh\u00f5es de s\u00edrios vivem longe do seu pa\u00eds desde 2011.", "articleBody": "Mais de cinco milh\u00f5es de s\u00edrios vivem longe do seu pa\u00eds desde 2011. Cerca de 85.000 vivem no acampamento de Zaatari, na Jord\u00e2nia. N\u00e3o \u00e9 o campo com mais refugiados mas \u00e9 o maior, tem cinco quil\u00f3metros quadrados. Quem aqui chegou, h\u00e1 v\u00e1rios anos, pensava que esta era uma agem para uma vida melhor, mas tanto tempo depois, n\u00e3o consegue ver a luz ao fundo do t\u00fanel: \u201cViemos para aqui h\u00e1 cinco anos e, ao longo de todos estes anos, ningu\u00e9m foi capaz de cumprir nem um por cento das promessas que fez. Temos de manter a esperan\u00e7a mas, j\u00e1 aram cinco anos. Porque \u00e9 que eles continuam a mentir-nos? Se quisessem, de facto, resolver este problema, j\u00e1 o teriam feito h\u00e1 anos\u201d, adianta Abu Yaser. \u201cI met Abu Yosef & his family in Zaatari. A family that is depending on global solidarity\u201d Swedish PM Stefan L\u00f6fven pic.twitter.com/iRyilpP4O6\u2014 UNHCRJordan (@UNHCRJo) 17 de agosto de 2016 Os refugiados s\u00edrios est\u00e3o repartidos, essencialmente, por tr\u00eas pa\u00edses: mais de 2 milh\u00f5es e 500 mil est\u00e3o na Turquia, 1 milh\u00e3o e 100 mil no L\u00edbano, e 1 milh\u00e3o e 400 mil na Jord\u00e2nia. No L\u00edbano, os refugiados representam 1/4 da popula\u00e7\u00e3o deste pequeno pa\u00eds. Para tentar controlar a situa\u00e7\u00e3o as autoridades libanesas criaram leis muito rigorosas que os impedem, na maioria dos casos, de trabalhar: \u201cQueremos que a comunidade internacional preste aten\u00e7\u00e3o \u00e0 situa\u00e7\u00e3o dos refugiados s\u00edrios no L\u00edbano. Estamos aqui h\u00e1 cinco anos de humilha\u00e7\u00f5es e sofrimento. N\u00e3o temos trabalho, e o pouco dinheiro que temos \u00e9 gra\u00e7as \u00e0 ajuda da ONU, \u00e0 ag\u00eancia que tem alguma pena de n\u00f3s. Aqui n\u00e3o h\u00e1 trabalho para auto subsistirmos\u201d, explica Ahmad Al Eid. Four years ZaatariCamp #refugees dream of return to Syria pic.twitter.com/mmcXCE0C4q— Za'atari Camp (ZaatariCamp) 30 de julho de 2016 \u201edimos apenas uma coisa\u2026 Queremos voltar para o nosso pa\u00eds, para as nossas casas, para recuperarmos a dignidade. N\u00e3o queremos mais nada, nem reservat\u00f3rios de \u00e1gua, nem instala\u00e7\u00f5es sanit\u00e1rias, porque foi isso que nos deram. N\u00f3s n\u00e3o queremos isso, s\u00f3 queremos voltar para as nossas casas\u201d, desabafa Faour Jedaa\u2019an. Regressar a casa ou v\u00ea-la, pela primeira vez. H\u00e1 uma nova gera\u00e7\u00e3o de s\u00edrios que j\u00e1 nasceu nestes campos, ou que saiu da S\u00edria beb\u00e9 e para quem a P\u00e1tria \u00e9 o desconhecido: \u201cOs meus filhos j\u00e1 n\u00e3o se lembram da S\u00edria. Quando aqui cheg\u00e1mos avam o tempo a fazer perguntar quando \u00e9 que regress\u00e1vamos. Agora j\u00e1 esqueceram\u2026 Est\u00e3o ocupados a brincar ou com a escola. J\u00e1 n\u00e3o pensam nisso\u2026 Se ficarmos aqui mais dois anos, talvez esque\u00e7amos todos a S\u00edria\u201d, desabafa Um Ahmad. #FCA celebrated^Return To School^ attended #UNHCR #SRAD in #zaataricamp. pic.twitter.com/VM08QsqwNY\u2014 Za'atari Camp (@ZaatariCamp) 7 de setembro de 2016", "dateCreated": "2016-09-19T14:32:06+02:00", "dateModified": "2016-09-19T14:32:06+02:00", "datePublished": "2016-09-19T14:32:06+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F344359%2F1440x810_344359.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "Mais de cinco milh\u00f5es de s\u00edrios vivem longe do seu pa\u00eds desde 2011.", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F344359%2F432x243_344359.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Person", "familyName": "Madeira", "givenName": "Nara", "name": "Nara Madeira", "url": "/perfis/804", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "R\u00e9daction" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Sírios sobrevivem em campos de refugiados sem verem a luz ao fundo do túnel

Sírios sobrevivem em campos de refugiados sem verem a luz ao fundo do túnel
Direitos de autor 
De Nara Madeira
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Mais de cinco milhões de sírios vivem longe do seu país desde 2011.

PUBLICIDADE

Mais de cinco milhões de sírios vivem longe do seu país desde 2011. Cerca de 85.000 vivem no acampamento de Zaatari, na Jordânia. Não é o campo com mais refugiados mas é o maior, tem cinco quilómetros quadrados. Quem aqui chegou, há vários anos, pensava que esta era uma agem para uma vida melhor, mas tanto tempo depois, não consegue ver a luz ao fundo do túnel:

“Viemos para aqui há cinco anos e, ao longo de todos estes anos, ninguém foi capaz de cumprir nem um por cento das promessas que fez. Temos de manter a esperança mas, já aram cinco anos. Porque é que eles continuam a mentir-nos? Se quisessem, de facto, resolver este problema, já o teriam feito há anos”, adianta Abu Yaser.

“I met Abu Yosef & his family in Zaatari. A family that is depending on global solidarity” Swedish PM Stefan Löfven pic.twitter.com/iRyilpP4O6

— UNHCRJordan (@UNHCRJo) 17 de agosto de 2016

Os refugiados sírios estão repartidos, essencialmente, por três países: mais de 2 milhões e 500 mil estão na Turquia, 1 milhão e 100 mil no Líbano, e 1 milhão e 400 mil na Jordânia.

No Líbano, os refugiados representam 1/4 da população deste pequeno país. Para tentar controlar a situação as autoridades libanesas criaram leis muito rigorosas que os impedem, na maioria dos casos, de trabalhar:

“Queremos que a comunidade internacional preste atenção à situação dos refugiados sírios no Líbano. Estamos aqui há cinco anos de humilhações e sofrimento. Não temos trabalho, e o pouco dinheiro que temos é graças à ajuda da ONU, à agência que tem alguma pena de nós. Aqui não há trabalho para auto subsistirmos”, explica Ahmad Al Eid.

Four years ZaatariCamp</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/refugees?src=hash">#refugees</a> dream of return to Syria <a href="https://t.co/mmcXCE0C4q">pic.twitter.com/mmcXCE0C4q</a></p>&mdash; Za&#39;atari Camp (ZaatariCamp) 30 de julho de 2016

“Pedimos apenas uma coisa… Queremos voltar para o nosso país, para as nossas casas, para recuperarmos a dignidade. Não queremos mais nada, nem reservatórios de água, nem instalações sanitárias, porque foi isso que nos deram. Nós não queremos isso, só queremos voltar para as nossas casas”, desabafa Faour Jedaa’an.

Regressar a casa ou vê-la, pela primeira vez. Há uma nova geração de sírios que já nasceu nestes campos, ou que saiu da Síria bebé e para quem a Pátria é o desconhecido:

“Os meus filhos já não se lembram da Síria. Quando aqui chegámos avam o tempo a fazer perguntar quando é que regressávamos. Agora já esqueceram… Estão ocupados a brincar ou com a escola. Já não pensam nisso… Se ficarmos aqui mais dois anos, talvez esqueçamos todos a Síria”, desabafa Um Ahmad.

#FCA celebrated^Return To School^ attended #UNHCR#SRAD in #zaataricamp. pic.twitter.com/VM08QsqwNY

— Za'atari Camp (@ZaatariCamp) 7 de setembro de 2016

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Residência do embaixador dos EUA na Síria reabre num sinal de aproximação com Damasco

Governo sírio e curdos chegam a acordo para retirar famílias do campo de al-Hol

Síria: descobertos restos mortais de 30 pessoas que se pensa terem sido mortas pelo Estado Islâmico