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Península da Crimeia: Dois anos e meio depois

Península da Crimeia: Dois anos e meio depois
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De Antonio Oliveira E Silva com SIMONA VOLTA, YURY SMIRNOV, SERGII NYKYFOROV, THE TELEGRAPH, REUTERS
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Foi há mais de dois anos que a Rússia anexou a península da Crimeia, reconhecida internacionalmente como parte da Ucrânia. Retrato do mais tenso dos conflitos entre o Ocidente e a Rússia desde o fim d

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Com Simona Volta, Yury Smirnov e Sergii Nykyforov

Foi há mais de dois anos que a Crimeia foi anexada pela Rússia. Internacionalmente reconhecida como parte da Ucrânia, conta com uma maioria de russófonos que votou pela integração na Rússia num referendo nunca reconhecido pela Comunidade Internacional.

A península da Crimeia fica situada no mar negro, separada da Rússia pelo estreito de Kertch.

Para Moscovo, a integração em território russo é coerente com a defesa dos que lá vivem, maioria de que tem o russo como língua materna.

Para o Ocidente, no entanto, a Rússia quer aumentar a influencia geopolítica na região, expandir o território e afirmar-se a nível internacional, violando o direito internacional.

A Crimeia foi transferida pelos soviéticos para Ucrânia em 1954. Para muitos dirigentes russos, tratou-se de um erro histórico.

Em 1992, a maioria russófona tenta realizar um referendo sobre uma possível independência, mas é impedida por Kiev.

A região consegue, no entanto, mais autonomia, com um governo e um parlamento regionais em Simferopol.

Mas Moscovo manteve o controlo sobre a base naval de Sebastopol, controlo que tinha desde a sua fundação, em 1783. De importante valor estratégico, a base permite um o rápido ao Mediterrâneo, aos Balcãs e ao Médio oriente.

Em 2013, havia mais de 11 mil militares russos estacionados em Sebastopol e uma frota de 60 navios de guerra.

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Crise na Crimeira: cronologia dos principais acontecimentos

2013
*Em dezembro, a polícia ucraniana dispersa as manifestações contra o então presidente Viktor Yanukovich e pela de um acordo comercial com a União Europeia. Os protestos têm lugar na Praça da Independência de Kiev.
2014
*Em fevereiro, depois de mais de 100 pessoas terem morrido em dois dias de protestos, atiradores furtivos próximos do Governo de Yanukovich abrem fogo sobre a multidão. Pressionado, o presidente deixa o poder e abandona Kiev, refugiando-se em Moscovo.
Dia 27, grupos armados não identificados invadem os edifícios do Governo regional em Simferopol, a capital istrativa. Para Kiev, tratam-se de soldados russos, mas Moscovo nega qualquer invasão e diz que apenas ajudou as milícias locais a protegerem-se. Mais tarde, Putin confessa ter dado ordens ao exército para tomar a cidade e a região.
Em *março, pelo menos 96% da população local vota, dia 16, a favor de uma integração da Crimeia na Rússia, de acordo com Moscovo. Dois dias depois, apesar dos protestos de Kiev, Washington e Bruxelas, Putin assina uma lei que incorpora o território anexado à Federação Russa.
Em *maio, Petro Poroshenko é eleito presidente da Ucrânia. Um mês depois, assina um acordo comercial com a União Europeia.
Em *julho, a UE adota um conjunto de sanções económicas e comerciais contra a Rússia.
En *setembro, os rebeldes separatistas, a Ucrânia e a Rússia assinam, dia 5, um acordo de paz na capital bielorrussa, Minsk.
Em *novembro, a organização de defesa dos Direitos Humanos Human Rights Watch publica um relatório em que denuncia a situação dos Tartaros da Crimeira sob istração russa, assim como dos ativistas a favor da Ucrânia.
2016
*No *início do ano, o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, recorda que Kiev tem a intenção de recuperar a península da Crimeia e de expulsar os rebeldes e os soldados russos da região de Donbass. Morreram mais de 9500 pessoas de ambos os lados do conflito em cerca de dois anos.

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