{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2016/07/12/marroquinos-mobilizam-se-contra-lixo-italiano" }, "headline": "Marroquinos mobilizam-se contra lixo italiano", "description": "A mobiliza\u00e7\u00e3o surgida para denunciar a importa\u00e7\u00e3o de v\u00e1rias toneladas de res\u00edduos de It\u00e1lia para o Reino de Marrocos despertou a sensibilidade da opini\u00e3o p\u00fablica marroquina para as quest\u00f5es\u2026", "articleBody": "A mobiliza\u00e7\u00e3o surgida para denunciar a importa\u00e7\u00e3o de v\u00e1rias toneladas de res\u00edduos de It\u00e1lia para o Reino de Marrocos despertou a sensibilidade da opini\u00e3o p\u00fablica marroquina para as quest\u00f5es ambientais. 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Lixo bom Inicialmente, o Minist\u00e9rio do Meio Ambiente tentou tranquilizar a popula\u00e7\u00e3o afirmando que \u201ca importa\u00e7\u00e3o est\u00e1 em conformidade com a lei e \u00e9 feita em colabora\u00e7\u00e3o com a Associa\u00e7\u00e3o Profissional de cimento [APC] ao abrigo de um conven\u00e7\u00e3o que regulamenta as medidas e as condi\u00e7\u00f5es de importa\u00e7\u00e3o para este tipo de res\u00edduos cuja utiliza\u00e7\u00e3o se destina a produzir combust\u00edveis derivados em fornos de cimento, equipados com filtros e aparelhos para medi\u00e7\u00e3o de emiss\u00f5es atmosf\u00e9ricas. \u201c Os res\u00edduos em quest\u00e3o s\u00e3o do tipo RDF (combust\u00edvel derivado de res\u00edduos), ou seja, principalmente de pneus de pl\u00e1stico e n\u00e3o perigosos e usados \u200b\u200bcomo alternativas para combust\u00edveis f\u00f3sseis. 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Vamos mobilizar para impedir a queima desses res\u00edduos e evitar consequ\u00eancias adversas que levem \u00e0 degrada\u00e7\u00e3o do solo agr\u00edcola e ao surgimento de doen\u00e7as cr\u00f3nicas e malforma\u00e7\u00f5es cong\u00e9nitas permanentes sobre a sa\u00fade dos cidad\u00e3os, especialmente os residentes de El Jadida.\u201d Mais de 18 000 pessoas j\u00e1 am o documento.https://www.change.org/p/refus-de-la-gestion-des-d%C3%A9chets-italiens-sur-le-territoire-marocain?recruiter=21649130&utm_source=petitions_show_components_action__wrapper&utm_medium=copylink Lixo e m\u00e1fia italiana Os res\u00edduos tamb\u00e9m preocupam ap\u00f3s o grande grande esc\u00e2ndalo em 2013 em It\u00e1lia, provocado pela cria\u00e7\u00e3o de uma rede ilegal em Campania que controlava o tratamento dos res\u00edduos da regi\u00e3o. Em 2015, o Tribunal de Justi\u00e7a da Uni\u00e3o Europeia condenou o pa\u00eds a pagar 20 milh\u00f5es de euros e 120. 000 multas di\u00e1rias por atentado contra o meio ambiente durante v\u00e1rios anos, especialmente em N\u00e1poles. A indigna\u00e7\u00e3o nas redes sociais e sites \u00e9 resumida em duas frases: \u201cMarrocos n\u00e3o \u00e9 uma lata de lixo!\u201d \u201c N\u00e3o queremos que o nosso pa\u00eds se transforma em lixo dos pa\u00edse industrializados.\u201d Face ao movimento de contesta\u00e7\u00e3o gerado nos \u00faltimos dias, o Minist\u00e9rio do Meio Ambiente marroquino apressa-se a moderar, afirmando que \u201c foram realizadas an\u00e1lises antes e ap\u00f3s a entrada dos res\u00edduos em territ\u00f3rio nacional para garantir que eles n\u00e3o s\u00e3o perigosos.\u201d Mas a 5 de julho, o ministro Hakima El Haite anunciou \u00e0 imprensa que \u201cainda n\u00e3o foi tomada a decis\u00e3o de importar o lixo italiano. 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Marroquinos mobilizam-se contra lixo italiano

Marroquinos mobilizam-se contra lixo italiano
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A mobilização surgida para denunciar a importação de várias toneladas de resíduos de Itália para o Reino de Marrocos despertou a sensibilidade da opinião pública marroquina para as questões…

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A mobilização surgida para denunciar a importação de várias toneladas de resíduos de Itália para o Reino de Marrocos despertou a sensibilidade da opinião pública marroquina para as questões ambientais.

Tudo começa quinta-feira, 30 junho, quando o site de língua árabe, Hespress, revelou artigos da imprensa italiana que anunciava a existência de 2.500 toneladas de resíduos de Campania (Nápoles) a caminho do porto de Jorf Lasfar, perto de El Jadida, uma cidade da costa oeste de Marrocos.

A notícia foi imediatamente compartilhada pelos internautas transformando-se em tema de discussão nas redes sociais e na imprensa marroquina.

Lixo bom

Inicialmente, o Ministério do Meio Ambiente tentou tranquilizar a população afirmando que “a importação está em conformidade com a lei e é feita em colaboração com a Associação Profissional de cimento [APC] ao abrigo de um convenção que regulamenta as medidas e as condições de importação para este tipo de resíduos cuja utilização se destina a produzir combustíveis derivados em fornos de cimento, equipados com filtros e aparelhos para medição de emissões atmosféricas. “

Os resíduos em questão são do tipo RDF (combustível derivado de resíduos), ou seja, principalmente de pneus de plástico e não perigosos e usados ​​como alternativas para combustíveis fósseis. O Departamento de Meio Ambiente acrescentou que essa mesma operação de recuperação de energia “é executado como um teste preliminar de co-incineração industrial, a fim de desenvolver um estudo”.

Face à polémica a seguinte petição foi lançada na internet :
“O Ministério do Meio Ambiente assinou um contrato para importar resíduos italianos, principalmente da Campania, durante um período três anos e cujo montante total é de 5 milhões de toneladas. O lixo é prejudicial para a saúde dos cidadãos, por várias razões; mas antes de mais devido à sua acumulação desde 2007; entre os componentes tóxicos estão vários metais. Vamos mobilizar para impedir a queima desses resíduos e evitar consequências adversas que levem à degradação do solo agrícola e ao surgimento de doenças crónicas e malformações congénitas permanentes sobre a saúde dos cidadãos, especialmente os residentes de El Jadida.”

Mais de 18 000 pessoas já am o documento.
https://www.change.org/p/refus-de-la-gestion-des-d%C3%A9chets-italiens-sur-le-territoire-marocain?recruiter=21649130&utm_source=petitions_show_components_action__wrapper&utm_medium=copylink

Lixo e máfia italiana

Os resíduos também preocupam após o grande grande escândalo em 2013 em Itália, provocado pela criação de uma rede ilegal em Campania que controlava o tratamento dos resíduos da região. Em 2015, o Tribunal de Justiça da União Europeia condenou o país a pagar 20 milhões de euros e 120. 000 multas diárias por atentado contra o meio ambiente durante vários anos, especialmente em Nápoles.

A indignação nas redes sociais e sites é resumida em duas frases: “Marrocos não é uma lata de lixo!”
“ Não queremos que o nosso país se transforma em lixo dos paíse industrializados.”

Face ao movimento de contestação gerado nos últimos dias, o Ministério do Meio Ambiente marroquino apressa-se a moderar, afirmando que “ foram realizadas análises antes e após a entrada dos resíduos em território nacional para garantir que eles não são perigosos.” Mas a 5 de julho, o ministro Hakima El Haite anunciou à imprensa que “ainda não foi tomada a decisão de importar o lixo italiano. Duas outras análises capitais devem ser realizadas às 2 500 toneladas de resíduos. “

*Marroquinos despertam para a ecologia”

A polémica mostra, em parte devido à dimensão da mobilização, que o tema da protecção do ambiente, que nunca federado muita gente no país, é agora importante para os marroquinos.

“Na década de 1990 e até início de 2000, tal mobilização teria sido inconcebível”, analisa a socióloga Mohamed Madani. No momento, é a questão palestiniana e a situação no Iraque, em particular, que levam as pessoas à rua. Esta sensibilização para as questões ambientais é o resultado de um trabalho em profundidade feito por ONGs locais e internacionais e retransmitidas pelas redes sociais. “

Big protest in Asfi against import of tons of garbage from Italy to Morocco. pic.twitter.com/Aj5FJdZYy5

— Mariam El Maslouhi (@mariammaslouhi) July 11, 2016

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