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Comissão Chilcot: "Invasão do Iraque foi um facto de gravidade histórica"

Comissão Chilcot: "Invasão do Iraque foi um facto de gravidade histórica"
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A decisão do Reino Unido de enviar tropas para invadir o Iraque, em 2003, foi um “facto de gravidade histórica”, diz, 13 anos depois, o relatório da comissão…

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A decisão do Reino Unido de enviar tropas para invadir o Iraque, em 2003, foi um “facto de gravidade histórica”, diz, 13 anos depois, o relatório da comissão Chilcot.

O presidente do grupo de trabalho, sir John Chilcot, inicia a apresentação da forma seguinte:

“O inquérito não pretende definir quando é que é legal ou ilegal uma ação militar. No entanto, concluímos que as circunstâncias nas quais foi decidido que havia bases legais para a ação militar do Reino Unido estavam longe de ser satisfatórias”.

Em 2002, o Iraque de Saddam Hussein estava sob sanções da ONU e os inspetores tentavam determinar se o país tinha ou não um programa de armas de destruição massiva – armas químicas ou nucleares. Saddam brincava ao gato e ao rato com as Nações Unidas há 11 anos.

Por essa altura, o Reino Unido começava a abandonar a sua política de contenção pacífica para se aproximar da postura agressiva de George Bush.

“A ameça de Saddam Hussein e das armas de destruição massiva- armas químicas, biológicas e potencialmente nucleares, é uma ameaça real. Portanto, o propósito do nosso debate é encontrar a estratégia correta para lidar com isto. Porque termos que lidar com isto”, afirmava o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, dias antes de, no parlamento, apresentar
essa ameaça potencial como evidente, citando um documento de 50 páginas.

“Isto leva a concluir que o Iraque tem armas químicas e biológicas, que Saddam Hussein continua a produzi-las, que ele tem planos militares para utilizar as armas químicas e biológicas, que podem ser ativadas em 45 minutos”, afirmava, convictamente.

“As convicções sobre as capacidades do Iraque, nestediscurso e no dossier publicado no mesmo dia, foram apresentados com uma certeza que não se justificava”, rebate agora John Chilcot.

Apesar de tudo, o Reino Unido lança-se na intervenção militar que, segundo o relatório, poderia ter sido necessária noutra altura mas, em março de 2003, Saddam Huissein não representava uma ameaça iminente.

O Reino Unido assume a responsabilidade de quatro províncias no sudeste do Iraque, sem as capacidades militares e civis para garantir a segurança, segundo o relatório.

“Os preparativos do governo não tiveram em conta a magnitude da tarefa de estabilização, istração e reconstrução do Iraque e das responsabilidades susceptíveis de cair sobre o Reino Unido”, conclui o relator.

Durante os seis anos do conflito – entre março de 2003 e julho de 2009 – foram mortos 179 soldados britânicos e 150 mil civis iraquianos.

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