{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2016/06/21/brexit-estados-unidos-temem-instabilidade-da-economia-global" }, "headline": "\u0022Brexit\u0022: Estados Unidos temem instabilidade da economia global", "description": "Na nossa cobertura do referendo sobre o \u201cBrexit\u201d, estamos a tentar analisar as rea\u00e7\u00f5es internacionais.", "articleBody": "Na nossa cobertura do referendo sobre o \u201cBrexit\u201d, estamos a tentar analisar as rea\u00e7\u00f5es internacionais. A partir do Centro de Estudos Estrat\u00e9gicos e Internacionais de Washington, est\u00e1 Heather Conley. Joanna Gill, euronews:\u201cA Casa Branca, oficialmente, \u00e9 contra o \u201cBrexit\u201d. O Reino Unido \u00e9 muitas vezes visto como o porta-voz de Washington em Bruxelas. Mas \u00e9 realmente certo que os Estados Unidos queiram mesmo que o Reino Unido se mantenha na Uni\u00e3o Europeia?\u201d Heather Conley, Centro de Estudos Estrat\u00e9gicos e Internacionais de Washington:\u201c\u00c9 evidente que os Estados Unidos querem que o Reino Unido se mantenha na Uni\u00e3o mas queremos que tenha um papel muito ativo no bloco. Infelizmente o referendo tem sido uma grande distra\u00e7\u00e3o para o nosso aliado importante e est\u00e1 tamb\u00e9m a provocar algumas preocupa\u00e7\u00f5es econ\u00f3micas sobre quais ser\u00e3o as consequ\u00eancias de uma sa\u00edda para a economia global\u201d. Joanna Gill, euronews:\u201cSe a 23 de junho, os brit\u00e2nicos votarem para a sa\u00edda da Uni\u00e3o Europeia, qual ser\u00e1 a resposta americana?\u201d Heather Conley, Centro de Estudos Estrat\u00e9gicos e Internacionais de Washington:\u201cEm primeiro lugar, o banco central, os l\u00edderes, os ministros das finan\u00e7as n\u00e3o ter de garantir que n\u00e3o haver\u00e1 um impacto desastroso na economia global. Em segundo lugar v\u00e3o ser feitos muitos telefonemas transatl\u00e2nticos entre o presidente Obama e os l\u00edderes europeus porque, de alguma forma, a 24 de junho, se a sa\u00edda ganhar, muita coisa muda e nada muda e ser\u00e1 necess\u00e1rio perceber o que vai acontecer extamente. N\u00e3o existe um verdadeiro plano B. Os l\u00edderes europeus n\u00e3o est\u00e3o preparados para a sa\u00edda, nem mesmo os l\u00edderes brit\u00e2nicos. Por isso ningu\u00e9m sabe exatamente qual o impacto. Pode existir muita incerteza. Pode haver uma transi\u00e7\u00e3o na lideran\u00e7a do Reino Unido. Pode existir uma enorme agita\u00e7\u00e3o dentro da Europa com mais l\u00edderes, com mais l\u00edderes da oposi\u00e7\u00e3o a reclamar referendos semelhantes. E \u00e9 preciso n\u00e3o esquecer que ocorrem elei\u00e7\u00f5es em Espanha tr\u00eas dias depois desta vota\u00e7\u00e3o. \u00c9 muito incerto o que vai acontecer\u201d. Joanna Gill, euronews:\u201cE quais ser\u00e3o as consequ\u00eancias para a chamada rela\u00e7\u00e3o especial entre o Reino Unido e os Estados Unidos?\u201d Heather Conley, Centro de Estudos Estrat\u00e9gicos e Internacionais de Washington:\u201cAcredito que vai ocorrer uma transi\u00e7\u00e3o na lideran\u00e7a. Acredito que muitos na Casa Branca v\u00eam Berlim como um parceiro equivalente na gest\u00e3o de tantos desafios que enfrentam as rela\u00e7\u00f5es transatl\u00e2nticas. E a R\u00fassia? E a crise econ\u00f3mica? E a migra\u00e7\u00e3o? De certa forma assistimos a algumas mudan\u00e7as nas rela\u00e7\u00f5es Estados Unidos-Reino Unido. Mas vamos ser claros, esta rela\u00e7\u00e3o especial \u00e9 muito poderosa a n\u00edvel econ\u00f3mico, a n\u00edvel de servi\u00e7os secretos e militar mas a verdade \u00e9 que perdeu alguma for\u00e7a nos \u00faltimos anos.\u201d Joanna Gill, euronews:\u201ode dizer-se que existe uma diferen\u00e7a entre a forma como a Casa Branca e o p\u00fablico em geral v\u00eam este resultado?\u201d Heather Conley, Centro de Estudos Estrat\u00e9gicos e Internacionais de Washington:\u201cAcredito que com o aproximar do dia 23 de junho exista um maior reconhecimento de que existir\u00e1 uma decis\u00e3o hist\u00f3rica. Acho que o povo americano est\u00e1 a despertar para o facto de que a Europa est\u00e1 a mudar profundamente, sobretudo depois da crise grega e, obviamente, depois das imagens dram\u00e1ticas da crise migrat\u00f3ria. H\u00e1 um reconhecimento de que a Europa est\u00e1 lutar mas n\u00e3o tenho a certeza se o povo americano percebe o impacto e o valor desta rela\u00e7\u00e3o transatl\u00e2ntica, seja pela NATO, pela seguran\u00e7a ou rela\u00e7\u00f5es econ\u00f3micas, seja nas nossas parcerias nos neg\u00f3cios e investimentos. Por isso n\u00e3o damos como garantida rela\u00e7\u00e3o transatl\u00e2ntica, n\u00e3o queremos ficar chocados no dia 24 de junho quando nos apercebermos que todo o trabalho que fizemos com a Europa est\u00e1 agora em risco\u201d.", "dateCreated": "2016-06-21T11:33:21+02:00", "dateModified": "2016-06-21T11:33:21+02:00", "datePublished": "2016-06-21T11:33:21+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F336229%2F1440x810_336229.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "Na nossa cobertura do referendo sobre o \u201cBrexit\u201d, estamos a tentar analisar as rea\u00e7\u00f5es internacionais.", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F336229%2F432x243_336229.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ], "url": "/" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

"Brexit": Estados Unidos temem instabilidade da economia global

"Brexit": Estados Unidos temem instabilidade da economia global
Direitos de autor 
De Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

Na nossa cobertura do referendo sobre o “Brexit”, estamos a tentar analisar as reações internacionais.

PUBLICIDADE

Na nossa cobertura do referendo sobre o “Brexit”, estamos a tentar analisar as reações internacionais. A partir do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais de Washington, está Heather Conley.

Joanna Gill, euronews:
“A Casa Branca, oficialmente, é contra o “Brexit”. O Reino Unido é muitas vezes visto como o porta-voz de Washington em Bruxelas. Mas é realmente certo que os Estados Unidos queiram mesmo que o Reino Unido se mantenha na União Europeia?”

Heather Conley, Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais de Washington:
“É evidente que os Estados Unidos querem que o Reino Unido se mantenha na União mas queremos que tenha um papel muito ativo no bloco. Infelizmente o referendo tem sido uma grande distração para o nosso aliado importante e está também a provocar algumas preocupações económicas sobre quais serão as consequências de uma saída para a economia global”.

Joanna Gill, euronews:
“Se a 23 de junho, os britânicos votarem para a saída da União Europeia, qual será a resposta americana?”

Heather Conley, Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais de Washington:
“Em primeiro lugar, o banco central, os líderes, os ministros das finanças não ter de garantir que não haverá um impacto desastroso na economia global. Em segundo lugar vão ser feitos muitos telefonemas transatlânticos entre o presidente Obama e os líderes europeus porque, de alguma forma, a 24 de junho, se a saída ganhar, muita coisa muda e nada muda e será necessário perceber o que vai acontecer extamente.

Não existe um verdadeiro plano B. Os líderes europeus não estão preparados para a saída, nem mesmo os líderes britânicos. Por isso ninguém sabe exatamente qual o impacto. Pode existir muita incerteza. Pode haver uma transição na liderança do Reino Unido. Pode existir uma enorme agitação dentro da Europa com mais líderes, com mais líderes da oposição a reclamar referendos semelhantes. E é preciso não esquecer que ocorrem eleições em Espanha três dias depois desta votação. É muito incerto o que vai acontecer”.

Joanna Gill, euronews:
“E quais serão as consequências para a chamada relação especial entre o Reino Unido e os Estados Unidos?”

Heather Conley, Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais de Washington:
“Acredito que vai ocorrer uma transição na liderança. Acredito que muitos na Casa Branca vêm Berlim como um parceiro equivalente na gestão de tantos desafios que enfrentam as relações transatlânticas. E a Rússia? E a crise económica? E a migração? De certa forma assistimos a algumas mudanças nas relações Estados Unidos-Reino Unido. Mas vamos ser claros, esta relação especial é muito poderosa a nível económico, a nível de serviços secretos e militar mas a verdade é que perdeu alguma força nos últimos anos.”

Joanna Gill, euronews:
“Pode dizer-se que existe uma diferença entre a forma como a Casa Branca e o público em geral vêm este resultado?”

Heather Conley, Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais de Washington:
“Acredito que com o aproximar do dia 23 de junho exista um maior reconhecimento de que existirá uma decisão histórica. Acho que o povo americano está a despertar para o facto de que a Europa está a mudar profundamente, sobretudo depois da crise grega e, obviamente, depois das imagens dramáticas da crise migratória. Há um reconhecimento de que a Europa está lutar mas não tenho a certeza se o povo americano percebe o impacto e o valor desta relação transatlântica, seja pela NATO, pela segurança ou relações económicas, seja nas nossas parcerias nos negócios e investimentos. Por isso não damos como garantida relação transatlântica, não queremos ficar chocados no dia 24 de junho quando nos apercebermos que todo o trabalho que fizemos com a Europa está agora em risco”.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

O que é que o manual de guerra híbrida da Rússia planeia para a Moldova?

Suíços rejeitam em referendo aumento dos espaços verdes livres de uso humano

Timor-Leste assinala 25 anos do referendo que levou o país à independência sobre a Indonésia