{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2016/06/02/malaui-proibe-feiticaria-com-albinos" }, "headline": "Malaui pro\u00edbe feiti\u00e7aria com albinos", "description": "A justi\u00e7a do Malaui decidiu proibir que os curandeiros daquele pa\u00eds da \u00c1frica Oriental usem pessoas albinas para a feiti\u00e7aria, depois de v\u00e1rias mortes registadas em todo o territ\u00f3rio terem sido", "articleBody": "Os curandeiros tradicionais do Malaui est\u00e3o, a partir de agora, proibidos de patricar feiticaria com cidad\u00e3os albinos, depois de uma decis\u00e3o da justi\u00e7a daquele pa\u00eds da \u00c1frica Oriental, que teve em conta os assassinatos de pessoas com albinismo por raz\u00f5es ligadas \u00e0s pr\u00e1ticas curandeiras. Da mesma decis\u00e3o resulta, por outro lado, a proibi\u00e7\u00e3o de que sejam publicados an\u00fancios nas publica\u00e7\u00f5es nacionais, como jornais e revistas, relativamente \u00e0 atividade de curandeiros, sejam consultas ou os \u201ctrabalhos por encomenda.\u201d \u201cTodos os curandeiros tradicionais, feiticeiros, fabricantes e vendedores de amuletos, magos e adivinhos ficam proibidos de exercer no pa\u00eds\u201d, diz a decis\u00e3o do tribunal de Mzuzu, cidade capital da Regi\u00e3o do Norte do Malaui (175 mil habitantes). 65 cases reported. For 10000 albino population, the group is an endangered species. Victims dont know who to trust pic.twitter.com/55E3TbDhlW\u2014 UK in Malawi (@UKinMalawi) April 29, 2016 O albinismo \u00e9 uma caracter\u00edstica gen\u00e9tica que se traduz na falta de pigmentos na pele e nos cabelos devido \u00e0 aus\u00eancia ou defeito de uma enzima envolvida na produ\u00e7\u00e3o de melanina. Resulta de uma heran\u00e7a de alelos (formas alternativas de um mesmo gene) de gene recessivo e pode dar-se em todo o reino animal e n\u00e3o apenas nos Seres Humanos. No Malaui, pa\u00eds fronteiri\u00e7o com Mo\u00e7ambique, muitas pessoas acreditam que os \u00f3rg\u00e3os das pessoas albinas podem servir como ingredientes especiais na na pr\u00e1tica da feiticaria, sendo, muitas vezes, consideramos como determinantes para que determinado feiti\u00e7o venha a dar resultado e para que os desejos da pessoa sejam atendidos. O tribunal de Mzuzu tomou em conta as queixas de tr\u00eas clientes que se disseram dececionados com o trabalho realizado por parte dos feiticeiros cujos servi\u00e7os tinham contratado. Os tr\u00eas acabaram por denunciar a utilza\u00e7\u00e3o de \u00f3rg\u00e3os de humanos com albinismo nos diferentes rituais de feiti\u00e7aria que lhes tinham sido preparados. #Malawi: Heinous attacks & murders of people with #albinism must end! Pls RT! pic.twitter.com/446u2Hsk0t\u2014 Amnesty Actions (@Amnesty_Actions) May 31, 2016 A justi\u00e7a do Malaui citou a posi\u00e7\u00e3o de um dos tr\u00eas queixosos no ac\u00f3rd\u00e3o, que disse acretidar \u201csinceramente que os assass\u00ednios s\u00e3o encomendados por feiticeiros que querem partes dos corpos como ingredientes para \u201ccozeduras\u201d que, supostamente, trar\u00e3o dinheiro de forma milagrosa.\u201d Este tipo de cren\u00e7as faz com que a popula\u00e7\u00e3o albina de pa\u00edses africanos como o Malaui se encontre particularmente vulner\u00e1vel, especialmente quando vivem fora dos grandes centros urbanos. \u00c9 que n\u00e3o se trata de um problea exclusivamente do Malaui, pois os albinos s\u00e3o regularmente v\u00edtimas de viol\u00eancia um pouco por todo o continente africano. Desde final de 2014, a pol\u00edcia do Malaui registou 65 ataques, sequestros ou assassinatos de albinos no pa\u00eds. Organiza\u00e7\u00f5es como as Na\u00e7\u00f5es Unidas ou a Amnist\u00eda Internacional dizem que a comunidade albina do pa\u00eds, como em outros pa\u00edses africanos, vive num medo constante. Na\u00e7\u00f5es Unidas falam numa situa\u00e7\u00e3o de urg\u00eancia A Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas, por outro lado, \u201calertou em abril, depois da visita de Ikponwosa Ero, especialista em Direitos Humanos dos albinos ao Malaui, que este grupo de pessoas est\u00e1 \u201cem risco\u201d e descreveu a situa\u00e7\u00e3o naquele pa\u00eds como de \u201cemerg\u00eancia\u201d. \u201cAs pessoas que vivem com o albinismo e os pais destas pessoas, permanecem num medo constante de sofrerem ataques\u201d, disse a enviada das Na\u00e7\u00f5es Unidas. \u201cMuitos nem conseguem dormir tranquilamente e tentam sair o menos poss\u00edvel de casa\u201d, continuou. \u201cE \u00e9 muito perturbador o elevado grau de envolvimento de familiares neste tipo de ataques. As pessoas com albinismo n\u00e3o conseguem sequer confiar naqueles que deveriam ser quem se preocupa com eles e quem os protege. Por isso, muitas vezes estas pessoas acabam numa espiral de medo, mas tamb\u00e9m de pobreza\u201d, relembrou Ikponswosa Ero.", "dateCreated": "2016-06-02T22:29:31+02:00", "dateModified": "2016-06-02T22:29:31+02:00", "datePublished": "2016-06-02T22:29:31+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F334538%2F1440x810_334538.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "A justi\u00e7a do Malaui decidiu proibir que os curandeiros daquele pa\u00eds da \u00c1frica Oriental usem pessoas albinas para a feiti\u00e7aria, depois de v\u00e1rias mortes registadas em todo o territ\u00f3rio terem sido", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F334538%2F432x243_334538.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": [ { "@type": "Person", "familyName": "Oliveira E Silva", "givenName": "Antonio", "name": "Antonio Oliveira E Silva", "url": "/perfis/807", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "jobTitle": "Journaliste Producer", "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Equipe de langue portugaise" } } ], "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Malaui proíbe feitiçaria com albinos

Malaui proíbe feitiçaria com albinos
Direitos de autor 
De Antonio Oliveira E Silva com LUSA, UN NEWS CENTER, AI
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

A justiça do Malaui decidiu proibir que os curandeiros daquele país da África Oriental usem pessoas albinas para a feitiçaria, depois de várias mortes registadas em todo o território terem sido

PUBLICIDADE

Os curandeiros tradicionais do Malaui estão, a partir de agora, proibidos de patricar feiticaria com cidadãos albinos, depois de uma decisão da justiça daquele país da África Oriental, que teve em conta os assassinatos de pessoas com albinismo por razões ligadas às práticas curandeiras.

Da mesma decisão resulta, por outro lado, a proibição de que sejam publicados anúncios nas publicações nacionais, como jornais e revistas, relativamente à atividade de curandeiros, sejam consultas ou os “trabalhos por encomenda.”

“Todos os curandeiros tradicionais, feiticeiros, fabricantes e vendedores de amuletos, magos e adivinhos ficam proibidos de exercer no país”, diz a decisão do tribunal de Mzuzu, cidade capital da Região do Norte do Malaui (175 mil habitantes).

65 cases reported. For 10000 albino population, the group is an endangered species. Victims dont know who to trust pic.twitter.com/55E3TbDhlW

— UK in Malawi (@UKinMalawi) April 29, 2016

O albinismo é uma característica genética que se traduz na falta de pigmentos na pele e nos cabelos devido à ausência ou defeito de uma enzima envolvida na produção de melanina. Resulta de uma herança de alelos (formas alternativas de um mesmo gene) de gene recessivo e pode dar-se em todo o reino animal e não apenas nos Seres Humanos.

No Malaui, país fronteiriço com Moçambique, muitas pessoas acreditam que os órgãos das pessoas albinas podem servir como ingredientes especiais na na prática da feiticaria, sendo, muitas vezes, consideramos como determinantes para que determinado feitiço venha a dar resultado e para que os desejos da pessoa sejam atendidos.

O tribunal de Mzuzu tomou em conta as queixas de três clientes que se disseram dececionados com o trabalho realizado por parte dos feiticeiros cujos serviços tinham contratado. Os três acabaram por denunciar a utilzação de órgãos de humanos com albinismo nos diferentes rituais de feitiçaria que lhes tinham sido preparados.

#Malawi: Heinous attacks & murders of people with #albinism must end! Pls RT! pic.twitter.com/446u2Hsk0t

— Amnesty Actions (@Amnesty_Actions) May 31, 2016

A justiça do Malaui citou a posição de um dos três queixosos no acórdão, que disse acretidar “sinceramente que os assassínios são encomendados por feiticeiros que querem partes dos corpos como ingredientes para “cozeduras” que, supostamente, trarão dinheiro de forma milagrosa.”

Este tipo de crenças faz com que a população albina de países africanos como o Malaui se encontre particularmente vulnerável, especialmente quando vivem fora dos grandes centros urbanos.

É que não se trata de um problea exclusivamente do Malaui, pois os albinos são regularmente vítimas de violência um pouco por todo o continente africano.

Desde final de 2014, a polícia do Malaui registou 65 ataques, sequestros ou assassinatos de albinos no país. Organizações como as Nações Unidas ou a Amnistía Internacional dizem que a comunidade albina do país, como em outros países africanos, vive num medo constante.

Nações Unidas falam numa situação de urgência

A Organização das Nações Unidas, por outro lado, “alertou em abril, depois da visita de Ikponwosa Ero, especialista em Direitos Humanos dos albinos ao Malaui, que este grupo de pessoas está “em risco” e descreveu a situação naquele país como de “emergência”.

“As pessoas que vivem com o albinismo e os pais destas pessoas, permanecem num medo constante de sofrerem ataques”, disse a enviada das Nações Unidas.

“Muitos nem conseguem dormir tranquilamente e tentam sair o menos possível de casa”, continuou. “E é muito perturbador o elevado grau de envolvimento de familiares neste tipo de ataques. As pessoas com albinismo não conseguem sequer confiar naqueles que deveriam ser quem se preocupa com eles e quem os protege. Por isso, muitas vezes estas pessoas acabam numa espiral de medo, mas também de pobreza”, relembrou Ikponswosa Ero.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Líder do Malawi pede investigação independente à morte do vice-presidente em acidente de aviação

Vice-presidente do Malawi morreu em desastre de avião

EUA mudam de estratégia para África e instam os países a tratar da sua própria segurança