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Drama humanitário em Fallujah

Drama humanitário em Fallujah
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De Marco Lemos com reuters, efe, afp, lusa
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Quase duas semanas depois do arranque da ofensiva iraquiana, os jihadistas resistem em Fallujah. Os relatos dos que conseguem fugir da cidade são dramáticos.

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A ofensiva lançada há quase duas semanas pelo exército iraquiano para reconquistar Fallujah ao autoproclamado Estado Islâmico avança muito lentamente. Os relatos dos que conseguem fugir do campo de batalha são dramáticos.

Há mais de dois anos que os jihadistas sunitas do ‘Daesh’ controlam esta cidade de maioria sunita cerca de 60 km a oeste da capital, um bastião da insurgência desde a invasão norte-americana, em 2003, e da subsequente queda de Saddam Hussein, ele próprio um sunita.

Quem consegue fugir da cidade sitiada encontra abrigo e um pouco de conforto 30 km a sul, num campo de refugiados improvisado nas margens do rio Eufrates.

Uma mulher, que não pode ser identificada por ainda ter filhos dentro de Fallujah, relata que foi “baleada” e esteve “três meses sem poder andar”. Conseguiu escapar às patrulhas do ‘Daesh’, mas teve de deixar alguns filhos feridos na cidade. Afirma que viu demasiada “miséria, fome e destruição” nos últimos tempos. Para se alimentar a si e aos filhos diz ter sido “obrigada a comer rações para animais” e não esquece o som quase permanente dos bombardeamentos e combates.

As Nações Unidas estimam que 50.000 civis estão bloqueados em Fallujah, 20.000 dos quais crianças, que já começaram a ser recrutadas para combater pelos ‘jihadistas’.

A cidade vive na penúria, como explica outra mulher: “Estivemos cercados mais de dois anos dentro de Fallujah. Tivemos de nos alimentar com comida e tâmaras podres. Já não temos casa, mas estamos felizes por termos conseguido deixar a cidade em segurança, graças a deus”.

Falta comida, água, medicamentos, energia. Fallujah não recebe ajuda humanitária há oito meses e os combates não têm fim à vista.

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