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Como a Europa se coordenou para ajudar o Equador após o sismo

Como a Europa se coordenou para ajudar o Equador após o sismo
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Que mecanismos de emergência tem a Europa para acudir a outros países em caso de catástrofe natural?

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Que mecanismos de emergência tem a Europa para acudir a outros países em caso de catástrofe natural? O Aid Zone debruça-se sobre o sismo que abalou o Equador.

O sismo de magnitude 7.8 que atingiu o Equador fez quase 700 mortos e cerca de 4 mil feridos. Há mais de 30 mil pessoas a viverem em abrigos temporários. Ao todo, foram afetados dois milhões de habitantes.

Quando um país é abalado por uma catástrofe natural desta dimensão, coordenar a ajuda internacional é vital. Foi o que fez o Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia, articulando a resposta de uma rede que engloba 34 países, como nos explica Denis Lopez: “O Mecanismo mobilizou imediatamente as equipas de socorro. Os espanhóis foram os primeiros a chegar, logo a seguir foram os húngaros. Foi tudo muito rápido.”

A equipa de salvamento espanhola integrava 50 elementos. A mobilização decorreu ao longo das primeiras 72 horas após o abalo. Trata-se de uma janela de tempo crucial: 80% dos sobreviventes são encontrados durante este período. Quando chegámos a Portoviejo, a fase de emergência já tinha terminado. Acompanhámos o grupo da Proteção Civil italiana, liderado por Roberto Lupica, na etapa seguinte: a avaliação dos danos. Durante duas semanas, intervieram na chamada “zona zero”, a área devastada pelo tremor de terra.

“Nós estamos aqui para avaliar os danos estruturais dos edifícios. Apuramos até que ponto cada um deles representa um perigo, sobretudo em caso de réplicas na mesma ordem de intensidade. Verificamos cerca de 70 edifícios por dia”, diz-nos Lupica.

Aid Zone - EcuadorEm Portoviejo, já foram controlados cerca de 500 edifícios. A maior parte tem a classificação laranja – que significa danos graves – ou vermelha – ível de ser demolido.

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— Monica Pinna (@_MonicaPinna) 30 avril 2016

A zona central de Manta foi isolada. Os habitantes foram autorizados a entrar por turnos nesta área para ir buscar os seus pertences antes das demolições. “Não sei o que nos vai acontecer. Isto era uma paróquia onde vinha toda a gente de Tarqui. Aqui era o mercado”, descreve Carlota Lopez Alsibar, uma moradora.

#aidzone#tarqui district totally destroyed. Under the library were found 92 bodies, pic.twitter.com/eOV9yY8ctz

— Monica Pinna (@_MonicaPinna) 2 mai 2016

Foi instalado um grupo de coordenação em Portoviejo para conjugar a atividade das equipas europeias enviadas para o terreno. As informações são concentradas neste local, onde são planeadas as intervenções a fazer, as unidades a enviar e para onde.

Segundo Juliàn Montero Caballero, um dos responsáveis do Mecanismo de Proteção, “a equipa de coordenação da União Europeia consiste em 9 especialistas de 8 países diferentes. O grupo italiano dedica-se à engenharia de estruturas. Os ses também e ainda ao tratamento das águas. Temos igualmente três especialistas britânicos em estruturas.”

O bloco europeu canalizou um milhão de euros para fornecer ajuda humanitária urgente. A alimentação e a distribuição de água são duas das prioridades. Nas duas semanas que se seguiram ao sismo, foram entregues 347 mil refeições. O exército tem levado comida até às zonas rurais em torno de Rocafuerte com o apoio do Programa Alimentar Mundial.

Um dos grandes problemas é a falta de água potável. Um grupo de trinta especialistas ses deslocou-se até à cidade de Chone, onde dez mil pessoas receberam mais de 700 mil litros de água, no espaço de três semanas. “Conseguimos produzir 70 metros cúbicos por dia e distribuir entre 60 a 65. A população ou vem aqui abastecer-se diretamente ou vamos nós com os camiões-cisterna”, afirma o capitão Ghislain.

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