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Alguns meios de comunica\u00e7\u00e3o social sugeriram o envolvimento dos servi\u00e7os de seguran\u00e7a eg\u00edpcios na morte do jovem, que se tinha deslocado ao Cairo para realizar um estudo sobre sindicatos independentes no Egito. Na semana ada, a It\u00e1lia chamou a Roma o respetivo embaixador no Cairo para aprofundar o andamento da investiga\u00e7\u00e3o \u00e0 morte de Regeni. O ministro dos Neg\u00f3cios Estrangeiros, Paolo Gentile, queria saber tamb\u00e9m os motivos pelos quais as autoridades eg\u00edpcias n\u00e3o teriam fornecido informa\u00e7\u00f5es consideradas importantes sobre a investiga\u00e7\u00e3o. Caso #Regeni, fallito l\u2019incontro con #Egitto. L\u2019Italia sospende la collaborazione e richiama ambasciatore al Cairo https://t.co/WP2dcrfcV5\u2014 la Repubblica (@repubblicait) 8 de abril de 2016 Mauricio Massari voltou \u00e0 capital eg\u00edpcia incumbido de colocar mais press\u00e3o sobre as autoridades locais respons\u00e1veis pelo caso, refor\u00e7ado pelo apelo do Reino Unido ao Egito pela realiza\u00e7\u00e3o de uma \u201cinvestiga\u00e7\u00e3o completa e transparente\u201d ao assass\u00ednio. Massari, entretanto, estar\u00e1 de regresso a Roma e outras medidas mais duras de press\u00e3o sobre o Egito estar\u00e3o em cima da mesa de Paolo Gentile, mas por enquanto apenas para reflex\u00e3o. A m\u00e1quina judicial italiana, por fim, continua a trabalhar no caso e um novo pedido da Procuradoria de Roma dever\u00e1 seguir ainda esta semana para o Cairo, solicitando registos considerados essenciais no apuramento da verdade sobre este crime. 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Morte de Giulio Regeni: Itália exige a verdade, Egito sacode responsabilidades

Morte de Giulio Regeni: Itália exige a verdade, Egito sacode responsabilidades
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De Francisco Marques com LA REPUBBLICA, ANSA
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O presidente do Egito acusou esta quarta-feira, no Cairo, os meios de comunicação de terem tornado num problema polémico o caso em torno da morte do

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O presidente do Egito acusou esta quarta-feira, no Cairo, os meios de comunicação de terem tornado num problema polémico o caso em torno da morte do estudante italiano Giulio Regeni. Abdel Fatah al-Sisi nega o envolvimento dos serviços de segurança egípcios, sugerido por alguns meios de comunicação.

O líder egípcio assume preocupação em manter inquebráveis as relações diplomáticas entre ambos os países. “Este caso é de grande importância para nós, egípcios, porque temos uma relação especial com os italianos. Os líderes italianos foram os primeiros a colocar-se ao nosso lado após a revolução de 30 de junho”, afirmou Al-Sisi.

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O presidente do Egito considerou ter sido “gente malvada” a cometer o assassínio, acrescentando serem estes assassinos pessoas que querem deliberadamente prejudicar o país a nível internacional.

De visita à Colômbia, o presidente da Comissão dos Negócios Estrangeiros do Senado italiano gostou de ouvir o presidente egípcio. Pier Casini espera, no entanto, que às palavras Al-Sisi junte mais ação e faça mais pela investigação à morte de Giulio Regeni.

Em Roma, esteve, entretanto, Naguib Sawiris. O empresário egípcio ligado à comunicação social e líder do partido Egípcios Livres foi convidado por vários meios de comunicação italianos a pronunciar-se sobre o caso. O magnata revelou insatisfação face à atuação das autoridades egípcias e colocou-se do lado da Itália.

“A verdade tem de ser revelada. Não aceitamos o facto de que a verdade ainda não tenha vindo à tona e por isso entendemos que a exigência italiana pela verdade é 100 por cento justa”, defendeu Sawiris.

Regeni assassinado com sinais de tortura

Giulio Regeni, de 28 anos, desapareceu a 25 de janeiro. O cadáver apareceria nove dias depois, com sinais de tortura. Alguns meios de comunicação social sugeriram o envolvimento dos serviços de segurança egípcios na morte do jovem, que se tinha deslocado ao Cairo para realizar um estudo sobre sindicatos independentes no Egito. Na semana ada, a Itália chamou a Roma o respetivo embaixador no Cairo para aprofundar o andamento da investigação à morte de Regeni. O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paolo Gentile, queria saber também os motivos pelos quais as autoridades egípcias não teriam fornecido informações consideradas importantes sobre a investigação.

Caso #Regeni, fallito l'incontro con #Egitto. L'Italia sospende la collaborazione e richiama ambasciatore al Cairo https://t.co/WP2dcrfcV5

— la Repubblica (@repubblicait) 8 de abril de 2016

Mauricio Massari voltou à capital egípcia incumbido de colocar mais pressão sobre as autoridades locais responsáveis pelo caso, reforçado pelo apelo do Reino Unido ao Egito pela realização de uma “investigação completa e transparente” ao assassínio.

Massari, entretanto, estará de regresso a Roma e outras medidas mais duras de pressão sobre o Egito estarão em cima da mesa de Paolo Gentile, mas por enquanto apenas para reflexão. A máquina judicial italiana, por fim, continua a trabalhar no caso e um novo pedido da Procuradoria de Roma deverá seguir ainda esta semana para o Cairo, solicitando registos considerados essenciais no apuramento da verdade sobre este crime.

Na próxima sexta-feira e sábado, Giulio Regeni será alvo de uma homenagem especial durante os Encontros pela Paz, em Assis. Cerca de 5 mil pessoas, entre estudantes e professores, oriundos de 19 regiões e 90 cidades italianas, irão homenagear a memória do jovem italiano assassinado no Cairo. Também o cameponato italiano de futebol prepara uma homenmagem especial a Regeni para o próximo fim de semana.

Italian soccer to campaign for Regeni: Banners to be raised in Serie A, B https://t.co/AwV53nrptL

— Ansa English News (@ansa_english) 13 de abril de 2016

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