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Obama em Cuba: O embargo, os direitos humanos e o futro

Obama em Cuba: O embargo, os direitos humanos e o futro
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De Antonio Oliveira E Silva com THE ASSOCIATED PRESS, REUTERS
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Barack Obama encontrou-se esta segunda-feira em Cuba com o Presidente Raúl Castro para debater o futuro das relações entre Washington e Havana como parte de uma visita oficial de 3 dias.

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O embargo económico imposto pelos Estados Unidos a Cuba de 1962, as questões relacionadas com os direitos humanos e a intensificação da cooperação económica entre os dois países foram os principais temas abordados por Barack Obama e Raúl Castro no encontro mantido no Palácio da Revolução, a sede do Governo cubano, em Havana.

¿Que bolá Cuba? Just touched down here, looking forward to meeting and hearing directly from the Cuban people.

— President Obama (@POTUS) March 20, 2016

Durante uma declaração conjunta aos jornalistas, o Presidente Obama disse que, apesar das muitas diferenças entre Cuba e os Estados Unidos, os últimos meses são parte de um período de maior entendimento:

“Presidente Castro: disse, no Panamá, que poderíamos não estar de acordo em qualquer coisa hoje e estar de acordo sobre essa mesma coisa amanhã. E é isso mesmo que tem vindo a acontecer durante os últimos 15 meses, até ao dia desta visita”, disse Obama.

Alguns jornalistas presentes confrontaram o Presidente cubano Raúl Castro com questões relacionadas com a liberdade de expressão e dos direitos humanos na ilha caribenha.

Castro recusou todas as acusações, dizendo que não existem presos políticos em Cuba e que se existirem, é importante que lhes digam quem são para que possam ser libertados:

“Dê-me a lista desses presos políticos agora mesmo para que eu possa soltá-los”, disse Raúl Castro a um jornalista.

“Dê-me o nome ou os nomes.Quando este encontro terminar, dê-me os nomes deles. Se forem presos políticos, ficarão livres antes desta noite”, concluiu.

É o quarto encontro entre ambos líderes desde que anunciaram a aproximação entre os seus países, depois dos encontros no funeral de Nelson Mandela, em dezembro de 2013, altura em que deram um breve aperto de mão. Um breve o que valeu a Obama fortes críticas dos setores mais conservadores da política norte-americana e em particular da diáspora cubana em Miami.

O segundo encontro teve lugar durante a VII Cimeira das Amércias no Panamá, em abril de 2015 e o terceiro na Assembleia Geral das Nações Unidas, na cidade de Nova Iorque, em setembro do mesmo ano.

Este foi, no entanto, o primeiro encontro em território cubano, depois de meio século de confrontos e de tensões. Segundo a agenda oficial divulgada aos jornalistas, Castro e Obama estiveram a sós durante cerca de hora e meia. Ao longo das próximas horas de segunda e terça-feira, os encontros deverão estender-se às delegações oficiais de ambos países.

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