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Coreia do Norte: Por detrás da cortina de ferro

Coreia do Norte: Por detrás da cortina de ferro
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Um fotógrafo amador polaco conseguiu tirar fotografias sem ser detetado, na Coreia do Norte. Michał Huniewicz consegue desmontar, neste conjunto de

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Um fotógrafo amador polaco conseguiu tirar fotografias sem ser detetado, na Coreia do Norte. Michał Huniewicz consegue desmontar, neste conjunto de fotografias a farsa que o regime de Kim Jong-Un apresenta aos turistas.

O polaco conseguiu ludibriar as autoridades do país, modificando a câmara fotográfica de modo a mantê-la oculta dos olhares e das máquinas dos guardas na fronteira. Michał Huniewicz conseguiu, ainda, recuperar algumas fotografias de outro turista, Ammar Hassan Mohammed Jawad Hassan, que as autoridades norte-coreanas tentaram eliminar.

Michał Huniewicz estava inserido numa visita oficial, acompanhada por oficiais da Coreia do Norte, o único modo de os turistas poderem visitar o país. O escrutínio estatal era tal que, de acordo com o polaco, os guias indicavam-lhe quando devia acordar ou quando deveria deitar-se e dormir.

As imagens mostram estradas e prédios inacabados, vazios, que chocam com a imagem de superpotência, moderna, que o Governo de Pyongyang tenta ar, para justificar o investimento no programa nuclear.

A certa altura o guia, que os acompanhava durante uma viagem de autocarro, disse: “vamos atravessar uma zona militar e não é proibido tirar fotografias, por isso, agora durmam.”

“Para mim, a Coreia do Norte era, na verdade, pior do que aquilo que mostravam na televisão”, disse Huniewicz à euronews. “Claro, nós não vimos violência, não há pessoas sem-abrigo, não há mortes, não há campos de concentração. Mas, vendo aquela nação cinzenta de pessoas pobres, com medo, com rostos tristes, que evitavam olhar-nos nos olhos, que evitavam qualquer o connosco, como se fossemos leprosos. Foi profundamente perturbador”.

“O que nos mostraram foi um espetáculo onde éramos, também, atores que atuávamos para os norte-coreanos. Supostamente seríamos estrangeiros que iam ao país para visitar e irar “o melhor local do mundo para se viver!”

Alguns dos detalhes narrados por Michał Huniewicz tornam mais inquietantes seguir o caso do norte-americano, Otto Warmbier, detido em Pyongyang, há dois meses, depois de ter sido acusado de tentar desfazer a imagem do Estado.

Warmbier foi acusado de tentar roubar um cartaz de propaganda de um dos andares do hotel, reservado aos funcionários e visitantes locais. O turista polaco recorda que também ele foi persuadido a não visitar o quinto andar do hotel onde estava hospedado. Recorda, ainda, “que o elevador não tinha qualquer botão para ir lá”.

Uma de suas fotografias mostra uma cena bizarra na estação de comboios da capital: um grupo de norte-coreanos, impecavelmente vestidos, parece correr assim que chegava a carruagem dos estrangeiros. No entanto, chegou apenas um comboio, à estação, naquele dia.

Pode ver mais fotografias em (Road to North Korea e Ostensibly ordinary: Pyongyang) por Michał Huniewicz no seu blog, na sua página de Facebook ou no seu Twitter

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