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Mas a Gr\u00e9cia, entretanto, enfrenta os seus pr\u00f3prios problemas, como os bloqueios de estradas por parte dos agricultores em protesto contra a reforma do sistema de pens\u00f5es. O renascer da chamada crise dos refugiados mais n\u00e3o faz do que aumentar a tens\u00e3o sobre um fragilizado Governo grego. No in\u00edcio desta semana, falava-se mesmo num poss\u00edvel pedido de demiss\u00e3o por parte do Ministro das Migra\u00e7\u00f5es Ioannis Mouzalas, not\u00edcia imediatamente desmentida pelo pr\u00f3prio, que se deslocou esta ter\u00e7a-feira a Lesbos para acompanhar a situa\u00e7\u00e3o. Mouzzalas culpou recentemente os Estados balc\u00e2nicos, em particular a Antiga Rep\u00fablica Jugoslava da Maced\u00f3nia, por n\u00e3o terem, segundo o Ministro, cumprido com o acordado com a Uni\u00e3o Europeia em mat\u00e9ria de migrantes e refugiados. 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Grécia pode vir a concentrar o maior número de migrantes da região

Grécia pode vir a concentrar o maior número de migrantes da região
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De Antonio Oliveira E Silva com PANOS KITSIKOPOULOS
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Com o fecho das fronteiras e o constante fluxo de migrantes, a Grécia pode vir a concentrar o maior número de pessoas em toda a região.

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A crise dos migrantes e refugiados tem vindo a assumir novos contornos à medida que diferentes Estados europeus foram fechando as suas fronteiras, de forma a impedir que a conhecida como “rota dos Balcãs” seja utilizada pelos que procuram chegar à Europa ocidental.

#greece Idomeni border: police ordered mostly Afghan migrants on buses bound for Athens PGiannakouris</a> <a href="https://t.co/8darmnTuhA">pic.twitter.com/8darmnTuhA</a></p>&mdash; Petros Giannakouris (PGiannakouris) February 23, 2016

E são os países como a Grécia, mais perto das zonas em conflito (Síria e Iraque), os que concentram um cada vez maior número de migrantes. Em Idomeni, por exemplo, localidade grega na fronteira com a Antiga República Jugoslava da Macedónia, a equipa da Euronews no terreno foi testemunha da presença de pelo menos 5 mil pessoas que tentam cruzar a fronteira via caminho de ferro para chegar ao centro, ocidente e norte europeus.

Mas o Governo macedónio não permite a milhares de pessoas, na maioria sírios, iraquianos e afegãos, cruzar a fronteira sem que estes apresentem os aportes que provem a sua nacionalidade. Isto ainda que seja, muitas vezes, difícil conservar qualquer tipo de documento, especialmente depois de feitas duras viagens de milhares de quilómetros, geralmente em péssimas condições.

Nada que impeça que os migrantes continuem a chegar à costas gregas. Só no último fim de semana, pelo menos 3 mil migrantes terão chegado à ilha de Lesbos, rumo a Atenas. O seguinte o, para a maioria, é a viagem até Idomeni ou então permanecer nos campos preparados para o seu acolhimento nos subúrbios da capital grega, cuja ocupação começa a chegar a níveis alarmantes.

Mahmoud, um jovem estudante sírio que deseja que lhe seja concedido o estatuto de refugiado na Europa, disse à Euronews que “não tem comida, não tem casa e que não tem nada do que precisa”.

“A minha família está na Alemanha e na Turquia e eu estou aqui”, disse à Euronews em Pireu.

Segundo o correspondente da Euronews na Grécia, Panos Kitsikopoulos, como “as fronteiras dos países balcânicos continuam fechadas, mas o fluxo de refugiados se mantém constante, há o perigo real de que a Grécia se transforme no maior hotspot para refugiados e que concentre o maior número de migrantes na região”.

Mas a Grécia, entretanto, enfrenta os seus próprios problemas, como os bloqueios de estradas por parte dos agricultores em protesto contra a reforma do sistema de pensões. O renascer da chamada crise dos refugiados mais não faz do que aumentar a tensão sobre um fragilizado Governo grego.

No início desta semana, falava-se mesmo num possível pedido de demissão por parte do Ministro das Migrações Ioannis Mouzalas, notícia imediatamente desmentida pelo próprio, que se deslocou esta terça-feira a Lesbos para acompanhar a situação.

Mouzzalas culpou recentemente os Estados balcânicos, em particular a Antiga República Jugoslava da Macedónia, por não terem, segundo o Ministro, cumprido com o acordado com a União Europeia em matéria de migrantes e refugiados. A Áustria, por seu lado, pediu uma reunião de caráter urgente com os países dos Balcãs para abordar a crise dos migrantes e refugiados, deixando a Grécia de fora.

Entretanto, o Ministro neerlandês dos Negócios Estrangeiros, Klaas Dijkoff e o Comissário Europeu para as Migrações, Dimitris Avramopoulos fizeram um comunicado em conjunto no qual alertam para uma possível crise humanitária devido à crescente falta de condições com que se deparam os migrantes.

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