{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2016/01/28/haia-gbagbo-comeca-a-ser-julgado-no-tpi" }, "headline": "Haia: Gbagbo come\u00e7a a ser julgado no TPI", "description": "O ex-presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, de 70 anos, e o aliado, Charles Ble Goude, de 44, come\u00e7am esta quinta-feira a ser julgados no", "articleBody": "O ex-presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, de 70 anos, e o aliado, Charles Ble Goude, de 44, come\u00e7am esta quinta-feira a ser julgados no Tribunal Penal Internacional em Haia, na Holanda. Respondem por quatro acusa\u00e7\u00f5es de crimes contra a Humanidade, incluindo assassinato, viola\u00e7\u00e3o e persegui\u00e7\u00e3o, durante as convuls\u00f5es pol\u00edticas que assolaram o pa\u00eds africano entre 2010 e 2011. Cerca de 3.000 pessoas morreram na crise de cinco meses durante a qual Laurent Gbagbo se agarrou ao poder na Costa do Marfim, recusando-se a itir a derrota nas elei\u00e7\u00f5es presidenciais de novembro de 2010, ganhas por Alassane Ouattara. O epis\u00f3dio desencadeou uma crise internacional, com a Uni\u00e3o Europeia, os Estados Unidos e a antiga pot\u00eancia colonial Fran\u00e7a a reconhecerem Ouattara como o vencedor. Semanas de tens\u00e3o arrastaram-se para um sangrento ime de cinco meses, com Gbagbo escondido no pal\u00e1cio presidencial, at\u00e9 ser detido pelas tropas de Ouattara, auxiliadas por for\u00e7as sas e da ONU. Laurent Gbagbo, extraditado para Haia em 2011, \u00e9 o primeiro ex-chefe de Estado a ir a julgamento no TPI e \u201co objetivo do julgamento \u00e9 descobrir a verdade atrav\u00e9s de um processo estritamente legal\u201d, segundo Fatou Bensouda, procuradora daquela inst\u00e2ncia. \u201cO nosso caso \u00e9 baseado na lei e na for\u00e7a das provas que os nossos investigadores recolheram\u201d, afirmou ainda a respons\u00e1vel, acrescentando que o julgamento decorrer\u00e1 \u201ccom toda a justi\u00e7a e toda a imparcialidade\u201d. Por seu lado, o advogado de defesa de Gbagbo, Emmanuel Altit, insistiu hoje, numa confer\u00eancia de imprensa nas novas instala\u00e7\u00f5es permanentes do TPI em Haia, que se trata de \u201cum julgamento importante para a Costa do Marfim e para \u00c1frica\u201d, pois \u201ctornar\u00e1 poss\u00edvel esclarecer e compreender os acontecimentos tr\u00e1gicos que ocorreram no pa\u00eds\u201d. O advogado de defesa de Ble Goude, Geert-Jan Alexander Knoops, disse, por seu turno, que o seu cliente \u00e9 \u201cum homem de paz\u201d, acrescentando que \u201ca imagem que dele foi pintada n\u00e3o \u00e9 um verdadeiro reflexo do seu car\u00e1ter\u201d. Em Abidjan, o porta-voz do governo, Bruno Kone, disse que o julgamento deve \u201cservir de li\u00e7\u00e3o\u201d para todos, incluindo \u201cas personalidades pol\u00edticas\u201d, de modo a que o pa\u00eds n\u00e3o volte a ar por algo semelhante. Entretanto, apoiantes de Gbagbo alegam que a acusa\u00e7\u00e3o est\u00e1 a basear o caso na vers\u00e3o contada pelo lado de Alassane Ouattara, que foi reeleito em 2015 para um segundo mandato como Presidente da Costa do Marfim. Nesse sentido, a procuradora Fatou Bensouda advertiu os jornalistas para n\u00e3o se deixarem influenciar por informa\u00e7\u00e3o falsa, assegurando que \u201cnenhumas testemunhas foram retiradas\u201d do processo, que deve levar tr\u00eas a quatro anos a ficar conclu\u00eddo, com os procuradores a apresentarem 5.300 elementos de prova, incluindo v\u00eddeos, bem como 138 testemunhas.", "dateCreated": "2016-01-28T03:56:16+01:00", "dateModified": "2016-01-28T03:56:16+01:00", "datePublished": "2016-01-28T03:56:16+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F322547%2F1440x810_322547.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "O ex-presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, de 70 anos, e o aliado, Charles Ble Goude, de 44, come\u00e7am esta quinta-feira a ser julgados no", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F322547%2F432x243_322547.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Haia: Gbagbo começa a ser julgado no TPI

Haia: Gbagbo começa a ser julgado no TPI
Direitos de autor 
De Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

O ex-presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, de 70 anos, e o aliado, Charles Ble Goude, de 44, começam esta quinta-feira a ser julgados no

PUBLICIDADE

O ex-presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, de 70 anos, e o aliado, Charles Ble Goude, de 44, começam esta quinta-feira a ser julgados no Tribunal Penal Internacional em Haia, na Holanda.

Respondem por quatro acusações de crimes contra a Humanidade, incluindo assassinato, violação e perseguição, durante as convulsões políticas que assolaram o país africano entre 2010 e 2011.

Cerca de 3.000 pessoas morreram na crise de cinco meses durante a qual Laurent Gbagbo se agarrou ao poder na Costa do Marfim, recusando-se a itir a derrota nas eleições presidenciais de novembro de 2010, ganhas por Alassane Ouattara.

O episódio desencadeou uma crise internacional, com a União Europeia, os Estados Unidos e a antiga potência colonial França a reconhecerem Ouattara como o vencedor.

Semanas de tensão arrastaram-se para um sangrento ime de cinco meses, com Gbagbo escondido no palácio presidencial, até ser detido pelas tropas de Ouattara, auxiliadas por forças sas e da ONU.

Laurent Gbagbo, extraditado para Haia em 2011, é o primeiro ex-chefe de Estado a ir a julgamento no TPI e “o objetivo do julgamento é descobrir a verdade através de um processo estritamente legal”, segundo Fatou Bensouda, procuradora daquela instância.

“O nosso caso é baseado na lei e na força das provas que os nossos investigadores recolheram”, afirmou ainda a responsável, acrescentando que o julgamento decorrerá “com toda a justiça e toda a imparcialidade”.

Por seu lado, o advogado de defesa de Gbagbo, Emmanuel Altit, insistiu hoje, numa conferência de imprensa nas novas instalações permanentes do TPI em Haia, que se trata de “um julgamento importante para a Costa do Marfim e para África”, pois “tornará possível esclarecer e compreender os acontecimentos trágicos que ocorreram no país”.

O advogado de defesa de Ble Goude, Geert-Jan Alexander Knoops, disse, por seu turno, que o seu cliente é “um homem de paz”, acrescentando que “a imagem que dele foi pintada não é um verdadeiro reflexo do seu caráter”.

Em Abidjan, o porta-voz do governo, Bruno Kone, disse que o julgamento deve “servir de lição” para todos, incluindo “as personalidades políticas”, de modo a que o país não volte a ar por algo semelhante.

Entretanto, apoiantes de Gbagbo alegam que a acusação está a basear o caso na versão contada pelo lado de Alassane Ouattara, que foi reeleito em 2015 para um segundo mandato como Presidente da Costa do Marfim.

Nesse sentido, a procuradora Fatou Bensouda advertiu os jornalistas para não se deixarem influenciar por informação falsa, assegurando que “nenhumas testemunhas foram retiradas” do processo, que deve levar três a quatro anos a ficar concluído, com os procuradores a apresentarem 5.300 elementos de prova, incluindo vídeos, bem como 138 testemunhas.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Antigo presidente da Costa do Marfim absolvido pelo Tribunal Penal Internacional

Ex-presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, levado para Haia sob acusação do TPI

UE dividida sobre pedido de mandado do TPI contra governantes de Israel