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Irão sorri ao futuro e Portugal abre delegação comercial em Teerão

Irão sorri ao futuro e Portugal abre delegação comercial em Teerão
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De Francisco Marques com Javad Montazeri, Lusa
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O Irão prepara-se para nova realidade, entre esperança e ceticismo, após levantamento de sanções. Presidente do AICEP fala em "oportunidade extraordinária para as empresas portuguesas."

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O Irão prepara-se para uma nova realidade, entre esperança e ceticismo. Com o levantamento das sanções internacionais, após a aprovação do programa nuclear, e a abertura do país ao mercado livre global, os cidadãos e empresários iranianos olham agora com um sorriso para o futuro.

O negócio promete começar a mexer com o país. O turismo já começou a atrair visitantes e os relatos falam em segurança e num povo hospitaleiro. Mas há que olhe para este novo mundo que se abre ainda com algum ceticismo, desconfiando dos os do governo liderado pelo Presidente Hassan Rouhani.

A euronews esteve em Teerão e ouviu os iranianos. Falámos, por exemplo, com um empresário. “O levantamento das sanções foi um grande sucesso do governo e devo congratulá-lo. Mas não devemos esperar mudanças rápidas. Os efeitos do levantamento das sanções precisam de tempo”, avisou Saeed Yavary, diretor da Tejarat Mandegar, uma empresa informática.

Multinationals ready to jump into Iran market as international sanctions lifted https://t.co/8QnKhqdLoEpic.twitter.com/ut8wbnEZbO

— AFP news agency (@AFP) 16 janeiro 2016

(Multinacionais prontas para entrar no mercado iraniano com o levantamento das sanções internacionais.)

O correspondente da euronews na capital iraniana procurou sentir também o pulso aos cidadãos na rua. Um jovem disse não esperar “ver resultados num futuro próximo” deste levantamento das sanções. “Não devemos esperar mudanças já amanhã de manhã, mas, ainda assim, será uma realidade. Vai ajudar o Irão a ter melhores relações com os outros países e, claro, vai trazer boas coisas à economia”, considerou.

Uma mulher considerou que este levantamento de sanções “já vem tarde”, mas itiu que ser “um o positivo para o progresso do Irão”. “Os governantes devem, finalmente, prestar atenção ao bem-estar das pessoas”, concluiu, em jeito de recado.

Javad Montazeri, o correspondente da euronews em Teerão, sublinha que “uma vez mais as portas das relações internacionais estão abertas” para o Irão. “Portas que estiveram fechadas nos últimos anos”, lembra, antes de concluir que “as pessoas olham agora para o Governo à espera de ver o que vai fazer para resolver os problemas económicos com este novo enquadramento.”

Portugal abre delegação comercial em Teerão

O presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) anunciou a abertura de uma delegação da agência no Irão, ainda no primeiro semestre deste ano. “Já lançámos o concurso para termos um delegado em Teerão e eu espero que isso acontece nos próximos dois ou três meses”, afirmou Miguel Frasquilho.

Em declarações à Lusa, na sequência do levantamento das sanções internacionais ao Irão, o dirigente da AICEP afirmou que se trata de “uma oportunidade extraordinária para as empresas portuguesas”, embora considere que “ainda é cedo para fazer uma antevisão dos resultados que poderão ser obtidos, nomeadamente ao nível das exportações”.

Contudo, salientou, “o mercado iraniano é um mercado de mais 80 milhões de consumidores, é o maior país daquela região. Quero deixar um sinal de otimismo e confiança aos empresários portugueses que irão poder contar com o apoio e a presença portuguesa da AICEP em Teerão”. “Significará um aumento das trocas comerciais entre os dois países, mas queremos fazer mais, queremos colocar Portugal na rota do capital iraniano”, acrescentou.

AICEP alarga presença a Zurique, Cuba e Irão – presidente

— Agência Lusa (@Lusa_noticias) 13 janeiro 2016

Miguel Frasquilho referiu que “uma das prioridades da agência é a captação de investimento, a nível global, e agora com as sanções levantadas ao Irão pode haver um interesse acrescido dos investidores iranianos em olhar para o nosso país”. Os setores que mais poderão beneficiar com o fim das sanções ao Irão são o agroalimentar, que já tem “registado uma evolução muito positiva nos mercados da região”, e o da construção civil.

“Outro setor onde claramente vamos apostar é o das tecnologias de informação e comunicação, onde Portugal dá cartas, e ainda mais agora, com a realização do Web Summit em Lisboa”, acrescentou.

O dirigente da AICEP considerou que “é cedo para fazer estimativas”, porque a decisão acabou de ser tomada, mas é “uma decisão que terá um impacto muito positivo nas nossas exportações para o irão e nas relações comerciais entre os dois países”.

O Conselho de Segurança da ONU levantou, no sábado, as sanções ao Irão, depois de a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) ter confirmado que o país cumpriu todas as exigências para iniciar o acordo nuclear internacional.

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