{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2015/12/25/learning-world-o-ensino-da-sustentabilidade-ambiental" }, "headline": "Learning World: O ensino da sustentabilidade ambiental", "description": "Consumo excessivo, polui\u00e7\u00e3o, aquecimento do planeta: num mundo que sofre os efeitos dos excessos humanos, como podemos ensinar as gera\u00e7\u00f5es futuras a", "articleBody": "Consumo excessivo, polui\u00e7\u00e3o, aquecimento do planeta: num mundo que sofre os efeitos dos excessos humanos, como podemos ensinar as gera\u00e7\u00f5es futuras a encontrarem solu\u00e7\u00f5es? Nesta edi\u00e7\u00e3o de Learning World descobrimos dois projetos que alargam os limites da educa\u00e7\u00e3o para a sustentabilidade ambiental. Da horta para a mesa O que acontece quando as hortas e as cozinhas se transformam em salas de aula interativas para todas as mat\u00e9rias? Nos Estados Unidos, encontramos alunos que aprendem gra\u00e7as ao paladar. O orgulho da escola preparat\u00f3ria Martin Luther King Jr., em Berkeley, est\u00e1 escondido pelas \u00e1rvores: uma horta de mais de 4 mil metros quadrados. Para os alunos do 6\u00b0 ano o dia come\u00e7a com a instala\u00e7\u00e3o de feno numa das parcelas. Geoff Palla, jardineiro e professor, explica a li\u00e7\u00e3o: perceber o mist\u00e9rio da decomposi\u00e7\u00e3o: \u201cTemos a capacidade de estarmos pr\u00f3ximos do que eles chamam natureza, de forma que h\u00e1 uma esp\u00e9cie de autodescoberta. Podem explorar e descobrir por eles pr\u00f3prios e isso tem um impacto muito maior do que se fosse explicado\u201d. Para l\u00e1 de mat\u00e9rias como ci\u00eancias ou matem\u00e1tica, os alunos aprendem a cultivar frutas e legumes. Preparar o solo, semear, fazer a colheita e a compostagem: as tarefas s\u00e3o, muitas vezes, uma novidade para os estudantes. \u00c9 o caso de Olivia: \u201cEu gostaria que come\u00e7\u00e1ssemos a cultivar coisas e mantiv\u00e9ssemos um melhor ambiente, basta limpar e cultivar coisas boas no jardim\u201d. Num pa\u00eds, onde domina a agricultura intensiva, o \u201rojeto \u201cEdible Schoolyard\u201d\u201c:http://edibleschoolyard.org/, ou \u201cRecreio comest\u00edvel\u201d (tradu\u00e7\u00e3o literal), promove a sustentabilidade. Atrav\u00e9s da jardinagem, os alunos aprendem quais s\u00e3o os impactos ambientais das suas escolhas. Kyle Cornforth, diretora do projeto, adianta: \u201cEnsinamos tamb\u00e9m gest\u00e3o ambiental aos alunos. Como vamos cuidar do planeta, como podemos trabalhar juntos para partilhar os recursos. Sabemos que para cuidar de uma coisa \u00e9 preciso apaixonar-se primeiro por ela. Se os estudantes n\u00e3o t\u00eam a oportunidade de tocar a natureza, de se apaixonarem pelo cultivo, pelo processo culin\u00e1rio e pela partilha das refei\u00e7\u00f5es, como \u00e9 que podemos esperar que cuidem do mundo natural\u201d. As li\u00e7\u00f5es am tamb\u00e9m pela cozinha, um espa\u00e7o digno de um grande restaurante. No dia da reportagem, os alunos do 7\u00b0 ano est\u00e3o a cozinhar polenta: cozer a farinha de milho, cortar os legumes e as ervas arom\u00e1ticas, refogar a cebola. Todos os produtos s\u00e3o biol\u00f3gicos, frescos e cultivados na horta da escola ou na regi\u00e3o. Jessie Brandt, um dos alunos, afirma: \u201cAqui temos o a muitas mais coisas e a uma grande quantidade de alimentos saud\u00e1veis. Mais do que em casa. Em casa cozinhamos produtos saud\u00e1veis, mas aqui h\u00e1 muitas coisas na cozinha e na horta que s\u00e3o o mais saud\u00e1vel poss\u00edvel\u201d. A aula de cozinha serve tamb\u00e9m para acentuar os bons h\u00e1bitos, como explica Esther Cook, professora de culin\u00e1ria: \u201cTentamos consciencializ\u00e1-los para o tempo e para o esfor\u00e7o de produ\u00e7\u00e3o dos alimentos, para que n\u00e3o desperdicem. Se deitarem um tomate na compostagem, posso faz\u00ea-los pensar nos longos meses que aram desde a sementeira. Quando se deita algo na compostagem n\u00e3o \u00e9 apenas um gesto de um segundo, mas est\u00e1-se tamb\u00e9m a deitar fora muito tempo e muitos meses de trabalho\u201d. A aula termina \u00e0 mesa. Uma ocasi\u00e3o para acentuar o gosto pelas refei\u00e7\u00f5es saud\u00e1veis! Um jardim numa antiga lixeira A cidade de Medell\u00edn, na Col\u00f4mbia, foi, em tempos, um dos locais mais perigosos do mundo. Agora enfrenta uma amea\u00e7a diferente: a polui\u00e7\u00e3o. Mas as autoridades, a popula\u00e7\u00e3o e institui\u00e7\u00f5es de ensino est\u00e3o a transformar Moravia, uma das mais colinas mais conhecidas da cidade. Joe Sanchez, estudante de engenharia ambiental, explica-nos: \u201cNeste local encontramos uma grande quantidade de lixo. Antes, Moravia era uma lixeira a c\u00e9u aberto. Os cami\u00f5es chegavam e descarregavam o lixo. Os res\u00edduos est\u00e3o todos misturados\u201d. Durante os anos 70 e 80, a cidade de Medell\u00edn acolheu um grande n\u00famero de pessoas vindas das zonas rurais que, de forma espont\u00e2nea, se instalaram junto a Moravia, que era uma enorme lixeira. Desde ent\u00e3o foram realojadas 10 mil pessoas e o terreno est\u00e1 a ser limpo. Com o projeto \u201c\u201cMoravia floresce para a vida\u201d\u201c:http://www.unescosost.org/project/moravia-florece-para-la-vida/, o Instituto Tecnol\u00f3gico de Antioquia forma, no terreno, os futuros engenheiros ambientais. Um deles, Joe Sanchez, adianta: \u201cAtualmente, temos muitos desafios ambientais. Em pa\u00edses como a Col\u00f4mbia os conflitos (com as FARC ou os narcotraficantes) tamb\u00e9m prejudicam muito o ambiente, nas zonas rurais mas tamb\u00e9m na cidade. Comecei por estudar engenharia ambiental para tentar encontrar uma solu\u00e7\u00e3o para estes problemas ecol\u00f3gicos\u201d. No Instituto Tecnol\u00f3gico, os alunos aprendem qu\u00edmica, agronomia ou engenharia ambiental. Qual \u00e9 a ideia na base do programa? Jorge Montoya, um dos primeiros professores, revela: \u201cA principal ideia \u00e9 que, a partir do conhecimento de projetos reais, os estudantes possam confrontar-se ao mundo do trabalho. Para os estudantes, a engenharia ambiental representa uma enorme oportunidade para trabalhar em projetos e desafios de transforma\u00e7\u00e3o ambiental em todo o mundo e, em especial na Col\u00f4mbia\u201d. Os estudantes recorreram \u00e0s plantas para limpar o lixo que continua enterrado. Existem faixas de prote\u00e7\u00e3o. Na colina de 35 metros de altura, as camadas naturais de vegeta\u00e7\u00e3o melhoram a qualidade do ar, do solo e da \u00e1gua. Oriol Arrango frequenta as aulas e \u00e9 mais do que um simples jardineiro: \u201cAprendi muito sobre nutri\u00e7\u00e3o, por exemplo, aprendi como podar as \u00e1rvores. Aprendi tamb\u00e9m quais s\u00e3o as plantas necess\u00e1rias aqui\u201d. Qu\u00edmica, agronomia e muita paix\u00e3o: o projeto transformou um dos locais mais polu\u00eddos da Col\u00f4mbia. A antiga lixeira \u00e9 hoje um jardim de 30 mil metros quadrados. Um projeto implementado pelos habitantes e por jovens profissionais, que s\u00e3o solicitados para l\u00e1 das fronteiras colombianas e da Am\u00e9rica Latina.", "dateCreated": "2015-12-25T16:49:00+01:00", "dateModified": "2015-12-25T16:49:00+01:00", "datePublished": "2015-12-25T16:49:00+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F317308%2F1440x810_317308.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "Consumo excessivo, polui\u00e7\u00e3o, aquecimento do planeta: num mundo que sofre os efeitos dos excessos humanos, como podemos ensinar as gera\u00e7\u00f5es futuras a", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F317308%2F432x243_317308.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ], "url": "/" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Learning World: O ensino da sustentabilidade ambiental

Learning World: O ensino da sustentabilidade ambiental
Direitos de autor 
De Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Consumo excessivo, poluição, aquecimento do planeta: num mundo que sofre os efeitos dos excessos humanos, como podemos ensinar as gerações futuras a

PUBLICIDADE

Consumo excessivo, poluição, aquecimento do planeta: num mundo que sofre os efeitos dos excessos humanos, como podemos ensinar as gerações futuras a encontrarem soluções? Nesta edição de Learning World descobrimos dois projetos que alargam os limites da educação para a sustentabilidade ambiental.

Da horta para a mesa

O que acontece quando as hortas e as cozinhas se transformam em salas de aula interativas para todas as matérias? Nos Estados Unidos, encontramos alunos que aprendem graças ao paladar.

O orgulho da escola preparatória Martin Luther King Jr., em Berkeley, está escondido pelas árvores: uma horta de mais de 4 mil metros quadrados. Para os alunos do 6° ano o dia começa com a instalação de feno numa das parcelas.

Geoff Palla, jardineiro e professor, explica a lição: perceber o mistério da decomposição: “Temos a capacidade de estarmos próximos do que eles chamam natureza, de forma que há uma espécie de autodescoberta. Podem explorar e descobrir por eles próprios e isso tem um impacto muito maior do que se fosse explicado”.

Para lá de matérias como ciências ou matemática, os alunos aprendem a cultivar frutas e legumes. Preparar o solo, semear, fazer a colheita e a compostagem: as tarefas são, muitas vezes, uma novidade para os estudantes. É o caso de Olivia: “Eu gostaria que começássemos a cultivar coisas e mantivéssemos um melhor ambiente, basta limpar e cultivar coisas boas no jardim”.

Num país, onde domina a agricultura intensiva, o “projeto “Edible Schoolyard”“:http://edibleschoolyard.org/, ou “Recreio comestível” (tradução literal), promove a sustentabilidade. Através da jardinagem, os alunos aprendem quais são os impactos ambientais das suas escolhas.

Kyle Cornforth, diretora do projeto, adianta: “Ensinamos também gestão ambiental aos alunos. Como vamos cuidar do planeta, como podemos trabalhar juntos para partilhar os recursos. Sabemos que para cuidar de uma coisa é preciso apaixonar-se primeiro por ela. Se os estudantes não têm a oportunidade de tocar a natureza, de se apaixonarem pelo cultivo, pelo processo culinário e pela partilha das refeições, como é que podemos esperar que cuidem do mundo natural”.

As lições am também pela cozinha, um espaço digno de um grande restaurante.

No dia da reportagem, os alunos do 7° ano estão a cozinhar polenta: cozer a farinha de milho, cortar os legumes e as ervas aromáticas, refogar a cebola. Todos os produtos são biológicos, frescos e cultivados na horta da escola ou na região.

Jessie Brandt, um dos alunos, afirma: “Aqui temos o a muitas mais coisas e a uma grande quantidade de alimentos saudáveis. Mais do que em casa. Em casa cozinhamos produtos saudáveis, mas aqui há muitas coisas na cozinha e na horta que são o mais saudável possível”.

A aula de cozinha serve também para acentuar os bons hábitos, como explica Esther Cook, professora de culinária: “Tentamos consciencializá-los para o tempo e para o esforço de produção dos alimentos, para que não desperdicem. Se deitarem um tomate na compostagem, posso fazê-los pensar nos longos meses que aram desde a sementeira. Quando se deita algo na compostagem não é apenas um gesto de um segundo, mas está-se também a deitar fora muito tempo e muitos meses de trabalho”.

A aula termina à mesa. Uma ocasião para acentuar o gosto pelas refeições saudáveis!

Um jardim numa antiga lixeira

A cidade de Medellín, na Colômbia, foi, em tempos, um dos locais mais perigosos do mundo. Agora enfrenta uma ameaça diferente: a poluição. Mas as autoridades, a população e instituições de ensino estão a transformar Moravia, uma das mais colinas mais conhecidas da cidade.

Joe Sanchez, estudante de engenharia ambiental, explica-nos: “Neste local encontramos uma grande quantidade de lixo. Antes, Moravia era uma lixeira a céu aberto. Os camiões chegavam e descarregavam o lixo. Os resíduos estão todos misturados”.

Durante os anos 70 e 80, a cidade de Medellín acolheu um grande número de pessoas vindas das zonas rurais que, de forma espontânea, se instalaram junto a Moravia, que era uma enorme lixeira. Desde então foram realojadas 10 mil pessoas e o terreno está a ser limpo.

Com o projeto ““Moravia floresce para a vida”“:http://www.unescosost.org/project/moravia-florece-para-la-vida/, o Instituto Tecnológico de Antioquia forma, no terreno, os futuros engenheiros ambientais. Um deles, Joe Sanchez, adianta: “Atualmente, temos muitos desafios ambientais. Em países como a Colômbia os conflitos (com as FARC ou os narcotraficantes) também prejudicam muito o ambiente, nas zonas rurais mas também na cidade. Comecei por estudar engenharia ambiental para tentar encontrar uma solução para estes problemas ecológicos”.

No Instituto Tecnológico, os alunos aprendem química, agronomia ou engenharia ambiental.

Qual é a ideia na base do programa?

Jorge Montoya, um dos primeiros professores, revela: “A principal ideia é que, a partir do conhecimento de projetos reais, os estudantes possam confrontar-se ao mundo do trabalho. Para os estudantes, a engenharia ambiental representa uma enorme oportunidade para trabalhar em projetos e desafios de transformação ambiental em todo o mundo e, em especial na Colômbia”.

Os estudantes recorreram às plantas para limpar o lixo que continua enterrado. Existem faixas de proteção. Na colina de 35 metros de altura, as camadas naturais de vegetação melhoram a qualidade do ar, do solo e da água.

Oriol Arrango frequenta as aulas e é mais do que um simples jardineiro: “Aprendi muito sobre nutrição, por exemplo, aprendi como podar as árvores. Aprendi também quais são as plantas necessárias aqui”.

Química, agronomia e muita paixão: o projeto transformou um dos locais mais poluídos da Colômbia. A antiga lixeira é hoje um jardim de 30 mil metros quadrados. Um projeto implementado pelos habitantes e por jovens profissionais, que são solicitados para lá das fronteiras colombianas e da América Latina.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Trump assina ordem executiva para desmantelar o Departamento de Educação dos EUA

Como podemos responder à escassez de mão de obra qualificada na União Europeia?

Formação, instalações íveis, programas educativos: promover a educação inclusiva no Uzbequistão