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FMI revê crescimento de Moçambique em baixa

FMI revê crescimento de Moçambique em baixa
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O Fundo Monetário Internacional reviu em baixa o crescimento económico de Moçambique, para 6,3% este ano e 6,5% em 2016, alertando que existem “novos

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O Fundo Monetário Internacional reviu em baixa o crescimento económico de Moçambique, para 6,3% este ano e 6,5% em 2016, alertando que existem “novos desafios que exigem medidas decisivas de política económica”.

Numa declaração emitida no final da visita técnica de duas semanas ao país, a equipa liderada por Michel Lazare adianta, em comunicado, que “a atividade económica em 2015 manteve-se sólida”, mas alerta que, “do ponto de vista da missão, o crescimento atingirá os 6,3% em 2015 e deverá acelerar ligeiramente para 6,5% em 2016”.

A revisão em baixa agora anunciada, corta 0,7 pontos ao crescimento previsto até agora pelo FMI – 7% para este ano e 8,2% para 2016 -, e representa um retrocesso para o crescimento de 6,5% registado em plena recessão económica mundial, em 2009, interrompedo um ciclo de cinco anos em que Moçambique sempre registou expansões económicas acima de 7%.

Entre 2017 e 2020, em média, “o crescimento poderá atingir os 8% devido às perspetivas positivas dos investimentos em grande escala das indústrias extrativas, em particular da indústria de gás natural liquefeito”.

A revisão em baixa do crescimento foi anunciada no comunicado divulgado no final da visita técnica para a conclusão da quinta avaliação no âmbito do Programa de Apoio a Políticas Económicas, debatendo também o Artivo IV, a análise anual às economias dos Estados-membros do FMI, e chegaram igualmente a um acordo relativamente ao apoio de 286 milhões de dólares durante 18 meses, até 2017, a ser sisponibilizada através de um novo quadro no âmbito do Programa de Facilidades de Crédito (PFC).

No comunicado, os técnicos do FMI sublinham que “a inflação continua baixa, em cerca de 2%, mas que é esperado um aumento para 5-6% ao longo dos próximos meses, devido à recente depreciação do metical, e ajustes necessários nos preços istrados”.

O FMI realça que, “apesar de as perspetivas de médio prazo permanecerem positivas, os desafios a curto prazo tornaram-se mais complexos” e explica que, tal como noutros países da região, Moçambique “enfrenta um choque externo associado à queda nos preços das matérias-primas, menor crescimento dos parceiros comerciais, e os atrasos no investimento associado aos grandes projetos de recursos naturais”.

As “políticas expansionistas excessivas” no ano ado, especialmente na vertente fiscal, contribuíram para as dificuldades, e também por isso, a execução do programa de apoio financeiro e de consultoria falhou algumas metas: Moçambique falhou em junho e setembro três critérios de avaliação e uma meta quantitativa indicativa e “ocorreram também atrasos na implementação de uma série de reformas estruturais apoiadas no âmbito do PFC”.

Assim, o FMI recomenda, e diz que o Governo aceitou, “um forte pacote de políticas correctivas para realinhar o programa e gerir os choques acima mencionados sobre a Balança de Pagamentos, um pacote que implicaria uma maior consolidação orçamental em 2016, para continuar a preservar a sustentabilidade da dívida e contribuir para o necessário ajustamento externo”.

Os contornos do acordo de princípio alcançado com o executivo, mas que tem ainda de ser ratificado pela direção do FMI, em Washington, inclui ainda “uma política monetária mais restritiva e uma moderação substancial na expansão do crédito”.

De resto, o FMI diz que discutiu ainda “uma série de reformas estruturais para ajudar na gestão dos riscos fiscais, eliminar atrasos nos reembolsos do IVA, tornar a despesa pública mais eficiente e transparente e apoiar mais o crescimento inclusivo, incluindo através de uma maior integração financeira”, com as autoridades do país.

(LUSA)

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