{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2015/09/15/desde-o-inicio-do-ano-entraram-mais-de-500-mil-migrantes-na-uniao-europeia" }, "headline": "Desde o in\u00edcio do ano entraram mais de 500 mil migrantes na Uni\u00e3o Europeia", "description": "Entre janeiro e agosto de 2015, mais de 500 mil migrantes atravessaram as fronteiras exteriores da Uni\u00e3o Europeia (UE). Os n\u00fameros foram divulgados", "articleBody": "Entre janeiro e agosto de 2015, mais de 500 mil migrantes atravessaram as fronteiras exteriores da Uni\u00e3o Europeia (UE). Os n\u00fameros foram divulgados esta ter\u00e7a-feira pela ag\u00eancia europeia de controlo de fronteiras, Frontex, e prometem fazer multiplicar os apelos \u00e0 unidade no velho continente. Sinal da press\u00e3o crescente sobre a Europa, no conjunto do ano ado, contabilizaram-se, ao todo, 280 mil migrantes. Em comunicado, a Frontex alerta, no entanto, para a possibilidade de contagem repetida porque \u201cum grande n\u00famero de pessoas vistas na fronteira entre a S\u00e9rvia e a Hungria j\u00e1 tinham sido recenseadas \u00e0 chegada \u00e0 Gr\u00e9cia, provenientes da Turquia, algumas semanas antes\u201d. O mundo enfrenta a pior crise de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial. At\u00e9 ao momento, a UE foi incapaz de chegar a um acordo sobre uma estrat\u00e9gia coerente em rela\u00e7\u00e3o aos pr\u00f3ximos os a dar juntamente com os pa\u00edses divididos. Se, por um lado, a Alemanha se diz pronta para receber refugiados, por outro, a Hungria refor\u00e7a as leis anti-imigra\u00e7\u00e3o. Em entrevista \u00e0 Euronews, o\u00a0Alto Comiss\u00e1rio das Na\u00e7\u00f5es Unidas para os Refugiados, Ant\u00f3nio Guterres, analisa a atual crise migrat\u00f3ria. James Franey, euronews \u2013 Na Hungria ergueu-se uma veda\u00e7\u00e3o na fronteira do pa\u00eds com a S\u00e9rvia e tamb\u00e9m est\u00e3o previstas penaliza\u00e7\u00f5es para quem atravessar de maneira ilegal a fronteira. As medidas est\u00e3o em linha com as obriga\u00e7\u00f5es internacionais do pa\u00eds? Ant\u00f3nio Guterres, Alto Comiss\u00e1rio das Na\u00e7\u00f5es Unidas para os Refugiados \u2013 Se a Hungria fizesse parte de um sistema, no qual, nos pontos de entrada (Gr\u00e9cia, Hungria e It\u00e1lia) existissem condi\u00e7\u00f5es de rece\u00e7\u00e3o, para prestar assist\u00eancia, tratar as pessoas com dignidade, efetuar registos, e, com base nisso, os que necessitam de prote\u00e7\u00e3o serem recolocados em todos os Estados-membros, ent\u00e3o o pa\u00eds beneficiaria muito mais do que tentando adotar medidas isoladas, de forma individual, para proteger a fronteira. James Franey, euronews \u2013 Enquanto antigo primeiro-ministro tamb\u00e9m compreende que alguns eleitores se perguntem porque \u00e9 que n\u00e3o se ajuda primeiro a popula\u00e7\u00e3o local, porque \u00e9 que se est\u00e1 a deixar entrar tantos refugiados? Ant\u00f3nio Guterres, Alto Comiss\u00e1rio das Na\u00e7\u00f5es Unidas para os Refugiados \u2013 Se a migra\u00e7\u00e3o puder acontecer de forma organizada \u2013 sem contrabandistas a interferir e a criar situa\u00e7\u00f5es dram\u00e1ticas \u2013 \u00e9 significativa num contexto em que a Europa precisa de migrantes por causa da demografia. Quando falamos de refugiados n\u00e3o falamos de uma op\u00e7\u00e3o, falamos de uma obriga\u00e7\u00e3o legal. Os pa\u00edses t\u00eam direito a definir as pr\u00f3prias pol\u00edticas migrat\u00f3rias. T\u00eam o direito de dizer que n\u00e3o querem mais migrantes.Mas se uma fam\u00edlia s\u00edria, que viu a casa ser bombardeada e elementos da fam\u00edlia serem mortos, vier para a Europa, qualquer pa\u00eds europeu tem o dever de garantir prote\u00e7\u00e3o.At\u00e9 agora estamos a falar de um pouco mais de 400 mil pessoas que vieram para o Mediterr\u00e2neo, para a Europa. A Uni\u00e3o Europeia tem 508 milh\u00f5es de pessoas. No L\u00edbano, um ter\u00e7o da popula\u00e7\u00e3o s\u00e3o refugiados da S\u00edria e da Palestina. Por isso, est\u00e1 claro que se a Europa estiver junta, se todos os pa\u00edses cooperarem, se todos tiverem uma parte justa, esta \u00e9 uma crise migrat\u00f3ria que se gere perfeitamente. Se continuarmos com o caos e a confus\u00e3o atuais, \u00e9 uma trag\u00e9dia para as pessoas e para a Uni\u00e3o.", "dateCreated": "2015-09-15T15:49:18+02:00", "dateModified": "2015-09-15T15:49:18+02:00", "datePublished": "2015-09-15T15:49:18+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F313533%2F1440x810_313533.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "Entre janeiro e agosto de 2015, mais de 500 mil migrantes atravessaram as fronteiras exteriores da Uni\u00e3o Europeia (UE). Os n\u00fameros foram divulgados", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F313533%2F432x243_313533.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Desde o início do ano entraram mais de 500 mil migrantes na União Europeia

Desde o início do ano entraram mais de 500 mil migrantes na União Europeia
Direitos de autor 
De Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Entre janeiro e agosto de 2015, mais de 500 mil migrantes atravessaram as fronteiras exteriores da União Europeia (UE). Os números foram divulgados

PUBLICIDADE

Entre janeiro e agosto de 2015, mais de 500 mil migrantes atravessaram as fronteiras exteriores da União Europeia (UE). Os números foram divulgados esta terça-feira pela agência europeia de controlo de fronteiras, Frontex, e prometem fazer multiplicar os apelos à unidade no velho continente.

Sinal da pressão crescente sobre a Europa, no conjunto do ano ado, contabilizaram-se, ao todo, 280 mil migrantes.

Em comunicado, a Frontex alerta, no entanto, para a possibilidade de contagem repetida porque “um grande número de pessoas vistas na fronteira entre a Sérvia e a Hungria já tinham sido recenseadas à chegada à Grécia, provenientes da Turquia, algumas semanas antes”.

O mundo enfrenta a pior crise de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial. Até ao momento, a UE foi incapaz de chegar a um acordo sobre uma estratégia coerente em relação aos próximos os a dar juntamente com os países divididos.

Se, por um lado, a Alemanha se diz pronta para receber refugiados, por outro, a Hungria reforça as leis anti-imigração. Em entrevista à Euronews, o Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, António Guterres, analisa a atual crise migratória.

James Franey, euronews – Na Hungria ergueu-se uma vedação na fronteira do país com a Sérvia e também estão previstas penalizações para quem atravessar de maneira ilegal a fronteira. As medidas estão em linha com as obrigações internacionais do país?

António Guterres, Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados – Se a Hungria fizesse parte de um sistema, no qual, nos pontos de entrada (Grécia, Hungria e Itália) existissem condições de receção, para prestar assistência, tratar as pessoas com dignidade, efetuar registos, e, com base nisso, os que necessitam de proteção serem recolocados em todos os Estados-membros, então o país beneficiaria muito mais do que tentando adotar medidas isoladas, de forma individual, para proteger a fronteira.

James Franey, euronews – Enquanto antigo primeiro-ministro também compreende que alguns eleitores se perguntem porque é que não se ajuda primeiro a população local, porque é que se está a deixar entrar tantos refugiados?

António Guterres, Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados – Se a migração puder acontecer de forma organizada – sem contrabandistas a interferir e a criar situações dramáticas – é significativa num contexto em que a Europa precisa de migrantes por causa da demografia. Quando falamos de refugiados não falamos de uma opção, falamos de uma obrigação legal. Os países têm direito a definir as próprias políticas migratórias. Têm o direito de dizer que não querem mais migrantes.
Mas se uma família síria, que viu a casa ser bombardeada e elementos da família serem mortos, vier para a Europa, qualquer país europeu tem o dever de garantir proteção.
Até agora estamos a falar de um pouco mais de 400 mil pessoas que vieram para o Mediterrâneo, para a Europa. A União Europeia tem 508 milhões de pessoas. No Líbano, um terço da população são refugiados da Síria e da Palestina. Por isso, está claro que se a Europa estiver junta, se todos os países cooperarem, se todos tiverem uma parte justa, esta é uma crise migratória que se gere perfeitamente. Se continuarmos com o caos e a confusão atuais, é uma tragédia para as pessoas e para a União.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Dezenas de corpos encontrados numa zona da capital líbia controlada por milícias armadas, denuncia ONU

"Elas vão morrer": cortes na ajuda externa atingem com mais força mulheres e raparigas

Quatro mortos depois de centenas de palestinianos esfomeados invadirem armazém da ONU