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Migração: Caminhada rumo a uma vida melhor

Migração: Caminhada rumo a uma vida melhor
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Pela segunda vez, em dois dias, o navio Venizelos aporta em Pireu, perto de Atenas, na Grécia. O navio, proveniente da ilha de Lesbos, traz a bordo

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Pela segunda vez, em dois dias, o navio Venizelos aporta em Pireu, perto de Atenas, na Grécia.

O navio, proveniente da ilha de Lesbos, traz a bordo dois milhares de migrantes, na sua maioria sírios e afegãos.

Depois de fugirem da guerra, de terem atravessado desertos e o Mar Mediterrâneo, estes refugiados denunciam que as ajudas são escassas.

As infraestruturas da ilha foram insuficientes para albergar os milhares de imigrantes que chegaram às suas costas.

“O povo de Mytileni ajudou-nos mas o governo não. A Organização das Nações Unidas ou qualquer outra organização não nos ajudou. Apenas olharam e não fizeram nada. Só olharam e tiraram fotografias”, afirma Muhammad, um migrante sírio.

Apesar da duração e do custo elevado da viagem, um bilhete da Turquia até às ilhas Egeias pode custar até 1500 euros, por pessoa, estes migrantes não desistem de buscar uma vida melhor.

Maria Galinou, do Exército da Salvação, afirma que “Chegam com medo e exaustas e a primeira coisa que querem é que lhes digam para onde devem ir. Elas seguram um pedaço de papel e correm de um lado para outro.”

Chegados a Pireu, os imigrantes não param e continuam viagem.

Em Atenas embarcam num comboio rumo ao norte da Grécia. Aí esperam atravessar a fronteira da antiga república jugoslava da Macedónia para continuarem rumo a outros países da União Europeia.

Um afegão conta que teve de abandonar o país pois só lhe restavam três opções de vida: aderir aos talibãs, ao exército ou ser agricultor, como o pai.

“A situação não era boa para estudar portanto, agora, vamos para a Europa, para a Suécia, para termos uma boa educação e conseguir uma vida melhor para mim e para a minha família”, afirma Ahmad.

Atenas acaba por ser mais um ponto de paragem numa viagem que se iniciou há dias, semanas ou meses, rumo a um país que proporcione melhores condições de vida para estas pessoas.

Apesar das dificuldades, a esperança persiste.

Os bilhetes dos comboios que partem de Atenas para o norte da Grécia estão a desaparecer, muito rapidamente. Todos os dias, centenas de imigrantes e refugiados embarcam para chegar a Tessalónica e, em seguida, arem a fronteira de Idomeni, para atravessar a Macedónia. Depois de uma viagem tão longa, eles estão tão exaustos que chegam a adormecer no chão ou na plataforma. O que, no entanto, parece nunca se esgotar é a esperança de uma vida melhor.

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