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AKP ganha eleições na Turquia mas estabilidade é ameaçada: novas eleições são cenário possível

AKP ganha eleições na Turquia mas estabilidade é ameaçada: novas eleições são cenário possível
Direitos de autor 
De Maria-Joao Carvalho com Melis Özoğlu, Faruk Acar
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A ambição da república presidencialista defendida por Recep Tayip Erdogan foi recusada nas urnas. Ao envolver-se a fundo na campanha eleitoral, o

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A ambição da república presidencialista defendida por Recep Tayip Erdogan foi recusada nas urnas.
Ao envolver-se a fundo na campanha eleitoral, o que é inconstitucional, o presidente turco fez destas eleições um plebiscito à sua política. Portanto, ele foi o grande derrotado.

O seu partido, AKP, perdeu três milhões de votos, em relação a 2011 e, o mais grave, perdeu 70 assentos parlamentares, longe da maioria absoluta a que estava habituado. Pela primeira vez, desde 2002, o AKP não pode governar sozinho.

Erdogan ganha na Turquia mas não deve conseguir formar um governo maioritário, explica o The Guardian. http://t.co/BfKcYkCG9x

— Economia Info (@EconomiaInfo) 8 junho 2015

Ahmet Davutoglu, primeiro-ministro e homem de confiança de Erdogan, é agora culpabilizado pelo maior fracasso eleitoral da história do AKP. Domingo à noite, à varanda, ainda tranquilizada os apoiantes em relação à vitória do AKP. Mas esta é uma vitória sem poder, como lembra o jornal pró-governamental Sabah.

As eleições também foram um marco importante pela entrada no Parlamento de um partido de esquerda pró-crurda, o HDP.
O protagonista desta vitória é o líder Selahattin Demirtas, que conseguiu 13% e obteve 80 lugares. Já descartou uma aliança com o AKP e declarou que a discussão estava terminada.

A Turquia entra num período de incerteza com difíceis negociações no horizonte. Ahmet Davutoglu pode estar a ser culpabilizado, mas outros dirigentes políticos podem não conseguir ganhar a confiança do parlamento. Dispõem de 15 dias, caso contrário o presidente tem de convocar novas eleições para 90 dias mais tarde.

Melis Özoğlu, euronews – As eleições de 7 de junho inauguraram uma nova era na Turquia. O partido pró-curdo ultraou o limiar dos 10% necessários para entrar no parlamento, eo AKP, no poder há 13 anos, perdeu a sua maioria absoluta. Que cenário político se pode antever? O analista Faruk Acar, está connosco em duplex em Istambul
Apesar do AKP ser o maior partido, perdeu votos. Qual a razão para isto, na sua opinião?

**Faruk Acar – Na verdade, o partido no poder não começou a perder votos na semana ada. A crise começou com os protestos no Parque Gezi e as operações policiais de 17 e 25 de dezembro, antes das eleições regionais, que colocaram atrás das grades muitos jornalistas e escritores, com o intuito de enviar uma mensagem, ao Supremo Tribunal, para impedir o julgamento dos juízes acusados de corrupção . Estes acontecimentos criaram uma equação em que as diferentes camadas da população começaram a tomar partido contra Erdogan. Este resultado no fundo é uma mensagem importante a ter em conta a partir de agora. Os Confrontos entre Erdogan e do Banco Central da Turquia e a estagnação da economia também influenciaram os resultados das eleições. Tudo isto, teve um importante impacto nos votos do AKP.**euronews – Vamos falar sobre possíveis coligações, que partidos podem formar governo com o AKP?

Faruk Acar – Pode dizer-se que o AKP não tem afinidades especiais com nenhum dos outros partidos. Além do mais, o importante aqui não é a atitude do AKP em relação aos outros, mas o que pensam os outros do AKP. Apesar do AKP ter vencido as eleições não atingiu uma percentagem suficiente de deputados para governar sozinho. Vai tentar estabelecer alianças. O problema é que foi criado um fosso entre o partido islâmico e os outros partidos, o tom das críticas a Erdogan subiu durante a campanha eleitoral, com exceção para o CHP.

Como sabemos que é quase impossível para os curdos, os nacionalistas e sociais democratas formarem uma coligação (CHP, MHP; HDP) provavelmente o AKP governará sem maioria, mas não vai poder evitar eleições antecipadas.

euronews – Que pensa do sucesso do partido pró-curdo HDP, que conseguiu entrar no Parlamento?

Faruk Acar – Se olharmos para o que aconteceu anteriormente, entre Erdoğan e Demirtaş, durante as presidenciais, vemos que este ganhou em popularidade. Conseguiu ganhar o apoio dos indecisos. Foi um voto estratégico, temporário. No entanto, durante este processo eleitoral, o AKP, em vez de rivalizar diretamente com os sociais democratas do partido republicano do povo CHP, o AKP centrou a campanha no HDP, pró-curdo. Por essa razão, o HDP construiu um discurso de defensor das liberdades e apresentou-se como um partido turco e não apenas como o partido dos curdos. Apresentou candidatos de todas as camadas sociais, o que vai dificulta a ascesnção do CHP.

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