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Dez dias no "Estado Islâmico": a ousadia de um jornalista alemão

Dez dias no "Estado Islâmico": a ousadia de um jornalista alemão
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Dez dias com o grupo Estado Islâmico em Mosul, no Iraque, e em Raqqa, na Síria. O jornalista alemão Jurgen Todenhofer difundiu, esta semana, as

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Dez dias com o grupo Estado Islâmico em Mosul, no Iraque, e em Raqqa, na Síria. O jornalista alemão Jurgen Todenhofer difundiu, esta semana, as imagens de uma reportagem inédita com o grupo armado islamita, e em especial com combatentes de origem alemã que, frente às câmaras, não escondem as ambições de, “um dia conquistar a Europa”.

Todenhofer, que no ado foi um crítico das ofensivas estrangeiras no Iraque e no Afeganistão afirma ter realizado a perigosa reportagem para tentar mostrar a realidade no terreno.

O jornalista alemão, que rejeita ter cedido à propaganda, torna-se num dos poucos profissionais de comunicação a regressar vivo da experiência após o grupo armado ter decapitado vários jornalistas britânicos e norte-americanos.

A euronews entrevistou o intrépido jornalista.

**“O Estado Islâmico é filho de George W.Bush”**Euronews:
Senhor Todenhofer, o que tem a dizer das recentes operações anti-terroristas em toda a Europa e em particular na Bélgica?

Jurgen Todenhofer, jornalista:
Penso que as forças de segurança devem fazer tudo o necessário, mas tendo cuidado para não criar uma histeria em torno destes temas.

euronews:
Desde há vários anos que, nos seus livros, pede mais compreensão para o Islão. Pensa que a religião muçulmana foi tratada de forma injusta?

Jurgen Todenhofer:
Nos últimos 200 anos não houve nenhum país árabe que atacasse o ocidente. Temos que explicar porque é que levámos a cabo guerras no Iraque, no Afeganistão e na Líbia. E os que procuram uma razão para a existência desta organização terrivel que é o Estado Islãmico devem procurá-la na história recente, o grupo foi criado semanas depois da invasão americana a Bagdade. O Estado Islâmico é o filho de George W. Bush. E a violência que nos atinge neste momento não é mais do que o “boomerang” das nossas próprias guerras.

euronews:
O que é que o surpreendeu mais na sua viagem aos territórios controlados pelos islamitas?

Jurgen Todenhofer:
Que esta organização é mais forte do que pensam os nossos homens políticos que não parecem ter qualquer estratégia contra este grupo, pois bombardear cidades com 5000 combatentes poderia causar também a morte de milhares de civis, o que conduziria mais pessoas ao terrorismo, sem derrotar o grupo Estado Islâmico.

euronews:
Pensa que deveria ter sido mais incisivo e mais crítico nas questões que colocou aos jihadistas?

Jurgen Todenhofer:
O que eu penso, e em especial o que penso sobre o Estado Islâmico não é o importante, embora já o tenha escrito por várias vezes. A minha opinião é devastadora. O importante era saber o que é que eles pensam. E posso dizer a cada jornalista que queira saltar para a boca do lobo que é preciso ser duro e que eu posso permitir-lhes entrar e falar com quem queiram, inclusivé com líderes islamitas.

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