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Sudeste asiático nunca esquecerá o Natal de 2004

Sudeste asiático nunca esquecerá o Natal de 2004
Direitos de autor 
De Marco Lemos com APTN, Reuters, EFE, AFP
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Um sismo de magnitude 9,3 na escala de Richter, com epicentro ao largo da ilha de Sumatra, na Indonésia, provoca vagas gigantescas. Em poucas horas, praias paradisíacas ficam transformadas num cenário

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Faz hoje 10 anos, a 26 de dezembro de 2004, o mundo acordava com a notícia de um tsunami que varreu o sudeste asiático. Um sismo de magnitude 9,3 na escala de Richter, com epicentro ao largo da ilha de Sumatra, na Indonésia, provoca vagas gigantescas. As ondas destruidoras não demoram a atingir as costas da Indonésia, Sri Lanka, Índia e Tailândia. Em poucas horas, praias paradisíacas ficam transformadas num cenário apocalíptico.

O abalo telúrico é o terceiro maior de que há registo na história.

As vagas, que chegam a ter 30 metros, não se ficam pelo sudeste asiático. As ondas de choque atingem a costa leste de África. A catástrofe natural mata mais de 230.000 pessoas. O maremoto foi tão forte que o eixo da terra moveu-se um centímetro.

10 anos depois, a pergunta mantém-se: Como é possível que o mundo, no século XXI, não estivesse preparado para um incidente desta magnitude?

Parte da resposta pode ser dada pelo facto de, à parte da Indonésia e da Tailândia, não existir um sistema de alerta de tsunami na região. As populações costeiras não foram avisadas e isso contribuiu para aumentar drasticamente o número de mortos e de feridos.

Por outro lado, há quem considere que os responsáveis hesitaram antes de lançar o alerta, por receio que a informação fosse falsa e pudesse prejudicar a imagem paradisíaca dos destinos turísticos da região. A lentidão burocrática também definiu o destino trágico de milhares de famílias:

“aram-se 10 anos e sempre que regresso à minha velha casa não consigo parar de chorar. Não tenho paz de espírito porque perdi três filhos no tsunami e mesmo que tenha outro, não os vou conseguir esquecer”, refere uma mãe ainda de luto.

A comunidade internacional reage rapidamente. O facto de mais de 2.000 turistas terem perdido a vida ajudou a acelerar o processo. 14.000 milhões de dólares é o valor da ajuda financeira angariada até hoje. Será que chegou para curar as feridas? Os que sobreviveram dizem que não:

“Desde que o dinheiro da compensação por causa do tsunami terminou, os nossos problemas começaram. Gerir o orçamento familiar tornou-se muito complicado e difícil. Estamos verdadeiramente a lutar e em dificuldades até porque o meu pai não é grande ajuda. Está sempre a arranjar problemas quando bebe”.

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