{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2014/10/06/jens-stoltenberg-e-muito-dificil-entender-que-algumas-pessoas-estejam-dispostas" }, "headline": "Jens Stoltenberg: \u0022'\u00c9 muito dif\u00edcil entender que algumas pessoas estejam dispostas a ir lutar por uma organiza\u00e7\u00e3o t\u00e3o b\u00e1rbara (EIIL)\u0022", "description": "Jens Stoltenberg: \u0022'\u00c9 muito dif\u00edcil entender que algumas pessoas estejam dispostas a ir lutar por uma organiza\u00e7\u00e3o t\u00e3o b\u00e1rbara (EIIL)\u0022", "articleBody": "Jens Stoltenberg \u00e9 o antigo primeiro-ministro da Noruega. Um pacifista que protestou em frente \u00e0 embaixada dos Estados Unidos da Am\u00e9rica em Oslo, contra a guerra do Vietname. Agora lidera a alian\u00e7a militar mais poderosa do mundo. Assumiu o cargo a 1 de outubro. Comigo, na sede da NATO em Bruxelas, tenho o secret\u00e1rio-geral para discutir alguns dos desafios que enfrentaQual \u00e9 a sua estrat\u00e9gia para os pr\u00f3ximos cinco anos, para esta organiza\u00e7\u00e3o?Jens Stoltenberg: \u00c9 manter a NATO forte e ao mesmo tempo manter os nossos vizinhos est\u00e1veis e unidos com os nossos parceiros, de modo a sermos capazes de fazer o que for preciso para manter s\u00f3lido o v\u00ednculo entre a Europa e a Am\u00e9rica do Norte. Tivemos uma grande cimeira da NATO, no in\u00edcio de setembro e cheg\u00e1mos a muitas decis\u00f5es, relacionadas com o modo de manter a NATO forte. Decidimos, por exemplo, como implementar um Plano de A\u00e7\u00e3o r\u00e1pida, que \u00e9 um plano sobre como tornar as nossas for\u00e7as mais aptas e aumentar as nossas capacidades militares.e: Uma das grandes quest\u00f5es desta organiza\u00e7\u00e3o \u00e9, como sempre, os gastos na defesa, particularmente entre os membros europeus deste clube. O que dizer aos cidad\u00e3os europeus que est\u00e3o t\u00e3o preocupados, neste momento de austeridade\u2026 Com cortes na sa\u00fade, na educa\u00e7\u00e3o, que t\u00eam de gastar ainda mais na defesa.JS: Gostaria de come\u00e7ar por dizer que entendo que estas s\u00e3o decis\u00f5es e escolhas dif\u00edceis mas, ao mesmo tempo, creio que temos de seguir em frente quando h\u00e1 apenas umas semanas concord\u00e1mos\u2026 Todos os chefes de Estado e de Governo decidiram que chegou o momento para pararmos, pelo menos, com os cortes nos gastos e, gradualmente, come\u00e7ar a aumentar os gastos com a defesa, durante a pr\u00f3xima d\u00e9cada. O que temos assistido \u00e9 a NATO a cortar nos gastos com a defesa nos \u00faltimos anos, enquanto outros pa\u00edses que nos rodeiam, como a a R\u00fassia, t\u00eam aumentado, e muito. Portanto, \u00e9 tempo para inverter esta tend\u00eancia.e: Vamos falar sobre a rela\u00e7\u00e3o com a R\u00fassia. Quando era o primeiro-ministro da Noruega disse ter tido um bom relacionamento com Vladimir Putin. Ele disse, numa entrevista na \u00faltima primavera, que tinham uma rela\u00e7\u00e3o pessoal. Como descreveria o seu relacionamento com o presidente russo?JS: A Noruega e a R\u00fassia trabalham em conjunto h\u00e1 muitos anos, em diferentes quest\u00f5es. Portanto desenvolvi uma rela\u00e7\u00e3o de trabalho com os l\u00edderes russos.e: Quando foi a \u00faltima vez que falou com Putin?JS: N\u00e3o me lembro, exatamente, mas houve um telefonema quando eu era primeiro-ministro e encontrei-o em v\u00e1rias ocasi\u00f5es, nessa altura. Renunciei ao cargo de primeiro-ministro h\u00e1 mais de um ano, ent\u00e3o, pelo menos, h\u00e1 mais de um ano. Mas a ideia \u00e9 que a rela\u00e7\u00e3o que a Noruega tinha com a R\u00fassia foi baseada na nossa for\u00e7a militar e na nossa ades\u00e3o \u00e0 alian\u00e7a da NATO. 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Temos implantado m\u00edsseis \u201atriot\u201d na Turquia para protegermos o pa\u00eds\u2026 Para ajud\u00e1-los a protegerem-se de quaisquer repercuss\u00f5es da viol\u00eancia, dos conflitos que temos assistido na S\u00edria e agora, tamb\u00e9m, no Iraque. N\u00f3s, claro, defendemo-los. Al\u00e9m disso, concord\u00e1mos, na cimeira no Pa\u00eds de Gales, que estamos prontos para ajudar o Iraque a melhorar e a aumentar as suas for\u00e7as de seguran\u00e7a, para torn\u00e1-las mais capazes de se defender. Al\u00e9m disso, tamb\u00e9m cooperamos no que diz respeito ao retorno dos combatentes a casa, numa troca de informa\u00e7\u00f5es, de modo a sermos capazes de evitar que eles representem uma amea\u00e7a, no que toca ao risco de ataques terroristas nos nossos pr\u00f3prios pa\u00edses.e: Mencionou a quest\u00e3o dos combatentes estrangeiros\u2026 Voc\u00ea tocou cora\u00e7\u00f5es e mentes de todo o mundo com uma resposta digna ao massacre de Breivik. H\u00e1 apenas tr\u00eas anos disse, em Oslo, que a resposta correta \u00e9 \u201cmais abertura, mais democracia.\u201d Ent\u00e3o, em que \u00e9 que isso difere no relacionamento com estes combatentes estrangeiros? Ser\u00e1 essa a mesma estrat\u00e9gia que devemos usar?JS: \u00c9 fundamental que defendamos os nossos ideais, pois \u00e9 a sociedade aberta, a sociedade democr\u00e1tica que eles est\u00e3o a atacar. O que devemos fazer, cada vez que somos amea\u00e7ados por terroristas, \u00e9 defender os valores fundamentais da nossa sociedade, as sociedades democr\u00e1ticas abertas. Mas, \u00e9 claro, al\u00e9m disso, precisamos de coopera\u00e7\u00e3o policial, precisamos da coopera\u00e7\u00e3o dos servi\u00e7os secretos. Temos de nos defender e isso \u00e9 algo em que a NATO est\u00e1 a trabalhar. Mas, claro, quando se trata de atividades de contraterrorismo, n\u00e3o se trata apenas de uma quest\u00e3o militar, envolve, tamb\u00e9m, a pol\u00edcia e os servi\u00e7os secretos por isso, h\u00e1 muitos servi\u00e7os, nos nossos pa\u00edses, que est\u00e3o a trabalhar em conjunto de modo a podermos lutar contra os terroristas e, tamb\u00e9m, contra os riscos ligados ao regresso a casa de combatentes estrangeiros.e: A minha quest\u00e3o \u00e9 que a resposta anti-terror do Ocidente tem sido tudo menos democr\u00e1tica. Tem sido sobre a expans\u00e3o da vigil\u00e2ncia de pessoas. Temos, mesmo, em alguns pa\u00edses, deten\u00e7\u00f5es sem julgamento. \u00c9 essa a estrat\u00e9gia que devemos, realmente, seguir enquanto aliados ocidentais?JS: Temos de seguir e respeitar os direitos humanos fundamentais e o direito internacional. Mas, ao mesmo tempo, creio que todos entendem que precisamos da pol\u00edcia, dos servi\u00e7os secretos, precisamos dos servi\u00e7os de seguran\u00e7a para sermos capaz de nos proteger contra os terroristas. N\u00e3o vejo qualquer contradi\u00e7\u00e3o no uso desses meios para proteger a nossa sociedade aberta e ao mesmo tempo ser a favor de uma sociedade aberta, pois esse \u00e9, realmente, o meio que temos para proteger as nossas sociedades abertas e democr\u00e1ticas.e: Os europeus v\u00e3o lutar ao lado do EIIL porqu\u00ea? Qual \u00e9 a atra\u00e7\u00e3o para estas pessoas?JS: Creio que \u00e9 muito dif\u00edcil entender que algumas pessoas estejam dispostas a ir lutar por uma organiza\u00e7\u00e3o t\u00e3o b\u00e1rbara e respons\u00e1vel \u200b\u200bpor tantas atrocidades. Isso s\u00f3 sublinha a seriedade com que temos que olhar para a amea\u00e7a de grupo Estado Isl\u00e2mico. 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Jens Stoltenberg: "'É muito difícil entender que algumas pessoas estejam dispostas a ir lutar por uma organização tão bárbara (EIIL)"

Jens Stoltenberg: "'É muito difícil entender que algumas pessoas estejam dispostas a ir lutar por uma organização tão bárbara (EIIL)"
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Jens Stoltenberg é o antigo primeiro-ministro da Noruega. Um pacifista que protestou em frente à embaixada dos Estados Unidos da América em Oslo, contra a guerra do Vietname. Agora lidera a aliança militar mais poderosa do mundo. Assumiu o cargo a 1 de outubro. Comigo, na sede da NATO em Bruxelas, tenho o secretário-geral para discutir alguns dos desafios que enfrenta

Qual é a sua estratégia para os próximos cinco anos, para esta organização?

Jens Stoltenberg: É manter a NATO forte e ao mesmo tempo manter os nossos vizinhos estáveis e unidos com os nossos parceiros, de modo a sermos capazes de fazer o que for preciso para manter sólido o vínculo entre a Europa e a América do Norte. Tivemos uma grande cimeira da NATO, no início de setembro e chegámos a muitas decisões, relacionadas com o modo de manter a NATO forte. Decidimos, por exemplo, como implementar um Plano de Ação rápida, que é um plano sobre como tornar as nossas forças mais aptas e aumentar as nossas capacidades militares.

e: Uma das grandes questões desta organização é, como sempre, os gastos na defesa, particularmente entre os membros europeus deste clube. O que dizer aos cidadãos europeus que estão tão preocupados, neste momento de austeridade… Com cortes na saúde, na educação, que têm de gastar ainda mais na defesa.

JS: Gostaria de começar por dizer que entendo que estas são decisões e escolhas difíceis mas, ao mesmo tempo, creio que temos de seguir em frente quando há apenas umas semanas concordámos… Todos os chefes de Estado e de Governo decidiram que chegou o momento para pararmos, pelo menos, com os cortes nos gastos e, gradualmente, começar a aumentar os gastos com a defesa, durante a próxima década. O que temos assistido é a NATO a cortar nos gastos com a defesa nos últimos anos, enquanto outros países que nos rodeiam, como a a Rússia, têm aumentado, e muito. Portanto, é tempo para inverter esta tendência.

e: Vamos falar sobre a relação com a Rússia. Quando era o primeiro-ministro da Noruega disse ter tido um bom relacionamento com Vladimir Putin. Ele disse, numa entrevista na última primavera, que tinham uma relação pessoal. Como descreveria o seu relacionamento com o presidente russo?

JS: A Noruega e a Rússia trabalham em conjunto há muitos anos, em diferentes questões. Portanto desenvolvi uma relação de trabalho com os líderes russos.

e: Quando foi a última vez que falou com Putin?

JS: Não me lembro, exatamente, mas houve um telefonema quando eu era primeiro-ministro e encontrei-o em várias ocasiões, nessa altura. Renunciei ao cargo de primeiro-ministro há mais de um ano, então, pelo menos, há mais de um ano. Mas a ideia é que a relação que a Noruega tinha com a Rússia foi baseada na nossa força militar e na nossa adesão à aliança da NATO. Portanto, não há contradição em ser a favor da força militar – uma política previsível, firme – e ao mesmo tempo ser a favor de uma relação mais construtiva com a Rússia.

e: Então, o que é necessário acontecer para que esse relacionamento seja restaurado? As condições?

JS: A Rússia tem de mudar as suas ações. Tem de agir em conformidade com o direito internacional. Tem de agir em conformidade com as suas obrigações internacionais. Isso é algo que temos de ser capazes de estabelecer: relações de cooperação, no futuro.

e: Vamos seguir em frente e falar do grupo Estado Islâmico. Eles estão muito perto da fronteira com a Turquia. O que é que a NATO pode fazer para combater essa ameaça? Parece que a aliança está sentada a assistir, neste momento.

JS: A principal responsabilidade, para a NATO, é proteger todos os aliados. Temos implantado mísseis “Patriot” na Turquia para protegermos o país… Para ajudá-los a protegerem-se de quaisquer repercussões da violência, dos conflitos que temos assistido na Síria e agora, também, no Iraque. Nós, claro, defendemo-los. Além disso, concordámos, na cimeira no País de Gales, que estamos prontos para ajudar o Iraque a melhorar e a aumentar as suas forças de segurança, para torná-las mais capazes de se defender. Além disso, também cooperamos no que diz respeito ao retorno dos combatentes a casa, numa troca de informações, de modo a sermos capazes de evitar que eles representem uma ameaça, no que toca ao risco de ataques terroristas nos nossos próprios países.

e: Mencionou a questão dos combatentes estrangeiros… Você tocou corações e mentes de todo o mundo com uma resposta digna ao massacre de Breivik. Há apenas três anos disse, em Oslo, que a resposta correta é “mais abertura, mais democracia.” Então, em que é que isso difere no relacionamento com estes combatentes estrangeiros? Será essa a mesma estratégia que devemos usar?

JS: É fundamental que defendamos os nossos ideais, pois é a sociedade aberta, a sociedade democrática que eles estão a atacar. O que devemos fazer, cada vez que somos ameaçados por terroristas, é defender os valores fundamentais da nossa sociedade, as sociedades democráticas abertas. Mas, é claro, além disso, precisamos de cooperação policial, precisamos da cooperação dos serviços secretos. Temos de nos defender e isso é algo em que a NATO está a trabalhar. Mas, claro, quando se trata de atividades de contraterrorismo, não se trata apenas de uma questão militar, envolve, também, a polícia e os serviços secretos por isso, há muitos serviços, nos nossos países, que estão a trabalhar em conjunto de modo a podermos lutar contra os terroristas e, também, contra os riscos ligados ao regresso a casa de combatentes estrangeiros.

e: A minha questão é que a resposta anti-terror do Ocidente tem sido tudo menos democrática. Tem sido sobre a expansão da vigilância de pessoas. Temos, mesmo, em alguns países, detenções sem julgamento. É essa a estratégia que devemos, realmente, seguir enquanto aliados ocidentais?

JS: Temos de seguir e respeitar os direitos humanos fundamentais e o direito internacional. Mas, ao mesmo tempo, creio que todos entendem que precisamos da polícia, dos serviços secretos, precisamos dos serviços de segurança para sermos capaz de nos proteger contra os terroristas. Não vejo qualquer contradição no uso desses meios para proteger a nossa sociedade aberta e ao mesmo tempo ser a favor de uma sociedade aberta, pois esse é, realmente, o meio que temos para proteger as nossas sociedades abertas e democráticas.

e: Os europeus vão lutar ao lado do EIIL porquê? Qual é a atração para estas pessoas?

JS: Creio que é muito difícil entender que algumas pessoas estejam dispostas a ir lutar por uma organização tão bárbara e responsável ​​por tantas atrocidades. Isso só sublinha a seriedade com que temos que olhar para a ameaça de grupo Estado Islâmico. Por isso também me congratulo com as operações militares que os Estados Unidos, outros aliados da NATO, e os parceiros regionais estão agora a realizar para combater o EIIL.

e: Com tantos civis mortos, isso não poderá ser uma ferramenta de recrutamento para o grupo?

JS: Temos de lutar contra isso e é isso que os Estados Unidos, outros aliados, e parceiros regionais estão a fazer. Congratulo-me por isso.

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