{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2014/09/23/ban-ki-moon-o-aquecimento-global-e-a-questao-crucial-dos-nossos-tempos" }, "headline": "Ban Ki-moon: O aquecimento global \u00e9 \u0022a quest\u00e3o crucial dos nossos tempos\u0022", "description": "Ban Ki-moon: O aquecimento global \u00e9 \u0022a quest\u00e3o crucial dos nossos tempos\u0022", "articleBody": "Neste momento existe uma s\u00e9rie de crises globais: guerra, terrorismo, doen\u00e7as e altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas \u00e9 um quadro preocupante. Os l\u00edderes mundiais est\u00e3o em Nova Iorque, para uma cimeira das altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas da Assembleia Geral das Na\u00e7\u00f5es Unidas com estes assuntos na agenda. Fal\u00e1mos com o Secret\u00e1rio Ban Ki-moon.euronews: O mundo parece um local assustador neste momento, a ess\u00eancia da ONU \u00e9 manter a paz e a seguran\u00e7a, tem a sensa\u00e7\u00e3o que as coisas est\u00e3o a ficar fora de controlo?Ban Ki-moon: A ONU \u00e9 l\u00edder na luta contra todos os desafios, como o Estado Isl\u00e2mico, o terrorismo e o surto de \u00c9bola na \u00c1frica Ocidental. \u00c9 claro que existem muitas outras situa\u00e7\u00f5es no Sud\u00e3o do Sul, na Rep\u00fablica Centro Africana, L\u00edbia e Som\u00e1lia\u2026 Parece que estamos a viver num mundo com m\u00faltiplas crises, mas quando o mundo est\u00e1 unido, conseguimos lidar com elas. \u00c9 bom e encorajador que muitos l\u00edderes mundiais venham \u00e0 Assembleia Geral da ONU. Este \u00e9 o momento certo. Devem demonstrar a sua lideran\u00e7a. A unidade de prop\u00f3sito \u00e9 muito importante.Ban Ki-moon vai a metade do segundo mandato enquanto Secret\u00e1rio-Geral das Na\u00e7\u00f5es UnidasO aquecimento global \u00e9 uma quest\u00e3o fundamental para Ban Ki-moon que a descreveu como sendo: \u0022a quest\u00e3o crucial dos nossos tempos\u0022 Sucedeu a Kofi Annan em 2007 e \u00e9 o oitavo Secret\u00e1rio-Geral das Na\u00e7\u00f5es Unidas Ban Ki-moon \u00e9 da Coreia do Sul e um diplomata de carreira Nasceu no dia 13 de junho, 1944euronews: Pedimos ao nosso p\u00fablico geral e on-line, para se envolver nesta entrevista e recebemos centenas de perguntas. Recebemos esta pergunta de Dominik Gora: consegue identificar a maior amea\u00e7a neste momento?Ban Ki-moon: Esta Assembleia Geral tem tr\u00eas quest\u00f5es importantes. Primeiro, o Estado Isl\u00e2mico, o terrorismo \u00e9 uma amea\u00e7a para toda a humanidade. Temos de enfrentar isto juntos com forte unidade e solidariedade. Em segundo lugar, as altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas, esta \u00e9 uma quest\u00e3o crucial. Temos de a enfrentar e manter o aumento da temperatura abaixo dos 2 graus cent\u00edgrados. Caso contr\u00e1rio, se n\u00e3o tomarmos medidas agora, vamos pagar um pre\u00e7o muito mais alto e mais um surto de \u00c9bola na \u00c1frica Ocidental. Estas s\u00e3o as tr\u00eas quest\u00f5es mais cr\u00edticas, importantes e graves, que exigem medidas urgentes e a mobiliza\u00e7\u00e3o de recursos e de vontade pol\u00edtica, \u00e9 por isso que estamos reunidos aqui hoje.euronews: O Presidente dos EUA, Barack Obama, disse que pode usar a Assembleia Geral para reunir mais pessoas na luta contra o Estado Isl\u00e2mico. Pretende e o a citar: degradar e destruir este grupo. Acha que \u00e9 poss\u00edvel destruir um grupo como o Estado Isl\u00e2mico.Ban Ki-moon: Precisamos de apoio incondicional e solidariedade concertada para enfrentar e combater este terrorismo, por isso temos de mobilizar todos os recursos. Agrade\u00e7o ao presidente Obama, aos l\u00edderes da Europa Ocidental, como a Fran\u00e7a, Reino Unido ou a Austr\u00e1lia, que est\u00e3o dispostos a fornecer meios e muitos outros pa\u00edses tamb\u00e9m est\u00e3o dispostos a fazer isso. Se n\u00e3o, receio que este elemento terrorista se v\u00e1 espalhar por todo o mundo.euronews: Estaria disposto a negociar com o Estado Isl\u00e2mico, sendo voc\u00ea o diplomata dos diplomatas?Ban Ki-moon: Temos assistido \u00e0 barb\u00e1rie, ao comportamento tr\u00e1gico, inaceit\u00e1vel da decapita\u00e7\u00e3o ou da brutalidade. Temos de resolver esta quest\u00e3o primeiro. Tem de haver grande for\u00e7a de vontade da comunidade internacional, para que este elemento terrorista nunca seja permitido.euronews: A estrat\u00e9gia \u00e9 complicada quando se enfrenta um grupo como o IS. Ainda se sente dentro da sua zona de conforto, quando vemos uma coliga\u00e7\u00e3o que mant\u00e9m uma miss\u00e3o militar no Iraque, sem o apoio da ONU?Ban Ki-moon: Como princ\u00edpio, os meios militares n\u00e3o s\u00e3o o \u00fanico recurso. Como vimos nestes quatro anos de crise na s\u00edria. Esta trag\u00e9dia s\u00edria foi o terreno perfeito para o terrorismo, para se enra\u00edzar l\u00e1. \u00c9 uma situa\u00e7\u00e3o muito perigosa, espera-se que os l\u00edderes mundiais, de qualquer pa\u00eds, que cheguem \u00e0s pessoas e que se concentrem no que t\u00eam a dizer. Em quais s\u00e3o os seus desafios, queixas e aspira\u00e7\u00f5es.euronews: Mas apoia a campanha de bombardeamento no Iraque, que est\u00e1 a ser conduzida pelos EUA e pela Fran\u00e7a\u2026Ban Ki-moon: Apoiei as opera\u00e7\u00f5es militares no Iraque, levadas a cabo a pedido do governo iraquiano. Isso, apoiei. Claro que \u00e9 preciso a solidariedade de todos os pa\u00edses que t\u00eam meios e vontade para resolver esta quest\u00e3o. Porque esta \u00e9 amea\u00e7a comum contra a humanidade.euronews: E sobre a S\u00edria? Como se lida com a S\u00edria? Porque a estrat\u00e9gia n\u00e3o \u00e9 muito clara. Sergey Lavrov, o ministro dos Neg\u00f3cios Estrangeiros russo e vou cit\u00e1-lo: \u201ca S\u00edria e o Ir\u00e3o s\u00e3o os nossos aliados naturais nesta luta\u201d. Concorda com ele?Ban Ki-moon: \u00c9 encorajador ver que existe um aumento do consenso na comunidade internacional, que devem resolver o terrorismo de alguma forma\u2026euronews: Ser\u00e1 que a S\u00edria e o Ir\u00e3o se devem envolver mais?Ban Ki-moon: Os Estados membros do Conselho de Seguran\u00e7a est\u00e3o envolvidos ativamente em discutir sobre as v\u00e1rias op\u00e7\u00f5es, em como resolver esta quest\u00e3o e em como agir na S\u00edria\u2026euronews: Mas uma resolu\u00e7\u00e3o seria praticamente imposs\u00edvel ao n\u00edvel do Conselho de Seguran\u00e7a\u2026Ban Ki-moon: O Conselho de Seguran\u00e7a, sob a presid\u00eancia do Presidente Obama vai tratar estas quest\u00f5es, problemas internacionais, quest\u00f5es de terrorismo\u2026 Espero que o Conselho de Seguran\u00e7a esteja unido, para encontrar uma boa solu\u00e7\u00e3o para esta quest\u00e3o.euronews: Acha que Bashar Al-Assad, o Presidente da S\u00edria, se pode tornar um aliado nesta luta?Ban Ki-moon: Esta situa\u00e7\u00e3o \u00e9 uma consequ\u00eancia da situa\u00e7\u00e3o na S\u00edria. N\u00e3o \u00e9 a causa, isso ele deve entender. Ele tamb\u00e9m deve fazer tudo o que puder para combater o terrorismo. Neste sentido, existe uma coliga\u00e7\u00e3o cada vez maior na comunidade internacional\u2026euronews: Ser\u00e1 que ele poderia fazer parte desta alian\u00e7a?Ban Ki-moon: \u00c9 algo que tenho que avaliar, quais s\u00e3o as op\u00e7\u00f5es\u2026euronews: Os par\u00e2metros de guerra parecem estar a desintegrar-se moralmente, como mencionou assistimos a decapita\u00e7\u00f5es, mas as crian\u00e7as tamb\u00e9m s\u00e3o cada vez mais vistas como um alvo. N\u00e3o s\u00f3 no Iraque, mas na S\u00edria e tamb\u00e9m no recente conflito entre israelitas e palestinianos, o que apelidou de ultraje moral. Os par\u00e2metros de guerra est\u00e3o a mudar; \u00e9 esta a face da guerra moderna?Ban Ki-moon: H\u00e1 uma indigna\u00e7\u00e3o moral e temos a declara\u00e7\u00e3o universal dos direitos humanos, n\u00e3o \u00e9 que n\u00e3o tenhamos todas essas diretrizes e princ\u00edpios. S\u00e3o as pessoas que n\u00e3o os respeitam. A menos que a comunidade internacional esteja totalmente unida, e deve haver um di\u00e1logo conjunto entre l\u00edderes religiosos, pol\u00edticos e l\u00edderes da sociedade civil, deve haver uma mensagem muito clara, vinda de todas as pessoas do mundo, para que ou\u00e7am esta mensagem.euronews: Mas a ideologia \u00e9 t\u00e3o poderosa, se voltarmos, brevemente, \u00e0 S\u00edria e ao Estado isl\u00e2mico, a ideologia \u00e9 t\u00e3o poderosa que vemos jovens a \u200b\u200bjuntar-se a este grupo em massa. N\u00e3o est\u00e3o a ouvir essa mensagem. Como se combate isto?Ban Ki-moon: Estou preocupado com este tipo de ideologia ou cren\u00e7a que determina a cren\u00e7a de outras pessoas -isso \u00e9 absolutamente inaceit\u00e1vel. Podemos n\u00e3o conseguir de a erradicar do dia para a noite, \u00e9 por isso que assumimos uma posi\u00e7\u00e3o firme, esperamos que os l\u00edderes mundiais exer\u00e7am a sua lideran\u00e7a de forma mais abrangente, ouvindo a voz das pessoas e evitando potenciais fontes de conflito \u2013 s\u00e3o queixas partilhadas pelas pessoas. \u00c9 algo muito importante, por isso a minha mensagem sempre foi muito consistente e forte: ouvir com aten\u00e7\u00e3o a voz do povo. \u00c9 por isso que temos visto tantos conflitos internos.euronews: Mencionei brevemente o conflito israelo-palestiniano, os dois lados parecem mais afastados do que nunca, acha que dentro do seu mandato, que termina em dezembro de 2016, que \u00e9 poss\u00edvel um acordo de paz?Ban Ki-moon: \u00c9 encorajador que este cessar-fogo esteja a ser cumprido. Mas \u00e9 muito fr\u00e1gil. \u00c9 por isso que estamos a trabalhar arduamente e em conversa\u00e7\u00e3o com os l\u00edderes de todos os lados. Eles identificaram as quest\u00f5es subjacentes, os problemas de raiz fundamentais dessas quest\u00f5es. Se n\u00e3o abordarem as causas, o cessar-fogo pode ser apenas tempor\u00e1rio, pode voltar a criar o ambiente para outra onda de viol\u00eancia.euronews: Acontece a cada 2 ou 3 anos\u2026Ban Ki-moon: \u00c9 algo muito triste, por isso tenho vindo a apelar aos l\u00edderes dos dois lados para se sentarem e j\u00e1 identificaram os problemas. \u00c9 uma quest\u00e3o de conseguirmos ser flex\u00edveis, comprometidos com a vis\u00e3o de um futuro melhor.euronews: Est\u00e1 optimista em rela\u00e7\u00e3o a isto?Ban Ki-moon: Bem, trabalho sempre com otimismo. Como secret\u00e1rio-geral tenho de enviar uma mensagem de esperan\u00e7a e otimismo constantemente. \u00c9 claro que estamos empenhados em reconstruir Gaza \u2026.euronews: A reconstru\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 o verdadeiro problema\u2026Ban Ki-moon: Se a reconstru\u00e7\u00e3o for feita sem uma base s\u00f3lida de uma solu\u00e7\u00e3o pol\u00edtica \u00e9 in\u00fatil, como vimos. Em 2009, houve uma s\u00e9rie de destrui\u00e7\u00f5es e reconstru\u00edmo-las, foram destru\u00eddas novamente em 2012, foram constantemente destru\u00eddas. \u00c9 por isso que eu digo que n\u00e3o podemos continuar assim, a construir e a destruir\u2026 Esta deve ser a \u00faltima vez que constru\u00edmos, estamos prontos para construir, mas deve haver uma solu\u00e7\u00e3o pol\u00edtica.euronews: E essa solu\u00e7\u00e3o deve vir ao n\u00edvel do Conselho de Seguran\u00e7a da ONU, deve ser extremamente frustrante para si que 5 na\u00e7\u00f5es com poder de veto, muitas vezes exer\u00e7am o seu poder de veto em benef\u00edcio pr\u00f3prio. Recebemos esta pergunta de Kary Ma: \u201cSer\u00e1 que a ONU tem uma voz, confrontada com estes pa\u00edses das Na\u00e7\u00f5es Unidas com poder de veto?Ban Ki-moon: Claro. As Na\u00e7\u00f5es Unidas t\u00eam estado profundamente envolvidas nessa situa\u00e7\u00e3o. Eu e o Sec. Kerry dos EUA, temos tentado um cessar-fogo, juntamente com alguns pa\u00edses-chave como o Egito, e h\u00e1 muitos pa\u00edses que t\u00eam ajudado. Tudo isto deve ser tratado atrav\u00e9s do di\u00e1logo pol\u00edtico.euronews: Deve ser frustrante\u2026Ban Ki-moon: Claro que \u00e9 frustrante, mas \u00e9 encorajador saber que os membros do Conselho de Seguran\u00e7a est\u00e3o a discutir ativamente a possibilidade de adaptar uma resolu\u00e7\u00e3o no Conselho de Seguran\u00e7a, para, antes de mais, ajudar a reconstruir Gaza, bem como para garantir mecanismos de acompanhamento eficazes, para este cessar-fogo.euronews: Vamos olhar rapidamente para a situa\u00e7\u00e3o na Ucr\u00e2nia antes de falarmos das altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas. A Ucr\u00e2nia tem uma tentativa e enfatizo a palavra \u201ctentativa\u201d de cessar-fogo. Est\u00e1 satisfeito com a situa\u00e7\u00e3o na Ucr\u00e2nia?Ban Ki-moon: Estou confiante porque este cessar-fogo, com base no protocolo de Minsk, se esteja a prolongar, embora tenhamos visto epis\u00f3dios de viol\u00eancia espor\u00e1dica e o envio de alguma ajuda humanit\u00e1ria. A ONU tem ajudado, desde o in\u00edcio, a que a Ucr\u00e2nia e os l\u00edderes russos se sentem juntos. Sinto-me confiante que estejam a falar e a trocar telefonemas e tenho-os encorajado continuamente a faz\u00ea-lo.euronews: A perda da Crimeia, ser\u00e1 esse o pre\u00e7o da paz, acha que a Ucr\u00e2nia vai recuperar Crimeia?Ban Ki-moon: J\u00e1 deixei bem clara a nossa posi\u00e7\u00e3o que a integridade territorial e a soberania dos nossos pa\u00edses devem ser plenamente respeitadas, em conformidade com a Carta das Na\u00e7\u00f5es Unidas. Volto a apelar os l\u00edderes da Ucr\u00e2nia e da R\u00fassia para se sentarem a discutir o assunto com sinceridade.A paz e a seguran\u00e7a n\u00e3o s\u00f3 da Ucr\u00e2nia, mas na regi\u00e3o, tem uma implica\u00e7\u00e3o muito maior do que a n\u00edvel nacional e regional.Tem uma implica\u00e7\u00e3o global, pode afetar a seguran\u00e7a pol\u00edtica, mas tamb\u00e9m a economia global.euronews: Outro problema que pode afetar a economia global, sendo uma quest\u00e3o que lhe \u00e9 muito pr\u00f3xima, s\u00e3o as Altera\u00e7\u00f5es Clim\u00e1ticas. Descreveu-a como a quest\u00e3o crucial do nosso tempo, ouvimos vezes sem conta que \u00e9 uma altura limite. Enea Egoli pergunta, ao secret\u00e1rio-geral, se ainda podemos reverter as altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas.Ban Ki-moon: Podemos, se agirmos agora. Esta cimeira \u00e9 quase a \u00faltima oportunidade para que os l\u00edderes mundiais, empresariais e da sociedade civil se comprometam. Primeiro para conter a subida da temperatura global, para que fique abaixo de 2 graus cent\u00edgrados e para cortar as emiss\u00f5es, proporcionalmente ao nosso padr\u00e3o do aumento global de temperatura em 2 graus e para mobilizar o mercado e as finan\u00e7as a apoiar a adapta\u00e7\u00e3o de muitos pa\u00edses em desenvolvimento que n\u00e3o t\u00eam capacidade, todos devem estar a bordo nesta causa.euronews: Todos devem estar a bordo e a realiza\u00e7\u00e3o desta cimeira \u00e9 uma grande conquista, mas deve estar desapontado com a n\u00e3o participa\u00e7\u00e3o dos l\u00edderes da \u00cdndia, China e da R\u00fassia.Ban Ki-moon: Tenho vindo a discutir este assunto em profundidade, com o l\u00edder chin\u00eas e tamb\u00e9m com os l\u00edderes indianos. Devido a um conflito de agenda \u00e9 imposs\u00edvel estarem presentes em pessoa. Mas a China est\u00e1 representada com um cargo elevado, pelo n\u00famero 3, da sua hierarquia pol\u00edtica.euronews: Mas n\u00e3o estar\u00e1 a enviar a mensagem errada?Ban Ki-moon: O Primeiro Ministro indiano vai estar presente, mesmo que n\u00e3o participe na cimeira, chega no dia 27, para falar com a Assembleia Geral. Espero que comprometa o governo indiano nesta meta ambiciosa.euronews: Por vezes deve sentir-se desolado, porque tem sido uma grande batalha, para chegar onde est\u00e1 agora, mas ainda h\u00e1 muitas barreiras para ultraar\u2026Ban Ki-moon: \u00c9 claro, h\u00e1 muitas barreiras para atravessar, mas temos um tempo muito limitado. Sinto-me encorajado, com a participa\u00e7\u00e3o da maior parte dos l\u00edderes mundiais, mais de 125, entre Primeiros Ministros, Chefes de Estado e Reis. Juntamente com Ministros dos Neg\u00f3cios Estrangeiros e Ministros do Ambiente. Esta \u00e9 a maior reuni\u00e3o de sempre. Assim como a marcha do clima, em Nova York\u2026euronews: \u00c9 in\u00e9dito que se junte a esta marcha\u2026Ban Ki-moon: Algo sem precedentes para um Sec Geral da ONU, que se junta \u00e0 multid\u00e3o de muitos milhares de pessoas, assumindo uma posi\u00e7\u00e3o de for\u00e7a.euronews: Qual \u00e9 a sua mensagem, se lhe pedir uma mensagem curta: tem o megafone na m\u00e3o \u2013 qual a sua mensagem \u00e0 medida que percorre as ruas de Nova Iorque?Ban Ki-moon: Agir de imediato. Se n\u00e3o o fizermos agora, vamos pagar um pre\u00e7o mais elevado. Este \u00e9 o nosso mundo e este planeta Terra est\u00e1 a ser destru\u00eddo neste momento. Em nome da prosperidade, devemos deixar o planeta Terra em bom estado ambiental, social e econ\u00f3mico. Este \u00e9 o nosso mundo e o das gera\u00e7\u00f5es seguintes. 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Ban Ki-moon: O aquecimento global é "a questão crucial dos nossos tempos"

Ban Ki-moon: O aquecimento global é "a questão crucial dos nossos tempos"
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Neste momento existe uma série de crises globais: guerra, terrorismo, doenças e alterações climáticas é um quadro preocupante. Os líderes mundiais estão em Nova Iorque, para uma cimeira das alterações climáticas da Assembleia Geral das Nações Unidas com estes assuntos na agenda. Falámos com o Secretário Ban Ki-moon.

euronews: O mundo parece um local assustador neste momento, a essência da ONU é manter a paz e a segurança, tem a sensação que as coisas estão a ficar fora de controlo?

Ban Ki-moon: A ONU é líder na luta contra todos os desafios, como o Estado Islâmico, o terrorismo e o surto de Ébola na África Ocidental. É claro que existem muitas outras situações no Sudão do Sul, na República Centro Africana, Líbia e Somália… Parece que estamos a viver num mundo com múltiplas crises, mas quando o mundo está unido, conseguimos lidar com elas. É bom e encorajador que muitos líderes mundiais venham à Assembleia Geral da ONU. Este é o momento certo. Devem demonstrar a sua liderança. A unidade de propósito é muito importante.

  • Ban Ki-moon vai a metade do segundo mandato enquanto Secretário-Geral das Nações Unidas
  • O aquecimento global é uma questão fundamental para Ban Ki-moon que a descreveu como sendo: "a questão crucial dos nossos tempos"
  • Sucedeu a Kofi Annan em 2007 e é o oitavo Secretário-Geral das Nações Unidas
  • Ban Ki-moon é da Coreia do Sul e um diplomata de carreira
  • Nasceu no dia 13 de junho, 1944

euronews: Pedimos ao nosso público geral e on-line, para se envolver nesta entrevista e recebemos centenas de perguntas. Recebemos esta pergunta de Dominik Gora: consegue identificar a maior ameaça neste momento?

Ban Ki-moon: Esta Assembleia Geral tem três questões importantes. Primeiro, o Estado Islâmico, o terrorismo é uma ameaça para toda a humanidade. Temos de enfrentar isto juntos com forte unidade e solidariedade. Em segundo lugar, as alterações climáticas, esta é uma questão crucial. Temos de a enfrentar e manter o aumento da temperatura abaixo dos 2 graus centígrados. Caso contrário, se não tomarmos medidas agora, vamos pagar um preço muito mais alto e mais um surto de Ébola na África Ocidental. Estas são as três questões mais críticas, importantes e graves, que exigem medidas urgentes e a mobilização de recursos e de vontade política, é por isso que estamos reunidos aqui hoje.

euronews: O Presidente dos EUA, Barack Obama, disse que pode usar a Assembleia Geral para reunir mais pessoas na luta contra o Estado Islâmico. Pretende e o a citar: degradar e destruir este grupo. Acha que é possível destruir um grupo como o Estado Islâmico.

Ban Ki-moon: Precisamos de apoio incondicional e solidariedade concertada para enfrentar e combater este terrorismo, por isso temos de mobilizar todos os recursos. Agradeço ao presidente Obama, aos líderes da Europa Ocidental, como a França, Reino Unido ou a Austrália, que estão dispostos a fornecer meios e muitos outros países também estão dispostos a fazer isso. Se não, receio que este elemento terrorista se vá espalhar por todo o mundo.

euronews: Estaria disposto a negociar com o Estado Islâmico, sendo você o diplomata dos diplomatas?

Ban Ki-moon: Temos assistido à barbárie, ao comportamento trágico, inaceitável da decapitação ou da brutalidade. Temos de resolver esta questão primeiro. Tem de haver grande força de vontade da comunidade internacional, para que este elemento terrorista nunca seja permitido.

euronews: A estratégia é complicada quando se enfrenta um grupo como o IS. Ainda se sente dentro da sua zona de conforto, quando vemos uma coligação que mantém uma missão militar no Iraque, sem o apoio da ONU?

Ban Ki-moon: Como princípio, os meios militares não são o único recurso. Como vimos nestes quatro anos de crise na síria. Esta tragédia síria foi o terreno perfeito para o terrorismo, para se enraízar lá. É uma situação muito perigosa, espera-se que os líderes mundiais, de qualquer país, que cheguem às pessoas e que se concentrem no que têm a dizer. Em quais são os seus desafios, queixas e aspirações.

euronews: Mas apoia a campanha de bombardeamento no Iraque, que está a ser conduzida pelos EUA e pela França…

Ban Ki-moon: Apoiei as operações militares no Iraque, levadas a cabo a pedido do governo iraquiano. Isso, apoiei. Claro que é preciso a solidariedade de todos os países que têm meios e vontade para resolver esta questão. Porque esta é ameaça comum contra a humanidade.

euronews: E sobre a Síria? Como se lida com a Síria? Porque a estratégia não é muito clara. Sergey Lavrov, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo e vou citá-lo: “a Síria e o Irão são os nossos aliados naturais nesta luta”. Concorda com ele?

Ban Ki-moon: É encorajador ver que existe um aumento do consenso na comunidade internacional, que devem resolver o terrorismo de alguma forma…

euronews: Será que a Síria e o Irão se devem envolver mais?

Ban Ki-moon: Os Estados membros do Conselho de Segurança estão envolvidos ativamente em discutir sobre as várias opções, em como resolver esta questão e em como agir na Síria…

euronews: Mas uma resolução seria praticamente impossível ao nível do Conselho de Segurança…

Ban Ki-moon: O Conselho de Segurança, sob a presidência do Presidente Obama vai tratar estas questões, problemas internacionais, questões de terrorismo… Espero que o Conselho de Segurança esteja unido, para encontrar uma boa solução para esta questão.

euronews: Acha que Bashar Al-Assad, o Presidente da Síria, se pode tornar um aliado nesta luta?

Ban Ki-moon: Esta situação é uma consequência da situação na Síria. Não é a causa, isso ele deve entender. Ele também deve fazer tudo o que puder para combater o terrorismo. Neste sentido, existe uma coligação cada vez maior na comunidade internacional…

euronews: Será que ele poderia fazer parte desta aliança?

Ban Ki-moon: É algo que tenho que avaliar, quais são as opções…

euronews: Os parâmetros de guerra parecem estar a desintegrar-se moralmente, como mencionou assistimos a decapitações, mas as crianças também são cada vez mais vistas como um alvo. Não só no Iraque, mas na Síria e também no recente conflito entre israelitas e palestinianos, o que apelidou de ultraje moral. Os parâmetros de guerra estão a mudar; é esta a face da guerra moderna?

Ban Ki-moon: Há uma indignação moral e temos a declaração universal dos direitos humanos, não é que não tenhamos todas essas diretrizes e princípios. São as pessoas que não os respeitam. A menos que a comunidade internacional esteja totalmente unida, e deve haver um diálogo conjunto entre líderes religiosos, políticos e líderes da sociedade civil, deve haver uma mensagem muito clara, vinda de todas as pessoas do mundo, para que ouçam esta mensagem.

euronews: Mas a ideologia é tão poderosa, se voltarmos, brevemente, à Síria e ao Estado islâmico, a ideologia é tão poderosa que vemos jovens a ​​juntar-se a este grupo em massa. Não estão a ouvir essa mensagem. Como se combate isto?

Ban Ki-moon: Estou preocupado com este tipo de ideologia ou crença que determina a crença de outras pessoas -isso é absolutamente inaceitável. Podemos não conseguir de a erradicar do dia para a noite, é por isso que assumimos uma posição firme, esperamos que os líderes mundiais exerçam a sua liderança de forma mais abrangente, ouvindo a voz das pessoas e evitando potenciais fontes de conflito – são queixas partilhadas pelas pessoas. É algo muito importante, por isso a minha mensagem sempre foi muito consistente e forte: ouvir com atenção a voz do povo. É por isso que temos visto tantos conflitos internos.

euronews: Mencionei brevemente o conflito israelo-palestiniano, os dois lados parecem mais afastados do que nunca, acha que dentro do seu mandato, que termina em dezembro de 2016, que é possível um acordo de paz?

Ban Ki-moon: É encorajador que este cessar-fogo esteja a ser cumprido. Mas é muito frágil. É por isso que estamos a trabalhar arduamente e em conversação com os líderes de todos os lados. Eles identificaram as questões subjacentes, os problemas de raiz fundamentais dessas questões. Se não abordarem as causas, o cessar-fogo pode ser apenas temporário, pode voltar a criar o ambiente para outra onda de violência.

euronews: Acontece a cada 2 ou 3 anos…

Ban Ki-moon: É algo muito triste, por isso tenho vindo a apelar aos líderes dos dois lados para se sentarem e já identificaram os problemas. É uma questão de conseguirmos ser flexíveis, comprometidos com a visão de um futuro melhor.

euronews: Está optimista em relação a isto?

Ban Ki-moon: Bem, trabalho sempre com otimismo. Como secretário-geral tenho de enviar uma mensagem de esperança e otimismo constantemente. É claro que estamos empenhados em reconstruir Gaza ….

euronews: A reconstrução não é o verdadeiro problema…

Ban Ki-moon: Se a reconstrução for feita sem uma base sólida de uma solução política é inútil, como vimos. Em 2009, houve uma série de destruições e reconstruímo-las, foram destruídas novamente em 2012, foram constantemente destruídas. É por isso que eu digo que não podemos continuar assim, a construir e a destruir… Esta deve ser a última vez que construímos, estamos prontos para construir, mas deve haver uma solução política.

euronews: E essa solução deve vir ao nível do Conselho de Segurança da ONU, deve ser extremamente frustrante para si que 5 nações com poder de veto, muitas vezes exerçam o seu poder de veto em benefício próprio. Recebemos esta pergunta de Kary Ma: “Será que a ONU tem uma voz, confrontada com estes países das Nações Unidas com poder de veto?

Ban Ki-moon: Claro. As Nações Unidas têm estado profundamente envolvidas nessa situação. Eu e o Sec. Kerry dos EUA, temos tentado um cessar-fogo, juntamente com alguns países-chave como o Egito, e há muitos países que têm ajudado. Tudo isto deve ser tratado através do diálogo político.

euronews: Deve ser frustrante…

Ban Ki-moon: Claro que é frustrante, mas é encorajador saber que os membros do Conselho de Segurança estão a discutir ativamente a possibilidade de adaptar uma resolução no Conselho de Segurança, para, antes de mais, ajudar a reconstruir Gaza, bem como para garantir mecanismos de acompanhamento eficazes, para este cessar-fogo.

euronews: Vamos olhar rapidamente para a situação na Ucrânia antes de falarmos das alterações climáticas. A Ucrânia tem uma tentativa e enfatizo a palavra “tentativa” de cessar-fogo. Está satisfeito com a situação na Ucrânia?

Ban Ki-moon: Estou confiante porque este cessar-fogo, com base no protocolo de Minsk, se esteja a prolongar, embora tenhamos visto episódios de violência esporádica e o envio de alguma ajuda humanitária. A ONU tem ajudado, desde o início, a que a Ucrânia e os líderes russos se sentem juntos. Sinto-me confiante que estejam a falar e a trocar telefonemas e tenho-os encorajado continuamente a fazê-lo.

euronews: A perda da Crimeia, será esse o preço da paz, acha que a Ucrânia vai recuperar Crimeia?

Ban Ki-moon: Já deixei bem clara a nossa posição que a integridade territorial e a soberania dos nossos países devem ser plenamente respeitadas, em conformidade com a Carta das Nações Unidas. Volto a apelar os líderes da Ucrânia e da Rússia para se sentarem a discutir o assunto com sinceridade.

A paz e a segurança não só da Ucrânia, mas na região, tem uma implicação muito maior do que a nível nacional e regional.Tem uma implicação global, pode afetar a segurança política, mas também a economia global.

euronews: Outro problema que pode afetar a economia global, sendo uma questão que lhe é muito próxima, são as Alterações Climáticas. Descreveu-a como a questão crucial do nosso tempo, ouvimos vezes sem conta que é uma altura limite. Enea Egoli pergunta, ao secretário-geral, se ainda podemos reverter as alterações climáticas.

Ban Ki-moon: Podemos, se agirmos agora. Esta cimeira é quase a última oportunidade para que os líderes mundiais, empresariais e da sociedade civil se comprometam. Primeiro para conter a subida da temperatura global, para que fique abaixo de 2 graus centígrados e para cortar as emissões, proporcionalmente ao nosso padrão do aumento global de temperatura em 2 graus e para mobilizar o mercado e as finanças a apoiar a adaptação de muitos países em desenvolvimento que não têm capacidade, todos devem estar a bordo nesta causa.

euronews: Todos devem estar a bordo e a realização desta cimeira é uma grande conquista, mas deve estar desapontado com a não participação dos líderes da Índia, China e da Rússia.

Ban Ki-moon: Tenho vindo a discutir este assunto em profundidade, com o líder chinês e também com os líderes indianos. Devido a um conflito de agenda é impossível estarem presentes em pessoa. Mas a China está representada com um cargo elevado, pelo número 3, da sua hierarquia política.

euronews: Mas não estará a enviar a mensagem errada?

Ban Ki-moon: O Primeiro Ministro indiano vai estar presente, mesmo que não participe na cimeira, chega no dia 27, para falar com a Assembleia Geral. Espero que comprometa o governo indiano nesta meta ambiciosa.

euronews: Por vezes deve sentir-se desolado, porque tem sido uma grande batalha, para chegar onde está agora, mas ainda há muitas barreiras para ultraar…

Ban Ki-moon: É claro, há muitas barreiras para atravessar, mas temos um tempo muito limitado. Sinto-me encorajado, com a participação da maior parte dos líderes mundiais, mais de 125, entre Primeiros Ministros, Chefes de Estado e Reis. Juntamente com Ministros dos Negócios Estrangeiros e Ministros do Ambiente. Esta é a maior reunião de sempre. Assim como a marcha do clima, em Nova York…

euronews: É inédito que se junte a esta marcha…

Ban Ki-moon: Algo sem precedentes para um Sec Geral da ONU, que se junta à multidão de muitos milhares de pessoas, assumindo uma posição de força.

euronews: Qual é a sua mensagem, se lhe pedir uma mensagem curta: tem o megafone na mão – qual a sua mensagem à medida que percorre as ruas de Nova Iorque?

Ban Ki-moon: Agir de imediato. Se não o fizermos agora, vamos pagar um preço mais elevado. Este é o nosso mundo e este planeta Terra está a ser destruído neste momento. Em nome da prosperidade, devemos deixar o planeta Terra em bom estado ambiental, social e económico. Este é o nosso mundo e o das gerações seguintes. Temos uma responsabilidade moral e política.

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