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Juncker vence batalha final para presidência do executivo europeu

Juncker vence batalha final para presidência do executivo europeu
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Jean-Claude Juncker, de 59 anos, foi confirmado como presidente da Comissão Europeia (CE) numa votação, esta terça-feira, no Parlamento Europeu, reunido em Estrasburgo (França).

O ex-primeiro-ministro do Luxemburgo recebeu 422 votos a favor, obtendo a maioria necessária logo à primeira volta.

Os votos contra vieram sobretudo dos eurocéticos, que ocupam cerca de um quarto do hemiciclo.

Um dos eurodeputados mais críticos foi o líder da bancada Europa da Liberdade e da Democracia Direta, o britânico Nigel Farage.

“Jean-Claude Juncker pertence à geração do pós-guerra, que acreditava que a União Europeia (UE) era necessária para evitar que a França e a Alemanha lutassem uma contra a outra. Era um desígnio louvável na época, mas agora está completamente ultraado e a nomeação de Juncker não reflete o fato de que houve um grande aumento de votos nos eurocéticos por toda a Europa”, disse Farage à euronews.

Juncker é oriundo do Partido Popular Europeu, de centro-direita, que ganhou as eleições e que defende uma maior integração da UE.

O novo líder dessa bancada, Manfred Weber, diz que “não se coloca sequer a questão de pedir para trabalhar com os eurocéticos de forma séria, porque eles não querem cooperar connosco. São apenas extremistas que só falam daquilo que estão contra, mas que não defendem nenhuma ideia construtiva”.

A partir de 1 de Novembro, Juncker sucede ao português José Manuel Barroso, que esteve dez anos à frente do executivo.

O presidente chefia uma equipa de comissários vindos dos outros 27 países.

Para analisar em maior detalhe o que se espera da CE e do seu presidente nos próximos cinco anos, a correspondente da euronews em Bruxelas, Fariba Mavaddat entrevistou Andre Sapir, investigador do centro de estudos Brugel.

Fariba Mavaddat/euronews (FM/euronews): “Jean-Claude Juncker fez um discurso muito importante no Parlamento. Vê nesse discurso elementos que revelam Juncker como algo diferente da anterior imagem de pessoa muito rígida?”

Andre Sapir/Brugel (AS/Brugel): “Penso que fez um discurso do género do que seria esperado de um futuro presidente da CE. Foi apresentada uma visão geral do programa político, mas penso que foi um bom discurso. Agora, terá de transformar esta visão geral num programa viável, com ideias concretas para fazer avançar a UE. Penso que há grandes expectativas sobre este novo presidente porque a UE precisa de ter um novo rumo”.

FM/euronews: “Pode mostrar até muita vontade e disponibilidade, mas será que é realista? Até que ponto é possível fazer com que este velho dinossauro que é a UE se mobilize e e leve a cabo estes novos planos?”

AS/Brugel: “A chave está na capacidade de assumir a liderança e de convencer os Estados-membros de que trabalhar em conjunto é muito melhor do que cada um trabalhar isoladamente. Penso que terá de chamar a atenção dos chefes de Estado e de Governo – talvez mesmo em que cada uma das cimeiras – para o estado do mundo em que vivemos, para o facto do poder da Europa estar a diminuir num mundo cada vez mais dominado por potências como a China, Brasil e Índia. Tem de discutir qual é o lugar da Europa no mundo. Penso que chegou a hora da CE e da UE abandonarem esta mentalidade de fechamento nas questões internas. Têm de estar voltadas para o exterior e defenderem o lugar da UE no mundo.”

FM/euronews: “É por isso que, neste momento, se dá grande destaque à política externa, aos serviços diplomáticos. Dada a situação na Ucrânia, e noutras partes do mundo, que política externa deve ser seguida pela nova estrutura da CE?”

AS/Brugel: “Na minha opinião, tendo em conta o papel a desempenhar pela CE sobretudo na área económica, mas também na política externa, é preciso articular as duas vertentes. Essa articulação significaria – certamente na crise entre a Ucrânia e a Rússia, mas também no que toca ao Médio Oriente e ao norte da África -, uma nova política energética. Acho que esse é um elemento chave. A UE foi ficando para trás, mas para o seu próprio bem precisa de um mercado interno bem-sucedido ao nível da energia, tanto por razões de eficiência económica como por razões de política externa. Estamos tão dependentes dos nossos vizinhos que temos de ter uma boa relação política, mas também económica, com esses vizinhos. Penso que um novo plano energético para a UE seria muito importante tanto para as perspetivas de crescimento – já que implica um investimento maciço no setor -, mas também enquanto sinal muito forte da nova política externa.”

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