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Espionagem: NSA monitoriza interesses pornográficos de "radicais" islâmicos

Espionagem: NSA monitoriza interesses pornográficos de "radicais" islâmicos
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A Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos da América tem espionado as visitas a sítios na internet com conteúdos pornográfico de muçulmanos que consideram “suspeitos” de contribuírem para a radicalização de outros cidadãos. De acordo com um documento divulgado pelo portal "The Huffington Post", esta quarta-feira (27), o objetivo da NSA é pôr em causa a credibilidade destes “radicais”, como lhes chamam.

Esta revelação foi feita a partir de documentos obtidos pelo antigo analista informático norte-americano, Edward Snowden, que atualmente se encontra exilado na Rússia. A estratégia de descobrir e expor aspetos da vida privada de personalidades públicas não é recente, mas este documento prova que qualquer cidadão pode ser um potencial alvo de investigação.

De acordo com o “The Huffington Post”, pelo menos seis pessoas, todas muçulmanas, foram alvo de vigilância por parte da NSA, apesar de nenhuma ser considerada terrorista. Os visados são pessoas que escreveram nas redes sociais ou partilharam vídeos no YouTube, com conteúdos que a agência norte-americana considerou que podem influenciar outros a assumir atitudes mais “radicais”.

O portal não revela os nomes das pessoas investigadas mas adianta, com base no relatório da NSA datado de 3 de outubro de 2012, que um deles é um académico que “promove a propaganda da Al-Qaida”. Este defendeu, na internet, que a “‘jihad’ ofensiva é justificável”. A NSA considera-o culpado de “promiscuidade em linha”.

Para a Agência de Segurança Nacional a monitorização é justificada pois pode, assim, acabar com o poder dissuasor destes “radicais”, por meio da destruição da imagem pública.

A NSA considera a estratégica “legítima e louvável”. Em resposta ao artigo do “The Huffington Post”, o diretor de comunicação da agência, Shawn Turner, considera que “não deveria ser surpresa que o governo dos EUA utilize todas as armas legais, de que dispõe, para travar as intenções de terroristas que tentem causar danos à nação.”

Para a União Americana das Liberdades Cívicas a questão não é assim tão clara. O subdiretor jurídico, Jameel Jaffer, questiona qual é o critério utilizado pela Agência de Segurança Nacional para considerar alguém “radical” e sublinha que “a agência está a recolher uma grande quantidade de informação sensível sobre, praticamente, todas as pessoas.”

Esta não é a primeira vez que a Casa Branca manda espionar pessoas com o intuito de descobrir “falhas” que possam ser usadas para as descredibilizar. A União Americana das Liberdades Cívicas recorda a operação Cointelpro, do FBI nos anos 60, e o “Projeto Minarete”, da NSA da década de 70. Jaffer refere que o ado mostra que um “presidente acaba sempre por pedir à NSA que recorra à vigilância para desacreditar opositores políticos, jornalistas ou, mesmo, ativistas dos direitos humanos.”

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