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Ontem cheguei a falar com alguns corredores europeus que estiva aqui. Disseram-me que ainda mant\u00eam os planos de viagem, pois querem permanecer aqui at\u00e9 ao fim de semana e gozar o resto dos dias. Por isso, h\u00e1 um misto de sentimentos.MD: O FBI e chefe da seguran\u00e7a interna finalmente falaram. Dizem que ainda n\u00e3o t\u00eam suspeitos, n\u00e3o sabem se isto \u00e9 o obra de terroristas locais ou estrangeiros. O que \u00e9 que se sabe at\u00e9 agora?SG: \u201cAqui as autoridades est\u00e3o realmente no ponto de partida. Est\u00e3o a lidar com v\u00e1rios assuntos, a analisar v\u00eddeos das c\u00e2maras de vigil\u00e2ncia, fotografias, v\u00eddeos amadores. Est\u00e3o a fazer imensas coisas, mas ao que parece n\u00e3o existe uma pista concreta.MD: Ontem, o presidente Obama alertava contra as conclus\u00f5es precipitadas. Muitos americanos, t\u00ea-las-\u00e3o, compreensivelmente. 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Americanos revivem drama dos atentados

Americanos revivem drama dos atentados
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Pouco mais de quatro horas depois de ser dada a partida da Maratona de Boston, o horror transformou os gritos de incitação à prova em gritos de estupor e choque.
A multidão reunida na linha de chegada preparava a festa de aplausos das famílias dos participantes e dos espetadores, quando duas bombas explodiram.Os atletas que cortavam a meta correram mais depressa, alguns organizadores cairam fulminados, os assistentes fugiram.

O presidente Barack Obama reforçou as medidas de segurança:

“Direcionei todos os recursos do governo federal para ajudar as autoridades locais no auxílio à população. Como é evidente, subimos os níveis de segurança em todos os Estados Unidos, depois do que aconteceu.”

Tanto em Boston como em Washington, Nova Iorque e outras grandes cidades do país, os serviços policiais decretaram o estado de alerta máximo. A Casa Branca fala-se de ato de terrorismo. A emoção e a psicose sacodem, de novo, o país, como se nota pelos testemunhos de diferentes cidadãos:

“Ouvimos a primeira detonação, havia pessoas a irem pelos ares, e depois deu-se outra explosão” .

“Muitas famílias, junto de nós, estavam com os filhos a chorar e a gritar”.

“Foi um estrondo terrível, fortísimo, e depois, o caos absoluto por todo o lado.”

Um caos que leva os norte-americanos numa viagem no tempo, até há 12 anos atrás, com imagens de pânico e desconcerto que a população esperava não reviver.

Foi no dia 11 de setembro de 2001. Os atentados contra as Torres Gémeas, que custaram a vida a três mil pessoas, são os últimos ataques contra os Estados Unidos e os mais traumáticos. Naquela ocasião, a reivindicação vinha do estrangeiro.. O terrorismo islamista reivindicou imediatamente a autoria dos atentados que marcam um antes e um depois à escala mundial.

Antes, o país tinha sido alvo de ataques internos, como em 1995, quando um carro armadilhado explodiu em frente de um edifício federal em Oklahoma, acabando com a vida de 168 pessoas e e provocando 500 feridos.

Timothy McVeigh, simpatizante de milícias e grupúsculos da extrema direita foi declarado culpado. O mesmo movimento foi responsável, um ano depois, pelo atentado durante os Jogos Olímpicos de Atlanta, que causaram dois mortos.

São grupos cada vez mais numerosos que inquietam as autoridades, segundo um relatório publicado em março. Autodominam-se “patriotas”, recrutam crianças e adolescentes, têm um arsenal considerável, são abertamente racistas e, principlamente, são contra o governo de Obama e da legislação que ele pretende fazer aprovar contra o uso de porte de armas.
O correspondente da euronews, Stefen Grobe, constata: “As explosões de Boston, na rua atrás, arrasaram as esperanças dos norte-americanos denão reviver os episódios traumáticos de 9/11. O terror está de regresso à América e no dia seguinte, muitos pensam que este não será o último ataque. “

“Autoridades estão a lidar muitas coisas”

Stefan Grobe, correspondente da Euronews nos Estados Unidos, falou connosco e transmitiu-nos o sentimento vivido na cidade americana e a forma como os americanos estão a encarar mais um ataque terrorista.

Mark Davis, Euronews Lyon: Junta-se a nós, a partir dos Estados Unidos, o nosso correspondente Stefan Grobe, que está em Boston à entrada para a Rua Boylston onde ocorreram as explosões.

Stefan, qual é a atmosfera na baixa de Boston? O que está a acontecer?

Stefan Grobe, Euronews Boston: Bom, Mark é uma atmosfera muito, muito estranha. Por um lado a cidade continua ainda em choque, mas por outro, como podem ver atrás de mim, há sinais do que aparenta ser uma atividade normal.

Muitos atletas estão ainda em Boston. Ontem cheguei a falar com alguns corredores europeus que estiva aqui. Disseram-me que ainda mantêm os planos de viagem, pois querem permanecer aqui até ao fim de semana e gozar o resto dos dias. Por isso, há um misto de sentimentos.

MD: O FBI e chefe da segurança interna finalmente falaram. Dizem que ainda não têm suspeitos, não sabem se isto é o obra de terroristas locais ou estrangeiros. O que é que se sabe até agora?

SG: “Aqui as autoridades estão realmente no ponto de partida. Estão a lidar com vários assuntos, a analisar vídeos das câmaras de vigilância, fotografias, vídeos amadores. Estão a fazer imensas coisas, mas ao que parece não existe uma pista concreta.

MD: Ontem, o presidente Obama alertava contra as conclusões precipitadas. Muitos americanos, tê-las-ão, compreensivelmente. O que é mais assustador para os americanos, a ameaça estrangeira ou doméstica?

SG: “Bom, essa é a questão da lotaria. É muito difícil dizer o que é pior para os americanos. Se é um ataque relacionado com a Al-Qaida ou se é um ataque realizado por um terrorista americano, local. O que me vem à cabeça, claro, são os atentados de Oklahoma em 1995 que foram um grande choque para os americanos. Por outro lado, todos conhecemos a tragédia do 11 de setembro. E os americanos pensavam que esses dias já tinham ado, que em 10 anos uma certa normalidade já tinha regressado. Agora estão a perceber que o terror está de volta e os tempos difíceis, os pensamentos difíceis estão de regresso. Por isso, é muito, muito difícil dizer o que vai na alma dos americanos, pelo menos entre ataque estrangeiro ou local.

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