{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2010/12/03/kumi-naidoo-greenpeace-ha-que-investir-seriamente-na-opiniao-publica-americana" }, "headline": "Kumi Naidoo, Greenpeace: h\u00e1 que investir seriamente na opini\u00e3o p\u00fablica americana", "description": "Kumi Naidoo, Greenpeace: h\u00e1 que investir seriamente na opini\u00e3o p\u00fablica americana", "articleBody": "", "dateCreated": "2010-12-03T18:48:15+01:00", "dateModified": "2010-12-03T18:48:15+01:00", "datePublished": "2010-12-03T18:48:15+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F131171%2F1440x810_131171.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "Kumi Naidoo, Greenpeace: h\u00e1 que investir seriamente na opini\u00e3o p\u00fablica americana", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F131171%2F432x243_131171.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ] }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Kumi Naidoo, Greenpeace: há que investir seriamente na opinião pública americana

Kumi Naidoo, Greenpeace: há que investir seriamente na opinião pública americana
Direitos de autor 
De Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

Fazem tremer grandes companhias e mesmo governos no mundo inteiro. O Conselho de istração do Greenpeace reuniou os membros dos quatro cantos do mundo, para preparar a Cimeira Climática de Cancun e as futuras acções da maior organização ambientalista do mundo.

Kumi Naidoo é Directeur Executivo da Greenpeace Internacional há um ano, o primeiro a chegar do continente africano.

Activista anti-apartheid, preso aos 15 anos, formou-se em Ciências Políticas pela OXorf. Em exclusividade faz a sua análise..

Laura Davidescu, euronews – Cop 16 em Cancun está à porta mas não se espera um acordo para 2010. Será que o sentido de urgência de Copenhaga desapareceu?

Kumi Naidoo – O sentido de urgência de Copenhaga ainda aí está, em grande parte da sociedade global. Infelizmente, essa urgência não é refletida nos líderes políticos.

Se tomarmos este ano de 2010, e observarmos o que está a acontecer no planeta, será um bom despertar dos políticos para não continuarem a jogar o futuro dos nossos filhos e netos ao poker.

L. D. – No final de Copenhaga, depois de 8 de projectos de textos, a tarefa foi finalmente entregue ao presidente barack Obama e ao primeiro-ministro chinês Wen Jibao chegarem a acordo. Mas não o fizeram.

K. N. – A China e EUA também precisam reconhecer que têm responsabilidades únicas, e as conversações entre eles são importantes. Mas alerto para a urgência: os Estados Unidos não podem continuar escondidos atrás da China porque, em grande medida, é o que tem acontecido. São os maiores poluidores, mas um historicamente e o outro por causa do desenvolvimento actual.

Porque se olharmos para o que está a acontecer na China, ainda está longe de ser, o que gostaríamos, mas eles têm os a dar.

Os EUA chegaram a Copenhaga com a oferta de 3% para 2020. A Europa oferece 20%.

L.D. – … em relação ao nível de 1990.

K.N. – Acho que precisamos é de incentivar os Estados Unidos, a China e outros países a reconhecer que é do interesse de todos.

L.D. – Quando diz “temos de encorajar a istração dos Estados Unidos”, o que tem em mente?

K.N. – Estatégia. Há duas coisas que precisamos fazer para mudar a dinâmica dos EUA .

Temos de mudar a opinião pública dos americanos, temos de intensificar os apelos nos diversos sectores da sociedade civil, aos dirigentes sindicais, líderes religiosos, líderes de organizações sem fins lucrativos.

E o que é interessante é, que há elementos a trabalhar com a CIA e o Pentágono para conseguir efectivamente que o clima mude. Têm dito que a maior ameaça para a paz e segurança Assim, há bolsas de opinião que podem ser aproveitadas para alterar esta dinâmica.

É um trabalho duro. Estaria a mentir se dissesse que é como um eio no parque; é um desafio real, mas penso que pode ser feito.

No que estamos contra os Estados Unidos é na questão do coorporativismo dos Media, sempre em conluio com a indústria de combustíveis fósseis que, por sua vez, está a investir dezenas de milhões de dólares para contaminar a discussão pública …

L.D. – você pode lidar com isso?

K.N. – sim …

LD – Pode contra atacar?

KN – Bem … estamos a tentar contra atacar…

estamos a começar a ter sucesso… mas não ainda não chegámos lá.

Ainda não temos uma opção, mas há que investir muito, muito seriamente na mudança da opinião pública nos EUA .

LD – É esta uma das suas prioridades, estrategicamente falando,quero dizer …

KN – O nosso escritório nos EUA, no próximo ano, vai começar uma guerra de campanhas em massa: vamos começar a revolução da energia.

LD – Gostaria de te mostrar uma coisa … algumas imagens: activistas do zodíaco … até no guindaste … ginástica espectacular mensagem importante…

- Estas imagens ainda traduzem a filosofia da Greenpeace?

KN – Conta uma parte da história da Greenpeace que festeja o o aniversário de 40 anos.

O que não é muito conhecido é o conjunto de trabalho que Greenpeace faz, que pode não ser tão sexy como as imagens são.

amos muito tempo a trabalhar com governos e empresas, à procura de soluções.

A minha visão quando entrei para istação de Greenpeace há um ano, é que precisamos de dois tipos de coisas contraditórias.

Por um lado, há que intensificar a resistência à destruição ambiental e por outro lado, intensificar o diálogo.

Infelizmente … o tipo de “imagem principal”, compreensível, que os Media mostram, é mais excitante, imagens visíveis….o que não é o caso do trabalho de bastidores.

Quando fui a Davos, em Janeiro deste ano, ao Fórum Económico Mundial .. Fiquei surpreeendido como muitos directores estavam dispostos a realmente encontrar-se comigo …

e um, em particular, disse-me: “alguns de nós esperamos que ao tentar levá-lo à mesa, não façamos parte do seu menu. “ …

LD – Então este é um sinal de que ainda sentem o poder Greenpeace para… boicotar?

KN – Só para dar um exemplo:

A Nestlé este ano, tinha uma campanha on-line sobre os produtos, que se tornou nociva para a marca, e fizémos com que parassem. A Nestlé usava óleo de palma da massacrada floresta da Indonésia…e deixou de comprar esse óleo nas áreas de desflorestação.

As empresas que têm um nome de marca e que dependem da boa reputação pública, por venderem produtos directamente para o público … são obviamente mais vulneráveis …

7.52

LD – ao poder do Greenpeace.

KN – activismo…mas sabe … é importante saber que alguns dos principais vectores de destruição ambiental e da mudança climática especificamente conglomerados como as indústrias de carvão Koch – são os maiores defensores e mesmo fundadores da negação climática. A CARGILL é outra das grandes empresas de comida, culpada pala destruição em massa da Amazónia para produzir soja e assim por diante.

8.23

Como essas indústrias não estão ligadas directamente ao público são mais difíceis de converter.

LD – Se eu lhe chamasse general Naidoo – porque, afinal de contas, você é como o líder de um exército pacífico, mas ainda assim…

e se tivesse um exército ainda maior, para onde gostaria de o enviar para se manifestar?

KN- Tenho de lhe dizer que a imagem do Exército é desconfortável para o Greenpeace, uma vez que sabe … apesar de fazermos acções bastante corajosas, ousadas, quando a polícia tenta prender sem nunca resistirmos … tentamos sempre a via do pacifismo.

Deixe-me dizer … a desobediência civil é o que mudou o mundo para mais justo, historicamente falando.

Se olhar para todas as grandes lutas que a humanidade tem enfrentado, veja esclavagismo, colonialismo, apartheid, direito das mulheres ao voto, movimento pelos direitos civis nos Estados Unidos, Martin Luther King e assim por diante … todos esses movimentos na verdade, foram para a frente quando os homens e mulheres decentes disseram que bastava, não queriam mais.

O Greenpeace tem sido muito influenciadao pelo legado de Mahatma Gandhi, Martin Luther King e outros, em termos de resistência pacífica, a desobediência civil como uma forma de realmente exortar aqueles com poder a agir com mais seriedade.

Mas ao fim do dia, também temos de pensar em mostrar acções que contem com a participação de um maior número de pessoas … chegando a um ponto em que podemos ter 10 000 pessoas a formar uma cadeia humana em frente a uma central elétrica movida que trabalhe a carvão.

Como não podemos mudar a ciência, temos de mudar a política e é preciso perceber que, se não estiver disposto a mudar a política para nos conseguir um acordo climático, então, com a mobilização de um grande número de pessoas, esperamos que a mensagem possa ar. Se não podemos mudar as políticas temos de tentar mudar os políticos, e isso, felizmente, tem impelido a grandes acções.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Icónica fonte de Roma tingida de vermelho em protesto contra acordos militares com Israel

Hora do crepúsculo para o Pacto Ecológico Europeu?

Os Verdes: Para Terry Reintke, ecologia e segurança são duas faces da mesma moeda