As forças israelitas demoliram o muro das traseiras do Hospital Europeu e destruíram o único centro de diálise que restava no norte de Gaza.
Israel intensificou a sua operação militar no norte e no sul da Faixa de Gaza. Na cidade de Khan Younis, no sul do país, as tropas israelitas avançaram em direção ao Hospital Europeu e demoliram o muro das traseiras do centro médico, informaram vários meios de comunicação social.
Entretanto, o Ministério da Saúde palestiniano afirmou que militares israelitas bombardearam o único centro de diálise que restava no norte de Gaza, o Centro de Diálise Renal Noura al-Kaabi, que faz parte do Hospital Indonésio em Beit Lahiya.
O ministério tinha anunciado anteriormente que mais de 40% dos doentes com insuficiência renal morreram desde o início desta guerra, devido à falta de o a tratamentos adequados e à destruição dos centros.
Entretanto, o chefe do exército israelita, Eyal Zamir, diz que a expansão das operações terrestres continuar até à libertação dos restantes reféns detidos pelo Hamas e à derrota do grupo.
No domingo, o Hamas divulgou um comunicado de imprensa em que dizia estar pronto para iniciar imediatamente negociações indiretas de cessar-fogo em Gaza.
O grupo afirmou que o objetivo das conversações seria acabar com a "catástrofe humanitária" em Gaza, assegurar a entrega de ajuda ao povo palestiniano e conseguir um cessar-fogo permanente acompanhado da retirada total das forças israelitas da faixa.
Israel ainda não respondeu à declaração do Hamas.
Na segunda-feira, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, reiterou a necessidade urgente de um cessar-fogo, da entrega imediata de ajuda humanitária aos palestinianos em Gaza e da libertação dos reféns.
"A situação é intolerável em Gaza e está a piorar de dia para dia, é por isso que estamos a trabalhar com os nossos aliados", disse Starmer durante uma viagem à Escócia.
"Para sermos claros, ao dizer que é intolerável, temos de ser absolutamente claros quanto à necessidade de um cessar-fogo. Ser absolutamente claros que a ajuda humanitária tem de chegar rapidamente e em grande quantidade e que não está a chegar neste momento. Isto está a causar uma absoluta devastação. E, claro, vamos continuar o nosso trabalho para garantir a libertação dos reféns que estão detidos há muito, muito tempo", acrescentou.