{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2025/05/30/hamas-mostra-descontentamento-com-proposta-de-cessar-fogo-dos-eua" }, "headline": "Hamas mostra descontentamento com proposta de cessar-fogo dos EUA ", "description": "A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse aos jornalistas que Israel \u0022apoiava e apoia\u0022 a nova proposta.", "articleBody": "O Hamas est\u00e1 a analisar a mais recente proposta dos Estados Unidos para um novo cessar-fogo em Gaza e acordo de liberta\u00e7\u00e3o de ref\u00e9ns, embora haja not\u00edcias que sugerem que o grupo armado palestiniano pode rejeit\u00e1-la.Ainda n\u00e3o foram revelados todos os pormenores do acordo. Mas o alto respons\u00e1vel do Hamas Sami Abu Zuhri diz que a proposta favorece a posi\u00e7\u00e3o israelita e n\u00e3o satisfaz nenhuma das principais exig\u00eancias da organiza\u00e7\u00e3o, principalmente o compromisso de Israel de p\u00f4r fim \u00e0 guerra, retirar as for\u00e7as de Gaza e permitir o o da ajuda ao territ\u00f3rio sem quaisquer restri\u00e7\u00f5es. A resposta surge depois de a Casa Branca ter anunciado que Israel tinha aceitado o plano. \u0022A resposta sionista, na sua ess\u00eancia, significa perpetuar a ocupa\u00e7\u00e3o e continuar a matan\u00e7a e a fome\u0022, disse Bassem Naim, tamb\u00e9m alto respons\u00e1vel do Hamas.Naim acrescentou que o acordo proposto \u0022n\u00e3o responde a nenhuma das exig\u00eancias do nosso povo, a principal das quais \u00e9 acabar com a guerra e a fome\u0022.Mesmo assim, garantiu que o grupo vai estudar a proposta \u0022com toda a responsabilidade nacional\u0022.O que cont\u00e9m a \u00faltima proposta de cessar-fogo?Embora o enviado dos Estados Unidos para o M\u00e9dio Oriente, Steve Witkoff, n\u00e3o tenha revelado publicamente o conte\u00fado da proposta, um representante do Hamas e um mediador eg\u00edpcio confirmaram os elementos-chave do plano.A proposta inclui uma pausa de 60 dias nos combates, com garantias de negocia\u00e7\u00f5es s\u00e9rias para uma tr\u00e9gua a longo prazo, e garantias de que Israel n\u00e3o vai retomar as hostilidades ap\u00f3s a liberta\u00e7\u00e3o dos ref\u00e9ns, como aconteceu ap\u00f3s o cessar-fogo de mar\u00e7o.De acordo com o plano, as for\u00e7as israelitas iriam retirar-se para as posi\u00e7\u00f5es que ocupavam antes do fim da tr\u00e9gua.Em troca, o Hamas iria libertar 10 ref\u00e9ns vivos e v\u00e1rios corpos de ref\u00e9ns que morreram em troca de mais de 1.100 prisioneiros palestinianos detidos nas pris\u00f5es israelitas, incluindo 100 que cumprem penas mais pesadas por ataques que causaram mortos. O acordo permitiria tamb\u00e9m a entrada di\u00e1ria em Gaza de centenas de cami\u00f5es com alimentos e outros bens. Grupos de ajuda humanit\u00e1ria t\u00eam avisado que o bloqueio israelita, que dura h\u00e1 quase tr\u00eas meses e s\u00f3 foi ligeiramente atenuado nos \u00faltimos dias, est\u00e1 a colocar grande parte da popula\u00e7\u00e3o de Gaza \u00e0 beira da fome.O que \u00e9 que Israel e o Hamas querem?O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, tem afirmado que a guerra em Gaza s\u00f3 vai terminar quando todos os ref\u00e9ns forem libertados e o Hamas for desmantelado ou for\u00e7ado ao ex\u00edlio.Afirmou tamb\u00e9m que Israel tenciona manter o controlo de seguran\u00e7a sobre Gaza por tempo indeterminado e apoiar aquilo a que chama a \u0022emigra\u00e7\u00e3o volunt\u00e1ria\u0022 de uma parte significativa da popula\u00e7\u00e3o.Estes planos foram amplamente condenados pelos palestinianos e por grande parte da comunidade internacional, com especialistas a alertar para o facto de a desloca\u00e7\u00e3o for\u00e7ada violar o direito internacional.O Hamas, por seu lado, tem insistido que s\u00f3 vai libertar os restantes ref\u00e9ns - a sua principal fonte de influ\u00eancia - em troca de um cessar-fogo duradouro, da liberta\u00e7\u00e3o de mais prisioneiros palestinianos e de uma retirada total de Israel de Gaza.O grupo tamb\u00e9m manifestou a vontade de entregar a istra\u00e7\u00e3o do territ\u00f3rio a uma comiss\u00e3o de palestinianos, politicamente independentes, encarregado de supervisionar a reconstru\u00e7\u00e3o.Continuam os bombardeamentos israelitasEntretanto, Israel continuou a bombardear a Faixa de Gaza durante a noite. 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Hamas mostra descontentamento com proposta de cessar-fogo dos EUA

Palestinianos deslocados fogem de Khan Younis, 29 de maio de 2025.
Palestinianos deslocados fogem de Khan Younis, 29 de maio de 2025. Direitos de autor AP Photo/Abdel Kareem Hana
Direitos de autor AP Photo/Abdel Kareem Hana
De Abby Chitty com AP
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A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse aos jornalistas que Israel "apoiava e apoia" a nova proposta.

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O Hamas está a analisar a mais recente proposta dos Estados Unidos para um novo cessar-fogo em Gaza e acordo de libertação de reféns, embora haja notícias que sugerem que o grupo armado palestiniano pode rejeitá-la.

Ainda não foram revelados todos os pormenores do acordo. Mas o alto responsável do Hamas Sami Abu Zuhri diz que a proposta favorece a posição israelita e não satisfaz nenhuma das principais exigências da organização, principalmente o compromisso de Israel de pôr fim à guerra, retirar as forças de Gaza e permitir o o da ajuda ao território sem quaisquer restrições.

A resposta surge depois de a Casa Branca ter anunciado que Israel tinha aceitado o plano.

"A resposta sionista, na sua essência, significa perpetuar a ocupação e continuar a matança e a fome", disse Bassem Naim, também alto responsável do Hamas.

Naim acrescentou que o acordo proposto "não responde a nenhuma das exigências do nosso povo, a principal das quais é acabar com a guerra e a fome".

Mesmo assim, garantiu que o grupo vai estudar a proposta "com toda a responsabilidade nacional".

Palestinianos a transportar ajuda humanitária em Khan Younis, 29 de maio de 2025.
Palestinianos a transportar ajuda humanitária em Khan Younis, 29 de maio de 2025.AP Photo

O que contém a última proposta de cessar-fogo?

Embora o enviado dos Estados Unidos para o Médio Oriente, Steve Witkoff, não tenha revelado publicamente o conteúdo da proposta, um representante do Hamas e um mediador egípcio confirmaram os elementos-chave do plano.

A proposta inclui uma pausa de 60 dias nos combates, com garantias de negociações sérias para uma trégua a longo prazo, e garantias de que Israel não vai retomar as hostilidades após a libertação dos reféns, como aconteceu após o cessar-fogo de março.

De acordo com o plano, as forças israelitas iriam retirar-se para as posições que ocupavam antes do fim da trégua.

Em troca, o Hamas iria libertar 10 reféns vivos e vários corpos de reféns que morreram em troca de mais de 1.100 prisioneiros palestinianos detidos nas prisões israelitas, incluindo 100 que cumprem penas mais pesadas por ataques que causaram mortos.

O acordo permitiria também a entrada diária em Gaza de centenas de camiões com alimentos e outros bens. Grupos de ajuda humanitária têm avisado que o bloqueio israelita, que dura há quase três meses e só foi ligeiramente atenuado nos últimos dias, está a colocar grande parte da população de Gaza à beira da fome.

Um carregamento de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza na agem fronteiriça de Kerem Shalom, 29 de maio de 2025.
Um carregamento de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza na agem fronteiriça de Kerem Shalom, 29 de maio de 2025.AP Photo

O que é que Israel e o Hamas querem?

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, tem afirmado que a guerra em Gaza só vai terminar quando todos os reféns forem libertados e o Hamas for desmantelado ou forçado ao exílio.

Afirmou também que Israel tenciona manter o controlo de segurança sobre Gaza por tempo indeterminado e apoiar aquilo a que chama a "emigração voluntária" de uma parte significativa da população.

Estes planos foram amplamente condenados pelos palestinianos e por grande parte da comunidade internacional, com especialistas a alertar para o facto de a deslocação forçada violar o direito internacional.

O Hamas, por seu lado, tem insistido que só vai libertar os restantes reféns - a sua principal fonte de influência - em troca de um cessar-fogo duradouro, da libertação de mais prisioneiros palestinianos e de uma retirada total de Israel de Gaza.

O grupo também manifestou a vontade de entregar a istração do território a uma comissão de palestinianos, politicamente independentes, encarregado de supervisionar a reconstrução.

Fumo após um bombardeamento do exército israelita na Faixa de Gaza.
Fumo após um bombardeamento do exército israelita na Faixa de Gaza.AP Photo/Ohad Zwigenberg

Continuam os bombardeamentos israelitas

Entretanto, Israel continuou a bombardear a Faixa de Gaza durante a noite. Na manhã desta sexta-feira, emitiu ordens de deslocação forçada para mais cinco áreas do norte do território.

Os ataques aéreos israelitas na zona de Jabaliya, no norte de Gaza, mataram pelo menos 12 pessoas, incluindo três mulheres, segundo o Hospital Shifa, para onde os corpos foram levados.

Um dos ataques terá atingido uma casa, matando seis membros da mesma família, enquanto outros ataques atingiram pessoas na rua.

Os palestinianos continuam também a lutar pelo o à ajuda, com o caos a instalar-se nos locais de distribuição de alimentos. Há também relatos de bombas de fumo e tiros israelitas para instaurar a ordem no local.

A segurança dos centros de distribuição de ajuda criados pela Fundação Humanitária para Gaza é feita por empresas privadas, com forças israelitas posicionadas nas proximidades.

No entanto, a ONU e outros grupos humanitários rejeitam este novo sistema, argumentando que é inadequado para satisfazer as necessidades da população de Gaza e permite que Israel utilize os alimentos como forma de controlo.

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