L.J. Smith, autora de "The Vampire Diaries", morre aos 66 anos

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A autora Lisa Jane "L.J." Smith, cuja série para jovens adultos "The Vampire Diaries" se tornou um dos êxitos inesperados do género, morreu aos 66 anos, após uma longa doença.

Smith, natural da Florida, publicou os seus livros de estreia no final dos anos 80 com pouco alarido. No entanto, em 1990, foi encarregada por uma editora de escrever uma série para jovens adultos que se tornou "The Vampire Diaries".

Entregou os primeiros quatro livros da série mas os editores inicialmente retiveram os direitos autorais do seu trabalho e substituíram-na por um "ghostwriter" para vários livros subsequentes, usando o seu nome nas capas dos livros com as palavras "criado por".

Smith voltou a escrever outra trilogia para a série em 2009-11, mas a sua disputa contratual com a editora Alloy continuou e foi despedida para ser substituída novamente por um "ghostwriter".

Continuou a escrever independentemente para a série, sob a forma de "fan fiction", e manteve uma base de fãs pessoal, alguns dos quais boicotaram livros oficiais posteriores escritos por outros autores. Em 2011, descreveu a experiência de ser despedida das suas próprias criações como altamente traumática.

"Não me queiram pôr a falar sobre como a minha alma se sente", disse ela ao site Bookalicious. "Ela sente-se . . . destruída. Mutilada. Pior do que já me senti em muito, muito, muito tempo, como ser violada numa escadaria solitária por um tipo com uma faca e depois ser culpada pelo Supremo Tribunal".

Independentemente da relação difícil de Smith com a editora e detentora dos direitos de autor dos livros, "The Vampire Diaries" tornou-se um franchise multiformato, centrado numa adaptação televisiva de grande sucesso transmitida pela cadeia norte-americana The CW. Seguiram-se séries derivadas e outras obras escritas por outros escritores, bem como um jogo de vídeo.

Uma declaração anunciando a morte de Smith descreveu-a como "uma alma bondosa e gentil, cujo brilhantismo, criatividade, resiliência e empatia iluminaram a vida da sua família, amigos e fãs".

"Será recordada pelo seu espírito imaginativo, pelo seu papel pioneiro na ficção sobrenatural e pela sua generosidade, calor e coração, tanto dentro como fora das páginas".