{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2022/10/28/estado-da-uniao-guerra-na-ucrania-testa-eixo-franco-alemao" }, "headline": "Estado da Uni\u00e3o: Guerra na Ucr\u00e2nia testa eixo franco-alem\u00e3o", "description": "O governo de Paris est\u00e1 aborrecido com o facto de o governo de Berlim se ter isolado em mat\u00e9ria de al\u00edvio dos pre\u00e7os da energia, estrat\u00e9gia de defesa e rela\u00e7\u00f5es com a China.", "articleBody": "A Alemanha tem sido criticada por, alegadamente, fazer pouco e tarde para apoiar a Ucr\u00e2nia. A\u00a0sua classe pol\u00edtica tem sido acusada de ser conciliadora com o regime do Kremlin, durante d\u00e9cadas, para proteger os lucrativos la\u00e7os comerciais com a R\u00fassia. Nos \u00faltimos meses, alguns dos mais conhecidos politicos estiveram em foco: os antigos chanceleres Gerard Schr\u00f6der e Angela Merkel aram por um escrut\u00ednio mais intenso e o actual presidente, Frank-Walter Steinmeier, ex-ministro dos Neg\u00f3cios Estrangeiros, teve de pedir desculpa publicamente por uma pol\u00edtica falhada em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 R\u00fassia. Esta semana, Steinmeier fez uma viagem de surpresa \u00e0 Ucr\u00e2nia e na cidade de Koriukivka, ao norte, foi for\u00e7ado a refugiar-se num abrigo antia\u00e9reo quando as sirene tocaram.\u00a0A sua mensagem de apoio soou humilde, mas honesta. \u0022Neste preciso momento, perante os infames ataques de m\u00edsseis e drones russos \u00e0s infra-estruturas em todo o pa\u00eds, era importante para mim vir aqui e dizer ao povo ucraniano - aqui na capital, mas tamb\u00e9m para al\u00e9m da capital, nas aldeias e cidades - que estamos do vosso lado, que vos apoiamos, que continuaremos a apoiar-vos, economicamente, politicamente, militarmente, durante o tempo que for necess\u00e1rio\u0022, disse o presidente alem\u00e3o. A Alemanha co-organizou uma confer\u00eancia internacional, em Berlim, juntamente com a Comiss\u00e3o Europeia, sobre a reconstru\u00e7\u00e3o da Ucr\u00e2nia, uma tarefa monumental. O chefe de governo alem\u00e3o,\u00a0Olaf Scholz, disse:\u00a0\u0022A recupera\u00e7\u00e3o, reconstru\u00e7\u00e3o e moderniza\u00e7\u00e3o da Ucr\u00e2nia ser\u00e1 de facto um desafio para gera\u00e7\u00f5es, um desafio que exigir\u00e1 a for\u00e7a combinada de toda a comunidade internacional\u0022. O papel da Alemanha na gest\u00e3o das consequ\u00eancias da guerra Ucr\u00e2nia levou a rela\u00e7\u00f5es tensas com o governo aliado mais pr\u00f3ximo: a Fran\u00e7a. O\u00a0governo de Paris est\u00e1 aborrecido com o facto de o governo de Berlim se ter isolado em mat\u00e9ria de al\u00edvio dos pre\u00e7os da energia, estrat\u00e9gia de defesa e rela\u00e7\u00f5es com a China. Esta semana, os l\u00edderes franc\u00eas, Emmanuel Macron, e alem\u00e3o, Olaf Scholz tiveram um almo\u00e7o de trabalho apressado em Paris, depois de j\u00e1 terem sido adiadas consultas entre os gabinetes dos respetivos governos. Estar\u00e1 a rela\u00e7\u00e3o a viver uma verdadeira crise? A euronews entrevistou\u00a0Ronja Kempin, analista no Instituto Alem\u00e3o para Assuntos Internacionais e de Seguran\u00e7a.\u00a0 \u0022Nos quase 60 anos de rela\u00e7\u00f5es franco-alem\u00e3s sempre houve altos e baixos. Mas penso que o que marca a diferen\u00e7a hoje em dia \u00e9 que a guerra mudou um pouco o equil\u00edbrio no eixo. T\u00ednhamos este acordo: a Fran\u00e7a era a pot\u00eancia de seguran\u00e7a e de defesa da Europa e a Alemanha era a potencia a econ\u00f3mica. Com a atual guerra, a Alemanha tamb\u00e9m pretende tornar-se l\u00edder militar na Europa, e o mesmo se a com a Fran\u00e7a. E \u00e9 por isso que as coisas est\u00e3o um pouco complicadas neste momento\u0022, disse\u00a0Ronja Kempin. (veja a entrevista na \u00edntegra no v\u00eddeo) ", "dateCreated": "2022-10-28T10:05:47+02:00", "dateModified": "2022-10-28T17:04:38+02:00", "datePublished": "2022-10-28T16:54:36+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F07%2F15%2F48%2F86%2F1440x810_cmsv2_fdcad5e8-eec0-58d5-b0bb-ea8a8666e273-7154886.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "L\u00edderes no caminho para a Confer\u00eancia de Reconstru\u00e7\u00e3o da Ucr\u00e2nia, em Berlim", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F07%2F15%2F48%2F86%2F432x243_cmsv2_fdcad5e8-eec0-58d5-b0bb-ea8a8666e273-7154886.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": [ { "@type": "Person", "familyName": "Grobe", "givenName": "Stefan", "name": "Stefan Grobe", "url": "/perfis/47", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "sameAs": "https://www.x.com/@StefanGrobe1", "jobTitle": "Correspondant", "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Equipe de langue allemande " } } ], "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "S\u00e9rie: a minha Europa" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }

Estado da União: Guerra na Ucrânia testa eixo franco-alemão

Líderes no caminho para a Conferência de Reconstrução da Ucrânia, em Berlim
Líderes no caminho para a Conferência de Reconstrução da Ucrânia, em Berlim Direitos de autor Markus Schreiber/Copyright 2022 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Markus Schreiber/Copyright 2022 The AP. All rights reserved
De Stefan Grobe & Isabel Marques da Silva
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

O governo de Paris está aborrecido com o facto de o governo de Berlim se ter isolado em matéria de alívio dos preços da energia, estratégia de defesa e relações com a China.

A Alemanha tem sido criticada por, alegadamente, fazer pouco e tarde para apoiar a Ucrânia. A sua classe política tem sido acusada de ser conciliadora com o regime do Kremlin, durante décadas, para proteger os lucrativos laços comerciais com a Rússia.

Nos últimos meses, alguns dos mais conhecidos politicos estiveram em foco: os antigos chanceleres Gerard Schröder e Angela Merkel aram por um escrutínio mais intenso e o actual presidente, Frank-Walter Steinmeier, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, teve de pedir desculpa publicamente por uma política falhada em relação à Rússia.

Esta semana, Steinmeier fez uma viagem de surpresa à Ucrânia e na cidade de Koriukivka, ao norte, foi forçado a refugiar-se num abrigo antiaéreo quando as sirene tocaram. A sua mensagem de apoio soou humilde, mas honesta.

"Neste preciso momento, perante os infames ataques de mísseis e drones russos às infra-estruturas em todo o país, era importante para mim vir aqui e dizer ao povo ucraniano - aqui na capital, mas também para além da capital, nas aldeias e cidades - que estamos do vosso lado, que vos apoiamos, que continuaremos a apoiar-vos, economicamente, politicamente, militarmente, durante o tempo que for necessário", disse o presidente alemão.

A Alemanha co-organizou uma conferência internacional, em Berlim, juntamente com a Comissão Europeia, sobre a reconstrução da Ucrânia, uma tarefa monumental. O chefe de governo alemão, Olaf Scholz, disse: "A recuperação, reconstrução e modernização da Ucrânia será de facto um desafio para gerações, um desafio que exigirá a força combinada de toda a comunidade internacional".

O papel da Alemanha na gestão das consequências da guerra Ucrânia levou a relações tensas com o governo aliado mais próximo: a França. O governo de Paris está aborrecido com o facto de o governo de Berlim se ter isolado em matéria de alívio dos preços da energia, estratégia de defesa e relações com a China.

Esta semana, os líderes francês, Emmanuel Macron, e alemão, Olaf Scholz tiveram um almoço de trabalho apressado em Paris, depois de já terem sido adiadas consultas entre os gabinetes dos respetivos governos.

Estará a relação a viver uma verdadeira crise? A euronews entrevistou Ronja Kempin, analista no Instituto Alemão para Assuntos Internacionais e de Segurança. 

"Nos quase 60 anos de relações franco-alemãs sempre houve altos e baixos. Mas penso que o que marca a diferença hoje em dia é que a guerra mudou um pouco o equilíbrio no eixo. Tínhamos este acordo: a França era a potência de segurança e de defesa da Europa e a Alemanha era a potencia a económica. Com a atual guerra, a Alemanha também pretende tornar-se líder militar na Europa, e o mesmo se a com a França. E é por isso que as coisas estão um pouco complicadas neste momento", disse Ronja Kempin.

(veja a entrevista na íntegra no vídeo)

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Suspensão do acordo de cereais vai ser "oficial"

Macron e Scholz reúnem-se para ultraar desavenças

Estado da União: Greenpeace alerta para o desaparecimento de explorações agrícolas familiares na UE