{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2020/05/14/procuradoria-diz-que-isabel-dos-santos-tem-de-ser-ouvida-em-angola-no-processo-crime" }, "headline": "Procuradoria diz que Isabel dos Santos tem de ser ouvida em Angola no processo-crime", "description": "Ao contr\u00e1rio do que acontece no processo c\u00edvel, em que Isabel dos Santos pode fazer-se representar pelos seus mandat\u00e1rios, no caso do processo-crime \u201cter\u00e1 de comparecer para ser ouvida\u201d e responder \u00e0s acusa\u00e7\u00f5es que s\u00e3o feitas, explicou o porta-voz da PGR.", "articleBody": "Isabel dos Santos, empres\u00e1ria e filha do ex-Presidente de Angola, Jos\u00e9 Eduardo dos Santos, tem de comparecer em Angola para ser ouvida no \u00e2mbito do processo-crime de que \u00e9 alvo. O esclarecimento foi feito hoje pelo porta-voz da Procuradoria-Geral da Rep\u00fablica (PGR) angolana, \u00c1lvaro Jo\u00e3o. O processo-crime encontra-se ainda em fase de instru\u00e7\u00e3o preparat\u00f3ria, \u201cdecorrendo dilig\u00eancias investigativas\u201d, pelo que est\u00e1 em segredo de justi\u00e7a, afirmou o porta-voz da PGR. A instru\u00e7\u00e3o preparat\u00f3ria, que corresponde \u00e0 fase de inqu\u00e9rito em Portugal, consiste na fase processual dedicada \u00e0 investiga\u00e7\u00e3o e recolha de provas. A empres\u00e1ria angolana reafirmou hoje que foram usados documentos falsificados no processo c\u00edvel que corre contra si em Angola, no \u00e2mbito do qual foi feito um arresto dos seus bens, e acrescentou que \u201cdesconhece o conte\u00fado\u201d dos processos criminais, \u201cmantido secreto at\u00e9 hoje\u201d. Ao contr\u00e1rio do que acontece no processo c\u00edvel, em que Isabel dos Santos pode fazer-se representar pelos seus mandat\u00e1rios, no caso do processo-crime \u201cter\u00e1 de comparecer para ser ouvida\u201d e responder \u00e0s acusa\u00e7\u00f5es que s\u00e3o feitas, explicou o porta-voz da PGR. Questionado sobre o novo comunicado de Isabel dos Santos, hoje divulgado, no qual a empresaria reitera que foram usados documentos falsos como prova para arrestar os bens, no \u00e2mbito de um processo c\u00edvel em que o Estado angolano reclama um cr\u00e9dito de mais de mil milh\u00f5es de d\u00f3lares, \u00c1lvaro Jo\u00e3o disse que nada mais h\u00e1 a acrescentar em rela\u00e7\u00e3o ao que a PGR respondeu e que todas as contesta\u00e7\u00f5es devem ser apresentadas em tribunal. A PGR garantiu que o pedido de arresto dos bens de Isabel dos Santos n\u00e3o se baseou no aporte falsificado referido pela empres\u00e1ria, cuja autenticidade estava a ser investigada, mas em documentos que atestavam o receio de dissipa\u00e7\u00e3o do patrim\u00f3nio. A a\u00e7\u00e3o do Estado angolano contra Isabel dos Santos, no \u00e2mbito do processo c\u00edvel no qual o Estado reclama um cr\u00e9dito superior a mil milh\u00f5es de d\u00f3lares (925,7 milh\u00f5es de euros), deu entrada em 02 de mar\u00e7o no Tribunal Provincial de Luanda. A a\u00e7\u00e3o d\u00e1 seguimento ao arresto preventivo de contas banc\u00e1rias e participa\u00e7\u00f5es sociais da empres\u00e1ria Isabel dos Santos, do seu marido Sindika Dokolo e do gestor M\u00e1rio Leite da Silva, decretado pelo Tribunal Provincial de Luanda, em dezembro. Em 31 de dezembro de 2019, o Tribunal Provincial de Luanda decretou o arresto preventivo das contas banc\u00e1rias pessoais de Isabel dos Santos, de Sindika Dokolo e de M\u00e1rio Leite da Silva, no Banco de Fomento Angola (BFA), Banco Internacional de Cr\u00e9dito (BIC), Banco Angolano de Investimentos (BAI) e Banco Econ\u00f3mico, al\u00e9m das participa\u00e7\u00f5es sociais que os tr\u00eas det\u00eam enquanto benefici\u00e1rios efetivos no BIC, Unitel, BFA e ZAP Media. O despacho senten\u00e7a proferido na altura dava como provada a exist\u00eancia de um cr\u00e9dito dos requeridos para com o Estado angolano num valor superior a mil milh\u00f5es de d\u00f3lares, d\u00edvida que os requeridos ter\u00e3o reconhecido, mas alegaram n\u00e3o ter condi\u00e7\u00f5es para pagar, de acordo com o documento. Isabel dos Santos, filha do ex-Presidente angolano, Jos\u00e9 Eduardo dos Santos, foi constitu\u00edda arguida no \u00e2mbito de um outro processo por alegada \u0022m\u00e1 gest\u00e3o e desvio de fundos\u0022 enquanto presidente da companhia petrol\u00edfera estatal Sonangol. A empres\u00e1ria rejeitou todas as acusa\u00e7\u00f5es e queixou-se de ser v\u00edtima de uma persegui\u00e7\u00e3o com motiva\u00e7\u00f5es pol\u00edticas. O Cons\u00f3rcio Internacional de Jornalismo de Investiga\u00e7\u00e3o revelou em 19 de janeiro mais de 715 mil ficheiros, sob o nome de 'Luanda Leaks', que detalham alegados esquemas financeiros de Isabel dos Santos e do marido que lhes ter\u00e3o permitido retirar dinheiro do er\u00e1rio p\u00fablico angolano atrav\u00e9s de para\u00edsos fiscais. ", "dateCreated": "2020-05-14T19:20:39+02:00", "dateModified": "2020-05-14T20:03:34+02:00", "datePublished": "2020-05-14T19:57:56+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F04%2F54%2F61%2F56%2F1440x810_cmsv2_0e923e5b-aace-51a9-8145-346445b97dbc-4546156.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "Portugal Angola", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F04%2F54%2F61%2F56%2F432x243_cmsv2_0e923e5b-aace-51a9-8145-346445b97dbc-4546156.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": [ { "@type": "Person", "familyName": "Guita", "givenName": "Luis", "name": "Luis Guita", "url": "/perfis/401", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Equipe de langue portugaise" } } ], "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Procuradoria diz que Isabel dos Santos tem de ser ouvida em Angola no processo-crime

Portugal Angola
Portugal Angola Direitos de autor Paulo Duarte/Copyright 2020 The Associated Press. All rights reserved.
Direitos de autor Paulo Duarte/Copyright 2020 The Associated Press. All rights reserved.
De Luis Guita com Lusa
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

Ao contrário do que acontece no processo cível, em que Isabel dos Santos pode fazer-se representar pelos seus mandatários, no caso do processo-crime “terá de comparecer para ser ouvida” e responder às acusações que são feitas, explicou o porta-voz da PGR.

PUBLICIDADE

Isabel dos Santos, empresária e filha do ex-Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, tem de comparecer em Angola para ser ouvida no âmbito do processo-crime de que é alvo. O esclarecimento foi feito hoje pelo porta-voz da Procuradoria-Geral da República (PGR) angolana, Álvaro João.

O processo-crime encontra-se ainda em fase de instrução preparatória, “decorrendo diligências investigativas”, pelo que está em segredo de justiça, afirmou o porta-voz da PGR.

A instrução preparatória, que corresponde à fase de inquérito em Portugal, consiste na fase processual dedicada à investigação e recolha de provas.

A empresária angolana reafirmou hoje que foram usados documentos falsificados no processo cível que corre contra si em Angola, no âmbito do qual foi feito um arresto dos seus bens, e acrescentou que “desconhece o conteúdo” dos processos criminais, “mantido secreto até hoje”.

Ao contrário do que acontece no processo cível, em que Isabel dos Santos pode fazer-se representar pelos seus mandatários, no caso do processo-crime “terá de comparecer para ser ouvida” e responder às acusações que são feitas, explicou o porta-voz da PGR.

Questionado sobre o novo comunicado de Isabel dos Santos, hoje divulgado, no qual a empresaria reitera que foram usados documentos falsos como prova para arrestar os bens, no âmbito de um processo cível em que o Estado angolano reclama um crédito de mais de mil milhões de dólares, Álvaro João disse que nada mais há a acrescentar em relação ao que a PGR respondeu e que todas as contestações devem ser apresentadas em tribunal.

A PGR garantiu que o pedido de arresto dos bens de Isabel dos Santos não se baseou no aporte falsificado referido pela empresária, cuja autenticidade estava a ser investigada, mas em documentos que atestavam o receio de dissipação do património.

A ação do Estado angolano contra Isabel dos Santos, no âmbito do processo cível no qual o Estado reclama um crédito superior a mil milhões de dólares (925,7 milhões de euros), deu entrada em 02 de março no Tribunal Provincial de Luanda.

A ação dá seguimento ao arresto preventivo de contas bancárias e participações sociais da empresária Isabel dos Santos, do seu marido Sindika Dokolo e do gestor Mário Leite da Silva, decretado pelo Tribunal Provincial de Luanda, em dezembro.

Em 31 de dezembro de 2019, o Tribunal Provincial de Luanda decretou o arresto preventivo das contas bancárias pessoais de Isabel dos Santos, de Sindika Dokolo e de Mário Leite da Silva, no Banco de Fomento Angola (BFA), Banco Internacional de Crédito (BIC), Banco Angolano de Investimentos (BAI) e Banco Económico, além das participações sociais que os três detêm enquanto beneficiários efetivos no BIC, Unitel, BFA e ZAP Media.

O despacho sentença proferido na altura dava como provada a existência de um crédito dos requeridos para com o Estado angolano num valor superior a mil milhões de dólares, dívida que os requeridos terão reconhecido, mas alegaram não ter condições para pagar, de acordo com o documento.

Isabel dos Santos, filha do ex-Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, foi constituída arguida no âmbito de um outro processo por alegada "má gestão e desvio de fundos" enquanto presidente da companhia petrolífera estatal Sonangol.

A empresária rejeitou todas as acusações e queixou-se de ser vítima de uma perseguição com motivações políticas.

O Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação revelou em 19 de janeiro mais de 715 mil ficheiros, sob o nome de 'Luanda Leaks', que detalham alegados esquemas financeiros de Isabel dos Santos e do marido que lhes terão permitido retirar dinheiro do erário público angolano através de paraísos fiscais.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Isabel dos Santos diz que não deve nada ao Estado angolano

Luanda Leaks: Isabel dos Santos diz-se vítima de um "aporte falso"

PGR de Angola desmente negociações com Isabel dos Santos