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Ontem, uma base militar em Kolofata, na Rep\u00fablica dos Camar\u00f5es, foi atacada por combatentes do grupo. Hoje, o governo dos Camar\u00f5es fez saber que as For\u00e7as Armadas do pa\u00eds mataram 143 combatentes do Boko Haram, durante uma opera\u00e7\u00e3o militar que durou cinco horas. O Boko Haram amea\u00e7a a Europa? Em maio de 2014, a Fran\u00e7a organizou uma mini-cimeira com os presidentes da Nig\u00e9ria, do Chade, dos Camar\u00f5es e do Benim para lan\u00e7ar um plano de guerra global contra o Boko Haram, apoiado pelos pa\u00edses ocidentais. A Uni\u00e3o Europeia, a Gr\u00e3-Bretanha e os Estados Unidos foram convidados a participar na reuni\u00e3o. Nessa ocasi\u00e3o, o presidente franc\u00eas afirmou que o Boko Haram tinha liga\u00e7\u00f5es aos extremistas do AQMI (Al Qaida no Magrebe Isl\u00e2mico), n\u00e3o excluindo a possibilidade de ataques em solo europeu. 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Boko Haram: o terrorismo imparável?

Boko Haram: o terrorismo imparável?
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Ninguém conhece ao certo o número de vítimas do grupo extremista Boko Haram, mas, a julgar pelo número de ataques nas últimas semanas, podem estar em causa centenas de pessoas.

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Ninguém conhece ao certo o número de pessoas mortas pelo grupo extremista Boko Haram nas últimas semanas, mas, a julgar pelo número de ataques registados em vários pontos do país, podem estar em causa centenas de pessoas.

O nome do grupo terrorista nigeriano significa “educação não islâmica é pecado”.

Os métodos do Boko Haram incluem: assassínios em massa, uso de mulheres e crianças em ataques suicidas, violações e escravatura.

No último fim de semana, enquanto decorriam as homenagens às vítimas do ataque contra o jornal Charlie Hebdo, em França, o Boko Haram usou mulheres e crianças-bomba para matar dezenas de pessoas, no noroeste do país.

Nos últimos meses, houve dezenas de ataques. No Estado de Borno, onde em abril tinham sido raptadas 223 raparigas, que se encontravam num colégio, o grupo radical islâmico raptou mais de 40 crianças no último dia do ano.

Na quinta-feira, houve registo de um ataque em larga escala que teria custado a vida a duas mil pessoas, em Baga, região estratégica no nordeste da Nigéria. Esses números avançados pelas autoridades locais foram desmentidos pelo Ministério da Defesa nigeriano, que mencionou a existência de 150 vítimas mortais.

O que faz a Nigéria para responder aos ataques?

O governo da Nigéria mostra-se incapaz de conter a ameaça terrorista e tem sido acusado de minimizar o número de vítimas do terrorismo.

A falta de coordenação entre as autoridades locais e centrais, a pobreza de largas camadas da população e a desorganização das Forças Armadas do país são apontadas com razões de peso para a ineficácia na luta contra o terrorismo.

Na Nigéria, a política do presidente é alvo de críticas. Goodluck Jonathan exprimiu o seu pesar pelos ataques contra a redação do jornal francês mas não mencionou as agressões do Boko Haram no seu próprio país.

Há quem fale na necessidade de mudança de poder. As próximas eleições nigerianas terão lugar a 14 de fevereiro.

A violência ameaça também os países vizinhos. Ontem, uma base militar em Kolofata, na República dos Camarões, foi atacada por combatentes do grupo.

Hoje, o governo dos Camarões fez saber que as Forças Armadas do país mataram 143 combatentes do Boko Haram, durante uma operação militar que durou cinco horas.

O Boko Haram ameaça a Europa?

Em maio de 2014, a França organizou uma mini-cimeira com os presidentes da Nigéria, do Chade, dos Camarões e do Benim para lançar um plano de guerra global contra o Boko Haram, apoiado pelos países ocidentais. A União Europeia, a Grã-Bretanha e os Estados Unidos foram convidados a participar na reunião.

Nessa ocasião, o presidente francês afirmou que o Boko Haram tinha ligações aos extremistas do AQMI (Al Qaida no Magrebe Islâmico), não excluindo a possibilidade de ataques em solo europeu.

Esta segunda-feira, uma mensagem divulgada em vários sítios radicais islamistas na Internet, a Al-Qaida fez saber que a França pagou o preço da sua agressão contra os muçulmanos”.

A posição estratégica da Nigéria

A Nigéria é o maior país exportador de petróleo de África (11º a nível mundial) e tem uma posição geoestratégica fundamental no Golfo da Guiné. Um setor da economia importante a nível regional. São Tomé assinou um acordo com a Nigéria para criar uma Zona de Desenvolvimento Conjunta entre os dois países para a exploração de petróleo e gás.

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