A vaga de indignação provocada pelo ataque contra o jornal satírico francês Charlie Hebdo espalhou-se igualmente ao Egito e a vários países
A vaga de indignação provocada pelo ataque contra o jornal satírico francês Charlie Hebdo espalhou-se igualmente ao Egito e a vários países muçulmanos que condenaram em uníssono a ação de quarta-feira.
No Cairo, alguns jornalistas não hesitam em afirmar que condenam igualmente as caricaturas de Maomé, publicadas pelo jornal:
“Nós condenamos este ataque mas, ao mesmo tempo, rejeitamos qualquer insulto contra o profeta Maomé ou a religião islâmica. Outras religiões defendem também os seus profetas, como Moisés para os judeus e Jesus para os cristãos”, afirma o jornalista Khaled Hussein.
“Este ataque chocou-nos a todos, independentemente do facto de que as vítimas fossem jornalistas, civis ou qualquer pessoa de outra religião e este ataque afetou muito mais o Islão do que as caricaturas do profeta Maomé publicadas por este jornal”, afirma Mohammed Aljebali.
Ao contrário do que se a na Europa, alguns dos jornais egípcios não hesitaram em apontar culpas ao grupo Estado Islâmico que ameaça igualmente o país.
Fontes policiais sas garantem, no entanto que os dois alegados autores do ataque não fariam parte do grupo de jovens recrutas ses regressados recentemente da Síria, pertencendo à chamada “velha guarda” que combateu ao lado da Al-Qaida no Iraque na primeira década de 2000.