O Tajiquistão, onde se encontra a maior parte dos glaciares da Ásia Central, está a apelar a uma ação global à medida que as alterações climáticas aceleram o degelo dos glaciares.
O Tajiquistão tem cerca de 14.000 glaciares, mas mais de mil já desapareceram.
O país tem o maior número de glaciares da Ásia Central e situa-se no epicentro do degelo dos glaciares da região. À medida que o impacto aumenta, o Tajiquistão está a liderar o apelo à ação e a trazer a questão para a cena mundial.
À margem da primeira Conferência Internacional de Alto Nível sobre a Preservação dos Glaciares, realizada em Dushanbe, o Presidente do Tajiquistão, Emomali Rahmon, propôs o lançamento de um grande estudo sobre os glaciares do país e a criação de um laboratório regional de investigação.
Sugeriu também que se concentrassem os esforços de investigação no glaciar Vanch Yakh, anteriormente conhecido como Fedchenko. É o maior glaciar continental do mundo e já recuou mais de um quilómetro nos últimos 80 anos.
"Tendo em conta o facto de mais de 60% dos glaciares da região se situarem no Tajiquistão, proponho que, em colaboração com os parceiros de desenvolvimento e os institutos de investigação, se organize uma expedição abrangente para estudar os glaciares do Tajiquistão e estabelecer um laboratório regional de investigação sobre os glaciares", afirmou o presidente.
A Conferência Internacional sobre a Preservação dos Glaciares reuniu mais de 2.000 pessoas de mais de 80 países.
Entre os convidados de alto nível encontravam-se a secretária-geral adjunta da ONU, Amina Mohammed, o primeiro vice-presidente do Irão, Mohammed Reza Arif, o primeiro-ministro do Paquistão, Muhammad Shabaz Sharif, e outros líderes internacionais.
O evento constitui um o importante para a concretização do Ano Internacional da Preservação dos Glaciares 2025 da ONU.