A média na UE é de 36 horas. E no seu país?
O lema da UE "Unidos na Diversidade" não podia ser mais verdadeiro no que respeita ao tempo médio de trabalho em todo o bloco.
O último conjunto de dados do Eurostat ilustra um espetro muito amplo do tempo que os trabalhadores am a trabalhar a tempo inteiro durante uma semana.
No papel, os gregos são os que mais trabalham. Os trabalhadores gregos trabalham, em média, quase 40 horas (39,8), o valor mais elevado da UE.
Seguem-se a Bulgária, a Polónia e a Roménia, com cerca de 39 horas por semana.
Mas fora da UE, a semana de trabalho estende-se ainda mais: 43 horas na Turquia e 41 na Sérvia.
Os trabalhadores agrícolas e mineiros têm as semanas mais longas
O relatório também revela que os cidadãos da UE trabalham ligeiramente menos do que há dez anos. A média em todo o bloco é agora de 36 horas, contra 37 em 2014.
Os dados mostram também quais os setores que trabalham mais e menos.
Os trabalhadores agrícolas tendem a ter as semanas mais longas: 41 horas, seguidos pelos trabalhadores do setor mineiro e da construção, com quase 39 horas. No outro extremo do espetro, os trabalhadores do setor da educação têm a semana mais curta, com quase 32 horas, seguidos dos trabalhadores do setor das artes, com 32,9 horas, e dos trabalhadores do setor social, com 33,4 horas.
Semana de trabalho de quatro dias: que países já experimentaram?
A semana de trabalho de quatro dias foi testada em toda a Europa, com resultados e reações diferentes.
As empresas participaram em projectos-piloto e testes em países como o Reino Unido, Alemanha, Portugal, Islândia, França e Espanha.
Em todo o caso, nenhum país europeu impôs oficialmente uma semana de trabalho de quatro dias com horários reduzidos em todos os setores de atividade.
A Bélgica foi o primeiro país europeu a consagrar a semana mais curta na lei, em 2022. No entanto, embora os trabalhadores possam optar por trabalhar quatro dias em vez de cinco, continuam a ter de trabalhar o mesmo número de horas.