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Fraude sobre as questões ambientais leva Exxon Mobil a tribunal

Fraude sobre as questões ambientais leva Exxon Mobil a tribunal
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De Teresa Bizarro
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Um julgamento já considerado histórico depois de anos de investigação. O Ministério Público considera que a empresa mentiu

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A idoneidade da Exxon Mobil está na barra do tribunal. A Justiça norte-americana analisa indícios de fraude da companhia petrolífera sobre os custos da adaptação da empresa às leis de proteção do ambiente. O julgamento começou esta terça-feira e é a primeira vez que um tribunal se pronuncia sobre esta matéria.

Kevin Wallace, representante do Procurador-geral de Nova Iorque e do Comité de Proteção ao Investidor, explicou em tribunal o que está em causa no julgamento. "Internamente, a Exxon tinha duas premissas de custos diferentes. Por um lado, os gastos para contrariar o impacto das leis de proteção do ambiente na procura de petróleo e gás; Por outro, o custo dos ajustes impostos por essas leis nas emissão de de gases com efeito de estufa das operações da empresa," afirmou.

Na resposta à acusação do Ministério Público norte-americano, a companhia diz que as alegações do Procurador-geral de Nova Iorque são falsas. Para Ted Wells Jr, advogado de defesa, não existe prova de qualquer ilegalidade ou mentira.

Investigadores da Universidade de Harvard têm uma opinião diferente.Analisaram quase 200 comunicações da empresa sobre o impacto das políticas para travar as alterações climáticas.

Geoffrey Supran, especialista em História da Ciência,  diz que "a Exxon Mobil está sob forte escrutínio neste momento em várias frentes". Fala da investigação levada a cabo pelos procuradores-gerais de Massachusetts e Nova Iorque, pela Comissão de Mercado de Valores Mobiliários e também por alguns accionistas e empregados. Para Supran, "basicamente todos perguntam o mesmo: Terá a Exxon Mobil, no ado, pela forma como se comunicava sobre mudanças climáticas, enganado os seus clientes, acionistas ou o público em geral?".

O relatório destes investigadores mereceu uma posição pública da companhia. A Exxon Mobil diz que são trabalhos académicos fabricados, com problemas de metodologia e declara-se comprometida com a proteção do ambiente.

Verdes pedem posição comum da UE

Na Europa, ecoa o silêncio dos responsáveis da empresa norte-americana. Foram convocados para uma audição no Parlamento Europeu em Março e não compareceram. O Grupo dos Verdes pediu formalmente que os empregados da Exxon Mobil fossem retirados da lista de lobbystas a quem é permitido circular nas instituições europeias.

Bas Eickhout, eurodeputado do grupo dos Verdes/ALE, faz o paralelo com outra indústria já banida dos corredores europeus. "É uma agenda ativa de uma empresa de combustíveis fósseis para espalhar dúvidas sobre as mudanças climáticas. É parecida com a estratégia da indústria do tabaco e agora temos regras que impedem os políticos de falar diretamente com a indústria do tabaco. Cada vez mais parece que as petrolíferas estão a tentar barricar-se numa trincheira e temos de agir enquanto Europa," afirma o eurodeputado.

O pedido para impedimento dos grupos de pressão ligados à Exxon Mobil nas instituições europeias foi recusado, mas a ideia não desapareceu. Pode voltar a ser posta na mesa quando a nova Comissão tomar posse. Ursula Von der Leyen, futura presidente, já veio dizer que quer que as Política Verde seja uma das marcas do mandato.

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