{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/business/2019/07/24/boeing-medio-oriente-digital-e-privacidade-de-dados" }, "headline": "Boeing, M\u00e9dio Oriente digital e privacidade de dados", "description": "Nesta edi\u00e7\u00e3o de Business Line, debru\u00e7amo-nos sobre o regresso dos Boeing 737 Max, a transforma\u00e7\u00e3o digital no M\u00e9dio Oriente e a privacidade de dados.", "articleBody": "Regresso dos Boeing Em Seattle est\u00e1 sediado aquele que tem sido chamado o estacionamento mais caro do mundo: a f\u00e1brica da Boeing, com dezenas de avi\u00f5es parados. Um cen\u00e1rio s\u00f3 poss\u00edvel depois de dois acidentes fatais, um com a Lion Air, na Indon\u00e9sia, em outubro do ano ado, e outro, com Ethiopian Airlines, cinco meses depois. Alguns analistas afirmaram ent\u00e3o que o gigante da avia\u00e7\u00e3o era grande demais para tombar. Recentemente a Boeing anunciou pagar uma indemniza\u00e7\u00e3o de 4 mil e 300 milh\u00f5es de euros, no segundo trimestre deste ano, para compensar, pelo menos em parte, as companhias a\u00e9reas com avi\u00f5es Max aterrados. Apesar do impacto sofrido, com uma redu\u00e7\u00e3o de modelos fabricados, estima-se que a Boeing aumente a produ\u00e7\u00e3o de 737, no final do ano, not\u00edcia que j\u00e1 fez subir em 2% a quota\u00e7\u00e3o da empresa em bolsa Mas, embora se espere que o modelo Max torne a operar no quarto trimestre deste ano, ainda ter\u00e1 de ser aprovado por \u00f3rg\u00e3os reguladores em todo o mundo, antes de voltar aos c\u00e9us. Lideran\u00e7a no M\u00e9dio Oriente digital O caminho para uma sociedade totalmente digital nem sempre \u00e9 f\u00e1cil. De acordo com o relat\u00f3rio \u0022 The Pulse \u0022, quase setenta por cento dos executivos seniores, no M\u00e9dio Oriente, consideram que a digitaliza\u00e7\u00e3o e a ciberseguran\u00e7a s\u00e3o os maiores obst\u00e1culos aos neg\u00f3cios. O que podem, ent\u00e3o, as organiza\u00e7\u00f5es fazer para enfrentar esses desafios? Para descobrir, convers\u00e1mos com Alya Al Zarouni, do Centro Financeiro Internacional do Dubai (DIFC). Rebecca McLaughlin Eastham, Euronews: Quais foram as principais descobertas do relat\u00f3rio? Alya Al Zarouni: As principais descobertas no relat\u00f3rio de pol\u00edticas, que \u00e9 um relat\u00f3rio que analisa a atitude dos l\u00edderes s\u00e9niores em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 aprendizagem e ao desenvolvimento corporativo, \u00e9 que a ciberseguran\u00e7a, os megadados e a digitaliza\u00e7\u00e3o, ou a transforma\u00e7\u00e3o digital est\u00e3o hoje no topo das prioridades da lideran\u00e7a s\u00e9nior. em todo o mundo. Mas na verdade, muito mais no M\u00e9dio Oriente, o que \u00e9 surpreendente. A outra conclus\u00e3o \u00e9 que a educa\u00e7\u00e3o executiva ainda \u00e9 uma prioridade. As organiza\u00e7\u00f5es acreditam que quem ensina precisa de se reinventar, reinventar os programas educativos para garantir que correspondem \u00e0s necessidades atuais e futuras dessas organiza\u00e7\u00f5es. Portanto, ainda h\u00e1 muito trabalho por fazer. RME: O estudo fala sobre os desafios que os l\u00edderes est\u00e3o a enfrentar em todo o M\u00e9dio Oriente. Mas olhando especificamente para os Emirados \u00c1rabes Unidos. Qual \u00e9 o ponto de situa\u00e7\u00e3o? AAZ: \u00c9 realmente necess\u00e1rio que se desenvolvam mais r\u00e1pido. E uma das raz\u00f5es \u00e9 que est\u00e3o muito aqu\u00e9m relativamente \u00e0 transforma\u00e7\u00e3o digital. \u00c9 claro que, quando h\u00e1 mais sistemas, h\u00e1 mais dados na Internet em nuvens e servidores, e a ciberseguran\u00e7a torna-se num problema. \u00c9 preciso proteger os dados. RME: Como est\u00e3o os Emirados \u00c1rabes Unidos em rela\u00e7\u00e3o ao resto da regi\u00e3o? AAZ: Creio que os Emirados \u00c1rabes Unidos foram capazes de perceber a import\u00e2ncia do que descobrimos com o relat\u00f3rio, no que diz respeito a ciberseguran\u00e7a, privacidade de dados e digitaliza\u00e7\u00e3o, h\u00e1 j\u00e1 muitos anos. No Dubai, temos as regulamenta\u00e7\u00f5es de seguran\u00e7a da informa\u00e7\u00e3o e entidades governamentais que s\u00e3o obrigadas a cumprir determinados requisitos para garantir que os dados s\u00e3o protegidos no Dubai. RME: Quais s\u00e3o as principais conclus\u00f5es do relat\u00f3rio Pulse ? AAZ: \u00c9 necess\u00e1rio trabalhar muito na aprendizagem e no desenvolvimento dos trabalhadores, uma vez que ter todo o controlo do sistema de ciberseguran\u00e7a n\u00e3o ter\u00e1 qualquer benef\u00edcio se a equipa n\u00e3o estiver atenta, ou n\u00e3o souber como agir perante uma situa\u00e7\u00e3o real. \u00c9 muito importante que uma organiza\u00e7\u00e3o seja sustent\u00e1vel para crescer e avan\u00e7ar, mas o capital humano \u00e9 igualmente importante. As pessoas podem realmente aprender umas com as outras. Vemos isso no nosso centro financeiro, onde a equipa interna est\u00e1 a formar outros funcion\u00e1rios. Tamb\u00e9m temos forma\u00e7\u00e3o no trabalho. H\u00e1 tamb\u00e9m uma orienta\u00e7\u00e3o que acrescenta muito valor para ajud\u00e1-los a crescer dentro da organiza\u00e7\u00e3o. E h\u00e1 ainda o e-learning, que se est\u00e1 a tornar cada vez mais avan\u00e7ado, de dia para dia. Toda esta forma\u00e7\u00e3o est\u00e1 a ter um bom resultado. RME: J\u00e1 trabalhou em programa\u00e7\u00e3o inform\u00e1tica. Diga-me: como \u00e9 que isso aconteceu? Que desafios s\u00e3o impostos \u00e0s mulheres pelo setor de tecnologia? AAZ: Trabalhei em programa\u00e7\u00e3o durante tr\u00eas anos, apesar de, na altura, odiar, mas acabou por me dar uma vantagem e me ajudar muito a crescer dentro do DIFC, porque tudo o que fazemos hoje \u00e9 implica automa\u00e7\u00e3o, em todos os departamentos. Portanto, ser programadora ajudou-me a estruturar esses processos. Quando entrei para as tecnologias de informa\u00e7\u00e3o, h\u00e1 muitos anos, era realmente um campo ou uma carreira dominada por homens. Mas hoje, especialmente nos Emirados \u00c1rabes Unidos, podemos ver muitas mulheres \u00e0 frente de departamentos de tecnologias de informa\u00e7\u00e3o, o que \u00e9 muito interessante. Privacidade de dados A privacidade de dados tornou-se uma quest\u00e3o importante nos \u00faltimos anos. Mas, em que ponto \u00e9 que as empresas am do limite ao recolher informa\u00e7\u00f5es pessoais? Na cimeira \u0022AI Everything\u0022, Jonathan Lacoste, cofundador da Jebbit, esteve \u00e0 conversa com a Euronews para nos falar sobre a privacidade de dados no mundo atual. James O'Hagan, Euronews: Qual \u00e9 o prop\u00f3sito da Jebbit? Jonathan Lacoste: A ideia da Jebbit \u00e9 que, no marketing digital, em todos os sites que visitamos, em todos os e-mails que lemos, o mundo est\u00e1 a tentar tornar-se mais personalizado, e n\u00f3s queremos entend\u00ea-lo melhor. Mas os dados que os profissionais de marketing est\u00e3o a usar para isso s\u00e3o os chamados dados comportamentais e dados transacionais. Basicamente, estamos a analisar tudo o que visitou, tudo o que comprou para tentar prever em que \u00e9 que poder\u00e1 estar interessado. E a Jebbit usa a abordagem de simplesmente lhe perguntarmos. Por que \u00e9 que n\u00e3o nos envolvemos numa conversa? Desta forma, cri\u00e1mos uma tecnologia para permitir que os profissionais de marketing fa\u00e7am isso e, em seguida, usamos esses dados para informar sobre a estrat\u00e9gia de personaliza\u00e7\u00e3o que usam. JOH: Que considera\u00e7\u00f5es \u00e9ticas t\u00eam em conta? JL: Essa \u00e9 a quest\u00e3o central. Uma empresa de tecnologia est\u00e1 a recolher consentimento quando acede a um site, mas depois am-no para outras tr\u00eas tecnologias de publicidade e marketing que o usam para lhe enviar aquele e-mail relevante, ou an\u00fancio personalizado. Isso implica frequentemente uma intera\u00e7\u00e3o de dezenas de empresas no processo. Torna-se muito complicado sabermos quem \u00e9 o controlador e quem \u00e9 o processador. JOH: Que aplica\u00e7\u00f5es de tecnologia est\u00e3o prestes a tornar-se conhecidas ou que o est\u00e3o a entusiasmar mais? JL: No marketing h\u00e1 muito poucas aplica\u00e7\u00f5es de Intelig\u00eancia Artificial a ganhar escala. Como consumidor, estou particularmente animado sobre os avan\u00e7os na condu\u00e7\u00e3o de ve\u00edculos aut\u00f3nomos e a Tesla, em particular, assumiu a lideran\u00e7a. Elon Musk anunciou h\u00e1 pouco tempo que, at\u00e9 o final do pr\u00f3ximo ano, eles ter\u00e3o uma frota inteira de t\u00e1xis rob\u00f4s capazes de saber quando estaciona o seu Tesla para ir trabalhar e necessita de transporte. E cada vez que oi\u00e7o falar da Tesla, ou leio mais sobre Intelig\u00eancia Artificial que permite isso, \u00e9 impressionante ver como aquela empresa \u00e9 capaz de enviar atualiza\u00e7\u00f5es de software para um carro, melhorando o sistema continuamente, por oposi\u00e7\u00e3o a comprar um carro e v\u00ea-lo a perder valor, ao longo do tempo. Portanto, acho que h\u00e1 muito espa\u00e7o para inova\u00e7\u00e3o na ind\u00fastria autom\u00f3vel e estamos apenas a come\u00e7ar. 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Boeing, Médio Oriente digital e privacidade de dados

Boeing, Médio Oriente digital e privacidade de dados

Regresso dos Boeing

Em Seattle está sediado aquele que tem sido chamado o estacionamento mais caro do mundo: a fábrica da Boeing, com dezenas de aviões parados.

Um cenário só possível depois de dois acidentes fatais, um com a Lion Air, na Indonésia, em outubro do ano ado, e outro, com Ethiopian Airlines, cinco meses depois.

Alguns analistas afirmaram então que o gigante da aviação era grande demais para tombar.

Recentemente a Boeing anunciou pagar uma indemnização de 4 mil e 300 milhões de euros, no segundo trimestre deste ano, para compensar, pelo menos em parte, as companhias aéreas com aviões Max aterrados.

Acho que perceberam que o mundo atribui à Boeing muita responsabilidade pelo que aconteceu. E agora, finalmente, a empresa deu um o proativo e decidiu pagar, sem que isso lhe seja imposto.
Seth Kaplan, analista na área dos transportes

Apesar do impacto sofrido, com uma redução de modelos fabricados, estima-se que a Boeing aumente a produção de 737, no final do ano, notícia que já fez subir em 2% a quotação da empresa em bolsa

Mas, embora se espere que o modelo Max torne a operar no quarto trimestre deste ano, ainda terá de ser aprovado por órgãos reguladores em todo o mundo, antes de voltar aos céus.

Liderança no Médio Oriente digital

O caminho para uma sociedade totalmente digital nem sempre é fácil. De acordo com o relatório "The Pulse", quase setenta por cento dos executivos seniores, no Médio Oriente, consideram que a digitalização e a cibersegurança são os maiores obstáculos aos negócios. O que podem, então, as organizações fazer para enfrentar esses desafios?
Para descobrir, conversámos com Alya Al Zarouni, do Centro Financeiro Internacional do Dubai (DIFC).

Rebecca McLaughlin Eastham, Euronews: Quais foram as principais descobertas do relatório?
Alya Al Zarouni: As principais descobertas no relatório de políticas, que é um relatório que analisa a atitude dos líderes séniores em relação à aprendizagem e ao desenvolvimento corporativo, é que a cibersegurança, os megadados e a digitalização, ou a transformação digital estão hoje no topo das prioridades da liderança sénior. em todo o mundo. Mas na verdade, muito mais no Médio Oriente, o que é surpreendente. A outra conclusão é que a educação executiva ainda é uma prioridade.
As organizações acreditam que quem ensina precisa de se reinventar, reinventar os programas educativos para garantir que correspondem às necessidades atuais e futuras dessas organizações. Portanto, ainda há muito trabalho por fazer.

RME:O estudo fala sobre os desafios que os líderes estão a enfrentar em todo o Médio Oriente. Mas olhando especificamente para os Emirados Árabes Unidos. Qual é o ponto de situação?

AAZ: É realmente necessário que se desenvolvam mais rápido. E uma das razões é que estão muito aquém relativamente à transformação digital.

É claro que, quando há mais sistemas, há mais dados na Internet em nuvens e servidores, e a cibersegurança torna-se num problema. É preciso proteger os dados.

RME: Como estão os Emirados Árabes Unidos em relação ao resto da região?

AAZ: Creio que os Emirados Árabes Unidos foram capazes de perceber a importância do que descobrimos com o relatório, no que diz respeito a cibersegurança, privacidade de dados e digitalização, há já muitos anos.
No Dubai, temos as regulamentações de segurança da informação e entidades governamentais que são obrigadas a cumprir determinados requisitos para garantir que os dados são protegidos no Dubai.

As maiores prioridades para os líderes empresariais do Médio Oriente, relativamente a necessidades de educação executiva são: a mudança cultural (59%), criar uma cultura de inovação (55%) e adotar novas tecnologias (55%).
Relatório "Pulse"

RME: Quais são as principais conclusões do relatório Pulse?

AAZ: É necessário trabalhar muito na aprendizagem e no desenvolvimento dos trabalhadores, uma vez que ter todo o controlo do sistema de cibersegurança não terá qualquer benefício se a equipa não estiver atenta, ou não souber como agir perante uma situação real.

É muito importante que uma organização seja sustentável para crescer e avançar, mas o capital humano é igualmente importante.
As pessoas podem realmente aprender umas com as outras. Vemos isso no nosso centro financeiro, onde a equipa interna está a formar outros funcionários. Também temos formação no trabalho. Há também uma orientação que acrescenta muito valor para ajudá-los a crescer dentro da organização.
E há ainda o e-learning, que se está a tornar cada vez mais avançado, de dia para dia. Toda esta formação está a ter um bom resultado.

RME: Já trabalhou em programação informática. Diga-me: como é que isso aconteceu? Que desafios são impostos às mulheres pelo setor de tecnologia?

AAZ: Trabalhei em programação durante três anos, apesar de, na altura, odiar, mas acabou por me dar uma vantagem e me ajudar muito a crescer dentro do DIFC, porque tudo o que fazemos hoje é implica automação, em todos os departamentos. Portanto, ser programadora ajudou-me a estruturar esses processos.
Quando entrei para as tecnologias de informação, há muitos anos, era realmente um campo ou uma carreira dominada por homens. Mas hoje, especialmente nos Emirados Árabes Unidos, podemos ver muitas mulheres à frente de departamentos de tecnologias de informação, o que é muito interessante.

Privacidade de dados

A privacidade de dados tornou-se uma questão importante nos últimos anos. Mas, em que ponto é que as empresas am do limite ao recolher informações pessoais? Na cimeira "AI Everything", Jonathan Lacoste, cofundador da Jebbit, esteve à conversa com a Euronews para nos falar sobre a privacidade de dados no mundo atual.

Torna-se muito complicado sabermos quem é o controlador e quem é o processador.
Jonathan Lacoste, cofundador da Jebbit

James O'Hagan, Euronews: Qual é o propósito da Jebbit?

Jonathan Lacoste: A ideia da Jebbit é que, no marketing digital, em todos os sites que visitamos, em todos os e-mails que lemos, o mundo está a tentar tornar-se mais personalizado, e nós queremos entendê-lo melhor.

Mas os dados que os profissionais de marketing estão a usar para isso são os chamados dados comportamentais e dados transacionais. Basicamente, estamos a analisar tudo o que visitou, tudo o que comprou para tentar prever em que é que poderá estar interessado.

E a Jebbit usa a abordagem de simplesmente lhe perguntarmos. Por que é que não nos envolvemos numa conversa? Desta forma, criámos uma tecnologia para permitir que os profissionais de marketing façam isso e, em seguida, usamos esses dados para informar sobre a estratégia de personalização que usam.

JOH: Que considerações éticas têm em conta?

JL: Essa é a questão central. Uma empresa de tecnologia está a recolher consentimento quando acede a um site, mas depois am-no para outras três tecnologias de publicidade e marketing que o usam para lhe enviar aquele e-mail relevante, ou anúncio personalizado.

Isso implica frequentemente uma interação de dezenas de empresas no processo. Torna-se muito complicado sabermos quem é o controlador e quem é o processador.

JOH: Que aplicações de tecnologia estão prestes a tornar-se conhecidas ou que o estão a entusiasmar mais?

JL: No marketing há muito poucas aplicações de Inteligência Artificial a ganhar escala. Como consumidor, estou particularmente animado sobre os avanços na condução de veículos autónomos e a Tesla, em particular, assumiu a liderança. Elon Musk anunciou há pouco tempo que, até o final do próximo ano, eles terão uma frota inteira de táxis robôs capazes de saber quando estaciona o seu Tesla para ir trabalhar e necessita de transporte.

E cada vez que oiço falar da Tesla, ou leio mais sobre Inteligência Artificial que permite isso, é impressionante ver como aquela empresa é capaz de enviar atualizações de software para um carro, melhorando o sistema continuamente, por oposição a comprar um carro e vê-lo a perder valor, ao longo do tempo.

Portanto, acho que há muito espaço para inovação na indústria automóvel e estamos apenas a começar.

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