{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2019/04/10/gordon-ramsay-e-tudo-uma-questao-de-paixao" }, "headline": "Gordon Ramsay: \u0022\u00c9 tudo uma quest\u00e3o de paix\u00e3o\u0022", "description": "A Euronews falou com o chef no Dubai sobre fam\u00edlia, carreira e pol\u00edtica", "articleBody": "\u00c9 um dos chefs mais ricos do mundo, estrela de televis\u00e3o, antigo jogador de futebol e homem de fam\u00edlia. A Euronews falou com Gordon Ramsay. Jane Witherspoon: Gordon, estamos aqui no Hell's Kitchen, no Caesar's Palace, no Dubai.\u00a0 Alguma vez pensou que ia estar aqui? Gordon Ramsay: N\u00e3o, \u00e9 incr\u00edvel. Apaixonei-me pelo Dubai h\u00e1 18 anos quando abrimos o restaurante no Creek, e veja o que aconteceu com o Dubai desde ent\u00e3o, tem sido incr\u00edvel. Para mim \u00e9 uma cidade gastron\u00f3mica, altamente competitiva, com um grande mercado. H\u00e1 agora um enorme sector europeu que depende mais do que nunca do Dubai. Tem um bom tempo, boa comida e uma praia maravilhosa. JW: Ainda \u00e9 dif\u00edcil abrir um restaurante num mercado saturado? Porque h\u00e1 tantos aqui... GR: \u00c9 muito dif\u00edcil porque a concorr\u00eancia \u00e9 abundante, as tend\u00eancias movem-se diariamente. Tens de ter o espa\u00e7o que esteja mais na moda, o mais bonito, e, \u00e0s vezes, o mais barato. E isso n\u00e3o \u00e9 possivel quando geres um restaurante. Por isso, n\u00e3o \u00e9 nada f\u00e1cil. JW: Algum plano para filmar o Hell's Kitchen aqui como fez em Vegas? GR: Aqui n\u00e3o me deixariam dizer palavr\u00f5es. Infelizmente, alguns palavr\u00f5es saem quando o temperamento aquece e eu sou honesto. Confirmamos agora as temporadas 19 e 20. E vamos film\u00e1-las no Caesar's Palace, em Vegas. JW: Qu\u00e3o diferente \u00e9 fazer neg\u00f3cios aqui em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 Europa ou ao mercado americano? GR: N\u00e3o \u00e9 apenas a comida, \u00e9 a atmosfera, o ambiente, o bar, as bebidas, o servi\u00e7o, a etiqueta. \u00c9 um mercado atraente, mas tem de se ter muito cuidado. \u00c9 muito semelhante a LA, move-se com as tend\u00eancias. Se aguentares dois anos aqui com estas mudan\u00e7as, consegues aguentar o neg\u00f3cio durante muito tempo. JW: E onde \u00e9 que o Dubai est\u00e1 na escala global da culin\u00e1ria? GR: V\u00ea-se na quantidade de chefs de topo que est\u00e3o aqui agora. \u00c0s vezes parece que estamos no meio do Champs Elys\u00e9e em Paris, outras vezes parece que estamos entre Mayfair e Chelsea, e depois: o tempo. Podemos jantar no exterior \u00e0s 9, 10, 11 da noite a desfrutar de boa comida, sem que chova a potes. JW: Tem 16 estrelas Michelin: ganancioso, esperto ou acha que \u00e9 uma esp\u00e9cie c\u00e1lice envenenado, que todos esperam algo? GR: No ano ado perdemos Jo\u00ebl Robuchon, infelizmente. Tinha mais de 30 estrelas Michelin. Era extraordin\u00e1rio, trabalhei com ele durante um ano. Alain Ducasse atualmente tem 21 estrelas. Cristiano Ronaldo jogou futebol suficiente na Liga dos Campe\u00f5es? \u00c9 uma quest\u00e3o de paix\u00e3o. Por isso, n\u00e3o sou s\u00f3 eu. \u00c9 a equipa que tenho atr\u00e1s de mim. O chef Craig aqui, a Christina em Las Vegas. Matt Ab\u00e9 em Londres ou Clare Smyth a dirigir o pr\u00f3prio neg\u00f3cio agora. N\u00e3o \u00e9 sobre quem tem mais estrelas, acho que \u00e9 um aporte de grandeza quando se ganha, por exemplo, um pr\u00e9mio em outubro de um prato que se cozinhou no ano anterior. N\u00e3o sou eu, \u00e9 a equipa e eu tiro o melhor deles. JW: Como \u00e9 que lida com a fama que tem? GR: Tenho uma m\u00e3e incr\u00edvel que me mant\u00e9m incrivelmente ligado \u00e0 fam\u00edlia e tenho uma esposa incr\u00edvel. Por isso, fama? Estou sempre ocupado. N\u00e3o saio \u00e0 rua \u00e0 procura de fama, fico intimidado, at\u00e9. JW: Parab\u00e9ns pelo seu quinto filho! GR: Sim, n\u00famero cinco! JW: Vai continuar? GR: N\u00e3o acho que seja uma boa ideia continuar, mas acho que as mantemos est\u00e1veis. Cinco crian\u00e7as \u00e9 muito! E acho que hoje a press\u00e3o sobre eles \u00e9 muito maior do que a de quando eu estava a crescer,\u00a0 porque eles est\u00e3o muito mais distra\u00eddos do que eu estava na altura. N\u00f3s n\u00e3o tinhamos este fen\u00f3meno da internet. Olho para o meu assistente - ele est\u00e1 por aqui - cada vez que ele quer uma namorada, desliza para a esquerda ou para a direita no ecr\u00e3. Ent\u00e3o, na altura namorar era importante. Ter tr\u00eas filhas e observ\u00e1-las em relacionamentos \u00e9 mais dif\u00edcil agora. Eles s\u00e3o mais distra\u00eddos agora do que eu era na altura. JW : \u00c9 um pai duro no que toca a namorados? GR: Desde muito cedo sempre lhes implorei: Quanto mais r\u00e1pido me disserem, mais eu posso fazer. E isso foi levado a s\u00e9rio. Se sou duro? Sou muito justo com eles. Muito justo. S\u00f3 quero que eles encontrem paix\u00e3o. N\u00e3o se trata de heran\u00e7a, fama, fortuna, agens a\u00e9reas de primeira classe, encontrem apenas a vossa paix\u00e3o. A Megs estuda criminologia, a Holly est\u00e1 na moda e o Jack quer ir para o ex\u00e9rcito. E a Tilly, a Tilly anda a sonhar. Um dia \u00e9 m\u00e9dica, no dia seguinte \u00e9 uma chef. No dia seguinte \u00e9 o Blue Peter... JW: Obviamente eles est\u00e3o a crescer num mundo muito diferente. E o Brexit...Qual \u00e9 o impacto desta situa\u00e7\u00e3o na ind\u00fastria culin\u00e1ria? GR: Boa pergunta. Acho que a camada interm\u00e9dia do setor nos \u00faltimos tr\u00eas anos ficou saturada. Estamos a quatro e meio por cento acima do ano que vem. Acho que h\u00e1 muita incerteza sobre o que est\u00e1 a acontecer. Acho que quanto mais r\u00e1pido o acordo \u00e9 feito, mais r\u00e1pido podemos colocar a cabe\u00e7a para baixo e reposicionar onde dever\u00edamos estar, como uma grande na\u00e7\u00e3o. Se isso ir\u00e1 afetar os restaurantes? Os de qualidade? Definitivamente n\u00e3o. Os outros? De certeza. No meu neg\u00f3cio, 72% das pessoas s\u00e3o da Europa. Somos uma na\u00e7\u00e3o trabalhadora, por isso, quando o acordo acabar e todos sa\u00edrem, todos voltar\u00e3o ao normal e defender aquilo em que acreditam. \u00c9 dif\u00edcil para mim, porque sou meio escoc\u00eas. Nasci l\u00e1 mas nunca vivi l\u00e1. Amo a Gr\u00e3-Bretanha, \u00e9 um lugar incr\u00edvel para crescer, tem grandes valores, \u00e9 um pa\u00eds incr\u00edvel e por isso \u00e9 que se chama Gr\u00e3-Bretanha! Devemos lembrar-nos disso! JW: Falou da Esc\u00f3cia. Preferia ser um jogador de futebol escoc\u00eas ou um chef? GR: Essa \u00e9 uma boa pergunta. Acho que com menos de 30 anos definitivamente um jogador de futebol. Se fosse no in\u00edcio dos anos 50, definitivamente um chef. Mas acho que a n\u00edvel de treino, disciplina, profissionalismo, \u00e9 duro, e pode perder-se tudo em segundos, como no meu caso, com uma les\u00e3o, e \u00e9 preciso for\u00e7a para levantar e seguir em frente. JW: Belisca-se quando percebe aquilo que alcan\u00e7ou? GR: Acho que parte desse caminho \u00e9 um dia ter medo de n\u00e3o o ter percorrido. E quando se cresce na situa\u00e7\u00e3o em que eu cresci, tudo o que se consegue \u00e9 apreciado 10 vezes mais. Continuo aqui, confort\u00e1vel em termos de dinheiro h\u00e1 j\u00e1 algum tempo. Por isso, o dinheiro nunca foi o objetivo. JW: Gordon, obrigada por se juntar a n\u00f3s. GR: Muito obrigado. Estou ansioso por v\u00ea-la para jantar! ", "dateCreated": "2019-04-03T12:35:12+02:00", "dateModified": "2023-06-02T01:47:49+02:00", "datePublished": "2019-04-10T17:00:35+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F03%2F77%2F28%2F20%2F1440x810_cmsv2_911ae06a-050d-560e-88c7-d686498e572c-3772820.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "A Euronews falou com o chef no Dubai sobre fam\u00edlia, carreira e pol\u00edtica", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F03%2F77%2F28%2F20%2F432x243_cmsv2_911ae06a-050d-560e-88c7-d686498e572c-3772820.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ] }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] } #accessibility-bar,#c-burger-button-checkbox,#c-language-switcher-list-open,.c-breaking-news,.c-language-switcher__list,.c-search-form__loader, .o-site-hr__second-level__dropdown,.o-site-hr__second-level__dropdown-mask,.o-site-hr__sidebar,.o-site-hr__sidebar-mask{display:none} .c-barre-now .c-tags-list,.c-barre-now__container,.c-navigation-bar,.c-navigation-bar__wrappable-list,.c-search-form.c-search-engine,.o-site-hr__first-level__container,.o-site-hr__second-level__container,.o-site-hr__second-level__links,.o-site-hr__second-level__burger-logo,.c-burger-button{display:flex} body:not(.has-no-advertising, .has-no-connatix-player, .is-partner-content) .c-article-content > p:nth-of-type(4) + :not(#connatix-container)::before { content: ''; display: block; margin-block-end: 32px; min-height: clamp(162px, calc(100vw * 9 / 16), 310px); } body:not(.has-no-advertising, .has-no-connatix-player, .is-partner-content) .c-article-content > p:nth-of-type(4) + :not(.widget)::before { margin-block-start: 32px; } @s (content-visibility: hidden) { .o-site-hr__second-level__dropdown,.o-site-hr__sidebar { display: flex; content-visibility: hidden; } }
PUBLICIDADE
Euronews

Segmento publicitário

 Department of Tourism and Commerce Marketing Dubai
"Conteúdo Patrocinado" é utilizado para descrever um conteúdo pago e controlado pelo parceiro financeiro e não pela equipa editorial da Euronews. Este conteúdo é produzido pelos departamentos comerciais e não envolve a equipa editorial ou os jornalistas da Euronews. O parceiro financeiro tem o controlo dos tópicos, do conteúdo e da aprovação final em colaboração com o departamento de produção comercial da Euronews.
Segmento publicitário
"Conteúdo Patrocinado" é utilizado para descrever um conteúdo pago e controlado pelo parceiro financeiro e não pela equipa editorial da Euronews. Este conteúdo é produzido pelos departamentos comerciais e não envolve a equipa editorial ou os jornalistas da Euronews. O parceiro financeiro tem o controlo dos tópicos, do conteúdo e da aprovação final em colaboração com o departamento de produção comercial da Euronews.
Department of Tourism and Commerce Marketing Dubai

Gordon Ramsay: "É tudo uma questão de paixão"

Gordon Ramsay: "É tudo uma questão de paixão"

É um dos chefs mais ricos do mundo, estrela de televisão, antigo jogador de futebol e homem de família. A Euronews falou com Gordon Ramsay.

Jane Witherspoon: Gordon, estamos aqui no Hell's Kitchen, no Caesar's Palace, no Dubai. Alguma vez pensou que ia estar aqui?

Gordon Ramsay: Não, é incrível. Apaixonei-me pelo Dubai há 18 anos quando abrimos o restaurante no Creek, e veja o que aconteceu com o Dubai desde então, tem sido incrível. Para mim é uma cidade gastronómica, altamente competitiva, com um grande mercado. Há agora um enorme sector europeu que depende mais do que nunca do Dubai. Tem um bom tempo, boa comida e uma praia maravilhosa.

JW: Ainda é difícil abrir um restaurante num mercado saturado? Porque há tantos aqui...

GR: É muito difícil porque a concorrência é abundante, as tendências movem-se diariamente. Tens de ter o espaço que esteja mais na moda, o mais bonito, e, às vezes, o mais barato. E isso não é possivel quando geres um restaurante. Por isso, não é nada fácil.

JW: Algum plano para filmar o Hell's Kitchen aqui como fez em Vegas?

GR: Aqui não me deixariam dizer palavrões. Infelizmente, alguns palavrões saem quando o temperamento aquece e eu sou honesto. Confirmamos agora as temporadas 19 e 20. E vamos filmá-las no Caesar's Palace, em Vegas.

**JW: Quão diferente é fazer negócios aqui em relação à Europa ou ao mercado americano?
**

GR: Não é apenas a comida, é a atmosfera, o ambiente, o bar, as bebidas, o serviço, a etiqueta. É um mercado atraente, mas tem de se ter muito cuidado. É muito semelhante a LA, move-se com as tendências. Se aguentares dois anos aqui com estas mudanças, consegues aguentar o negócio durante muito tempo.

JW: E onde é que o Dubai está na escala global da culinária?

GR: Vê-se na quantidade de chefs de topo que estão aqui agora. Às vezes parece que estamos no meio do Champs Elysée em Paris, outras vezes parece que estamos entre Mayfair e Chelsea, e depois: o tempo. Podemos jantar no exterior às 9, 10, 11 da noite a desfrutar de boa comida, sem que chova a potes.

JW: Tem 16 estrelas Michelin: ganancioso, esperto ou acha que é uma espécie cálice envenenado, que todos esperam algo?

GR: No ano ado perdemos Joël Robuchon, infelizmente. Tinha mais de 30 estrelas Michelin. Era extraordinário, trabalhei com ele durante um ano. Alain Ducasse atualmente tem 21 estrelas. Cristiano Ronaldo jogou futebol suficiente na Liga dos Campeões? É uma questão de paixão. Por isso, não sou só eu. É a equipa que tenho atrás de mim. O chef Craig aqui, a Christina em Las Vegas. Matt Abé em Londres ou Clare Smyth a dirigir o próprio negócio agora. Não é sobre quem tem mais estrelas, acho que é um aporte de grandeza quando se ganha, por exemplo, um prémio em outubro de um prato que se cozinhou no ano anterior. Não sou eu, é a equipa e eu tiro o melhor deles.

**JW: Como é que lida com a fama que tem?
**

GR: Tenho uma mãe incrível que me mantém incrivelmente ligado à família e tenho uma esposa incrível. Por isso, fama? Estou sempre ocupado. Não saio à rua à procura de fama, fico intimidado, até.

**JW: Parabéns pelo seu quinto filho!
**

GR: Sim, número cinco!

JW: Vai continuar?

GR: Não acho que seja uma boa ideia continuar, mas acho que as mantemos estáveis. Cinco crianças é muito! E acho que hoje a pressão sobre eles é muito maior do que a de quando eu estava a crescer,  porque eles estão muito mais distraídos do que eu estava na altura. Nós não tinhamos este fenómeno da internet. Olho para o meu assistente - ele está por aqui - cada vez que ele quer uma namorada, desliza para a esquerda ou para a direita no ecrã. Então, na altura namorar era importante. Ter três filhas e observá-las em relacionamentos é mais difícil agora. Eles são mais distraídos agora do que eu era na altura.

JW: É um pai duro no que toca a namorados?

GR: Desde muito cedo sempre lhes implorei: Quanto mais rápido me disserem, mais eu posso fazer. E isso foi levado a sério. Se sou duro? Sou muito justo com eles. Muito justo. Só quero que eles encontrem paixão. Não se trata de herança, fama, fortuna, agens aéreas de primeira classe, encontrem apenas a vossa paixão. A Megs estuda criminologia, a Holly está na moda e o Jack quer ir para o exército. E a Tilly, a Tilly anda a sonhar. Um dia é médica, no dia seguinte é uma chef. No dia seguinte é o Blue Peter...

JW: Obviamente eles estão a crescer num mundo muito diferente. E o Brexit...Qual é o impacto desta situação na indústria culinária?

GR: Boa pergunta. Acho que a camada intermédia do setor nos últimos três anos ficou saturada. Estamos a quatro e meio por cento acima do ano que vem. Acho que há muita incerteza sobre o que está a acontecer. Acho que quanto mais rápido o acordo é feito, mais rápido podemos colocar a cabeça para baixo e reposicionar onde deveríamos estar, como uma grande nação. Se isso irá afetar os restaurantes? Os de qualidade? Definitivamente não. Os outros? De certeza. No meu negócio, 72% das pessoas são da Europa. Somos uma nação trabalhadora, por isso, quando o acordo acabar e todos saírem, todos voltarão ao normal e defender aquilo em que acreditam. É difícil para mim, porque sou meio escocês. Nasci lá mas nunca vivi lá. Amo a Grã-Bretanha, é um lugar incrível para crescer, tem grandes valores, é um país incrível e por isso é que se chama Grã-Bretanha! Devemos lembrar-nos disso!

JW: Falou da Escócia. Preferia ser um jogador de futebol escocês ou um chef?

GR: Essa é uma boa pergunta. Acho que com menos de 30 anos definitivamente um jogador de futebol. Se fosse no início dos anos 50, definitivamente um chef. Mas acho que a nível de treino, disciplina, profissionalismo, é duro, e pode perder-se tudo em segundos, como no meu caso, com uma lesão, e é preciso força para levantar e seguir em frente.

JW: Belisca-se quando percebe aquilo que alcançou?

GR: Acho que parte desse caminho é um dia ter medo de não o ter percorrido. E quando se cresce na situação em que eu cresci, tudo o que se consegue é apreciado 10 vezes mais. Continuo aqui, confortável em termos de dinheiro há já algum tempo. Por isso, o dinheiro nunca foi o objetivo.

JW: Gordon, obrigada por se juntar a nós.

GR: Muito obrigado. Estou ansioso por vê-la para jantar!

Segmento publicitário apresentado por
Department of Tourism and Commerce Marketing Dubai “Conteúdo de parceiro apresentado por” é utilizado para descrever o conteúdo de marca que é pago e controlado pelo anunciante e não pela equipa editorial da Euronews. Este conteúdo é produzido pelos departamentos comerciais e não envolve a equipa editorial ou os jornalistas da Euronews. O parceiro de financiamento tem o controlo dos tópicos, do conteúdo e da aprovação final em colaboração com o departamento de produção comercial da Euronews.
Partilhe esta notícia
PUBLICIDADE